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8.04.2015

Campeã do UFC conquista o Rio de Janeiro e inspira meninas lutadoras

 

Ronda Rousey, que nocauteou a brasileira Bethe Correia no sábado, vive dias de glória na cidade

Caio Barbosa
Rio - Um nocaute avassalador na noite de sábado e um domingo de estrela no Maracanã lotado. Bastou para a lutadora americana Ronda Rousey se tornar a celebridade do momento no Rio de Janeiro. E como boa visitante, nesta segunda-feira foi dia de passear no Cristo Redentor, tirar mais fotos, dar mais autógrafos e ver sua fama na cidade ir às alturas. No Corcovado, fez quase tanto sucesso quanto o cartão-postal. Posou para fotos com funcionários, comprou pingente do Redentor, bombou nas redes sociais.
Alunas treinam firme na academia que o lutador Raff Giglio mantém no Morro do Vidigal há 22 anos
Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
No Morro do Vidigal, o boxeador Raff Giglio, que mantém ali um projeto social de inclusão pelo esporte há 22 anos, já tem 30 meninas aprendendo a dar os primeiros socos. E todas já têm a americana como modelo. “Tem menino que acha que menina não tem coragem ou que todas são Patricinhas. Nada disso. Nós também podemos ser lutadoras que nem a Ronda”, disse a pequena Ana Clara Freitas, de apenas 10 anos.
A lutadora Ronda Rousey (de azul) esteve nesta segunda-feira no Cristo Redentor
Foto:  Ag. News
Incentivador das meninas, Raff Giglio lembra que o MMA, assim como o boxe e as demais lutas, são também uma forma de inclusão social. Palavras de quem forma há anos gerações de boxeadores campeões. “As mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço, mostrando que são capazes”, conta Raff.
A explosão do MMA, sigla em inglês para Artes Marciais Mistas, que para os leigos é uma espécie de luta livre (que de livre não tem nada), sobretudo entre as mulheres, traz novamente à tona a discussão sobre o limite entre esporte e violência.
O antropólogo Roberto Albergaria associa o esporte à época dos gladiadores romanos e diz que a espécie humana é a mais violenta que existe. E que não há muita novidade nisso.
“Antes de o Estado monopolizar a violência através das polícias, as pessoas resolviam tudo na briga”, diz Roberto Albergaria.
O professor Neuber Costa, também praticante de lutas, por sua vez, se preocupa com o que acontece fora dos ringues e lembra que o “verdadeiro lutador tem de aprender a dominar seus impulsos”.

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