Ministro minimizou a resposta negativa dada pelo mercado à redução na meta de superávit primário
27 jul 2015
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo não
estuda utilizar as reservas internacionais para fazer caixa ou
influenciar a flutuação do câmbio. As reservas de 360 bilhões de dólares
permitem que o governo tenha autonomia sobre a política econômica do
país, segundo o ministro.
“Não há decisão, nenhum plano de venda de reservas internacionais por
parte do governo brasileiro”, disse Barbosa após a reunião de
coordenação política desta segunda (27), comandada pela presidenta Dilma
Rousseff.
“O volume de reservas dá autonomia ao Estado brasileiro para conduzir
sua política econômica sem ter que recorrer aos organismos
internacionais e, principalmente, dá à sociedade brasileira, a
capacidade de suportar flutuações cambiais, sem gerar problemas
financeiros e fiscais”, argumentou.
O ministro minimizou a resposta negativa dada pelo mercado à redução na
meta de superávit primário, anunciada na última semana, e disse que as
taxas cambiais irão se estabilizar. “Temos confiança que os mercados vão
se ajustar e a taxa de câmbio tende a se estabilizar”, disse.
Barbosa reconheceu que a economia brasileira atravessa dificuldades,
mas disse que o governo tem “todo o controle da situação” e os
instrumentos para reduzir o endividamento e a inflação e retomar o
crescimento.
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