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10.22.2015

Vantagens do Controle da Qualidade Total (TQC)

Segundo Ishikawa (1993), as vantagens do Controle da Qualidade Total em uma empresa são muitas:

  1. ele oferece garantia de qualidade verdadeira. É possível obter-se qualidade a cada passo de cada processo, chegando a uma produção 100% livre de defeitos. Isto é conseguido pelo controle de processo. Não é suficiente apenas encontrar defeitos e falhas e corrigi-los, torna-se necessário determinar as causas que criam os defeitos e as falhas. O TQC auxilia os trabalhadores na identificação e remoção destas causas;
  2. o TQC abre canais de comunicação dentro da empresa, inundando-a com uma lufada de ar fresco. O TQC permite que as empresas descubram falhas antes que elas se tornem um desastre, pois todos estão acostumados a falar um com os outros de maneira mais franca, verdadeira e prestimosa;
  3. o TQC torna possível, para as divisões de projeto e fabricação de produtos, acompanhar, de forma eficiente e precisa, as constantes mudanças nos gostos e nas atitudes dos clientes para que os produtos possam ser fabricados atendendo consistentemente à preferência deles; e
  4. o TQC encoraja as mentes inquisidoras que podem detectar dados falsos. Ele pode ajudar a evitar que as empresas baseiem-se em números falsos de vendas e em números falsos de produção. “Conhecimento é poder, e isso é que oferece o TQC” (ISHIKAWA, 1993).

Já na década de 80, os conhecimentos sobre Qualidade se difundiram e o crescimento de países recém industrializados aumentou a competitividade. As empresas japonesas, por exemplo, viram-se ameaçadas por países como Coreia, Taiwan, Cingapura e Hong-Kong, que possuíam alta tecnologia de produção com mão-de-obra muito mais barata. Tornava-se necessário antecipar as necessidades do cliente para conquistar um monopólio momentâneo, até que outras empresas conquistassem tal tecnologia. Esta nova fase na economia mundial, que agregava o conceito de inovação à qualidade, foi definida por Shiba et al. (1997) como adequação às necessidades latentes. Destaca-se nesta fase a utilização de métodos como o Quality Function Deployment (QFD) e as Sete Novas Ferramentas do Planejamento da Qualidade.

Outro ponto de destaque na história da Qualidade foi a criação da família de normas ISO 9000 como forma de padronizar a implantação de Sistemas de Gestão de Qualidade. A International Organization for Standardization (ISO) publicou a primeira versão desta família de normas em 1987. Com o intuito de adequar as normas às exigências do mercado, três novas versões foram publicadas: a primeira em 1994, a segunda em 2000 e a terceira em 2008.

Atualmente, a qualidade é um conceito extremamente importante, “conduzindo empresas nos mercados nacionais e internacionais ao êxito e ao crescimento” (FEINGENBAUM, 1994). É lógico que sendo a qualidade um conceito dinâmico, ele ainda se expandirá e agregará novos conceitos. Shiba et al. (1997), por exemplo, acredita que os próximos valores a serem agregados pela qualidade serão a cultura da organização e a adequação ao ambiente global e social.

Assim, como se pode observar pelo relato histórico, o conceito de qualidade foi evoluindo e se tornando cada vez mais abrangente. De um simples conceito de perfeição técnica na Revolução Industrial, passou a agregar fatores como a adequação aos padrões, as necessidades do cliente, a redução dos custos de produção, a inovação e no futuro passará a agregar novos valores. Conclui-se que qualidade é um conceito cada vez mais amplo e as empresas que desejam focá-la como fator estratégico deverão estar aptas a compreender toda esta evolução histórica (SHIBA et al., 1997).

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