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1.11.2016

E AGORA DR. MORO (US$ 100 milhões de dólares de propina no governo FHC)

Operação Lava Jato

Propina na Petrobras rendeu US$ 100 milhões a governo FHC, diz delator

Depoimento de Cerveró indica que dinheiro veio da compra de petrolífera na Argentina

por Henrique Beirangê 11/01/2016 

Fernando-Henrique-Cardoso
Governo do ex-presidente é citado em delação

Um documento apreendido na casa do senador Delcídio Amaral na Operação Lava Jato revela que o esquema na Petrobras rendeu 100 milhões de dólares ao governo Fernando Henrique Cardoso. O papel faz parte do acordo de colaboração premiada do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró.
Amaral foi diretor de Gás e Energia entre 1999 e 2001 no segundo mandato do ex-presidente. Cerveró era gerente da área e subordinado do senador na época.
De acordo com as anotações, a propina estaria ligada a compra da petrolífera argentina Perez Compancq pela Petrobras em 2002, último ano do mandato de FHC.  
Cerveró afirma que cada diretor da empresa argentina recebeu um milhão de dólares pela venda da empresa e Oscar Vicente, segundo Cerveró, principal operador do ex-presidente argentino Carlos Ménem, teria ficado com seis milhões de dólares.
O texto faz parte de um conjunto de anotações de Cerveró que orientaram sua delação premiada. O documento não dá detalhes de quem recebeu a propina dentro do governo brasileiro.
A petrolífera argentina vendeu 58,62% das ações para a estatal brasileira pelo valor de 1,027 bilhão de dólares. O ex-presidente nega qualquer participação em esquemas ilícitos na Petrobras.

Cerveró
Aquisição de petrolífera na Argentina gerou propina de 
U$$ 100 milhoes  (Wilson Dias/ Agência Brasil)
Amaral foi preso no final do ano passado por tentar impedir que Cerveró citasse seu nome em sua delação. O senador teve acesso a trechos da colaboração do ex-diretor da estatal que vazaram de dentro do presídio no Paraná onde Cerveró está preso.
Cerveró já havia afirmado que a multinacional francesa Alstom havia pagado 10 milhões de dólares a Amaral por conta de um contrato de 550 milhões de dólares pela aquisição de turbinas para a termoelétrica Termo Rio, no estado fluminense. O contrato teve o objetivo de tentar reduzir os impactos do apagão no governo FHC.

A GLOBO (G1) AGORA NÃO TEM COMO FUGIR AOS FATOS QUE INCRIMINA O FHC E O PSDB

Nestor Cerveró cita US$ 100 milhões de propina ao governo de FHC

Informação do ex-diretor foi dada à PGR antes de formalizar delação.
Compra da empresa argentina pela Petrobras ocorreu em 2002.

Adriana Justi e Marcelo RochaDo G1 PR, e da RPC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante lançamento de livro em São Paulo (Foto: Roney Domingos / G1) 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi
citado pelo ex diretor da petrobras, Cerveró. O seu governo levou propina de 100 milhões de dólares
(Foto: Roney Domingos / G1)
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes de fechar o acordo de delação premiada, que a venda da petrolífera Pérez Companc envolveu pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões ao governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).
O documento em que consta a informação foi obtido pela RPC. Cerveró está preso pela Lava Jato desde janeiro do ano passado.
A compra da empresa argentina pela Petrobras ocorreu em 2002. Ainda de acordo com o depoimento, Cerveró disse que quem repassou essa informação a ele foram os diretores da Pérez Companc e Oscar Vicente, ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem.
O G1 tenta contato com o Instituto FHC.
Venda envolveu proprina ao governo do FHC (Foto: Reprodução)Venda envolveu propina ao governo de FHC, segundo Cerveró (Foto: Reprodução)

Nota: Imagina se a delação premiada envolvesse o Ex- presidente  Lula. A noticia seria dada em edição extraordinária. E os jornais estampariam na primeira página em letras garrafais.  

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