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10.28.2015

Justiça da Suíça acata pedido dos EUA e Marin será extraditado

Justiça da Suíça acata pedido dos EUA e Marin será extraditado

Do UOL, em São Paulo
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DETIDO: José Maria Marin (83, Brasil) foi presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa de 2014. Estava no hotel em Zurique junto a outros dirigentes ligados à Fifa quando foi detido, com mais seis pessoas. O caso investiga corrupção na venda de direitos de marketing e transmissão e cita a Copa do Brasil. O contrato da CBF com a Nike também está sob investigação Marcus Brandt-3.dez.2013/EFE
A Justiça da Suíça acatou pedido dos Estados Unidos e extraditará o ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso em Zurique desde 27 de maio por corrupção em contratos televisivos de futebol. O dirigente teria 30 dias para recorrer, mas aceitou a extradição na última terça-feira (27), de acordo com comunicado emitido pelas autoridades do país europeu nesta quarta (28).
Como o brasileiro aceitou prontamente a decisão, a Justiça poderá dar andamento à extradição por meio de um processo simplificado. Segundo a lei suíça, Marin tem dez dias para ser entregue a uma escolta policial dos EUA para ser levado ao país americano.
Marin é acusado pelas autoridades dos Estados Unidos de aceitar subornos envolvendo direitos de comercialização das Copas Américas de 2015, 2016, 2019 e 2023, assim como os direitos das Copas do Brasil de 2013 a 2022.
Os advogados de Marin alegam que não existem provas substanciais para incrimina-lo. Segundo jornal O Estado de S. Paulo, eles agora estudam negociar com a Justiça americana para que a pena seja cumprida em prisão domiciliar. Para isso, o dirigente pode pagar até R$ 38 milhões de fiança para os EUA. O cartola possui um apartamento em Nova York, imóvel que deverá ser incluído no valor a ser pago para a libertação do brasileiro.
A aceitação imediata de Marin para seguir aos Estados Unidos também se deve ao fato de que o cartola temia permanecer preso na Suíça por pelo menos três meses enquanto o recurso fosse apreciado pelas autoridades.
Detido na Suíça, Marin pouco conversou na prisão. Ele não fala inglês, tampouco alemão. O dirigente gastava o tempo lendo livros.
O brasileiro era o único dos sete dirigentes presos em maio que ainda aguardava resposta da Justiça suíça sobre o pedido de extradição. Além de Marin, apenas o ex-vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb aceitou ser entregue para os Estados Unidos, sendo extraditado no dia 15 de julho. Os demais optaram por entrar com recursos contra a decisão e aguardam resposta do Tribunal Penal Federal.
A lista completa de dirigentes detidos no escândalo inclui, além de Marin e Webb, Julio Rocha (ex-presidente da Federação de Futebol da Nicarágua), Costas Takkas (ex-dirigente da Concacaf), Eduardo Li (ex-presidente da Confederação da Costa Rica), Eugenio Figueredo, (ex-presidente da Conmebol) e Rafael Esquivel (ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol).
US$ 110 milhões em propinas
Marin foi preso com outros seis dirigentes, todos eles ligados a confederações das Américas. As detenções foram coordenadas pelas polícias norte-americana e suíça. A investigação realizada pela Procuradoria de Nova York descobriu que o ex-presidente da CBF seria um dos cinco beneficiários de uma propina de US$ 110 milhões pagos pela empresa uruguaia Datisa, criada pela Traffic e por outras duas agências de marketing para negociações de direitos de transmissão da Copa América.
Marin e os outros acusados receberiam o dinheiro por terem feito com que a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Concacaf (Confederação de Américas do Norte e Central) cedessem à Datisa os direitos mundiais de transmissão das edições da Copa América dos anos de 2015, 2019 e 2023, além da edição especial do campeonato em 2016, evento que será realizado nos Estados Unidos e reunirá seleções de todo o continente americano.
De acordo com os procuradores norte-americanos, o esquema foi fechado em janeiro de 2014, quando Marin era o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e membro do comitê executivo da Fifa. Já o representante da CBF na Conmebol, à época, era Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF, que é investigado pelo FBI.

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