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2.25.2016

Dinheiro recebido por marqueteiro do PT não é de campanha, diz advogado

Perseguição política ao PT é  ao Lula e flagrante.  

João Santana e a mulher foram presos pela 23ª fase da Lava Jato, por ter aumentado o seu patrimônio
Mônica Moura prestou depoimento; oitiva de Santana foi adiada para quarta.

Thais KaniakDo G1 PR, com informações da RPC Curitiba
Mônica Moura também fez o exame de corpo de delito, que é praxe após a prisão (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS) 
Mônica Moura e João Santana estão presos na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)
O advogado Fábio Tofic, defensor de João Santana e  Mônica Moura, afirmou que a cliente conseguiu demonstrar cada movimentação da conta no exterior no depoimento prestado à Polícia Federal (PF) na tarde desta quarta-feira (24) e que durou cerca de três horas. Fábio Tofic relatou não existir nenhuma prova de que os recursos recebidos pelo casal sejam provenientes de corrupção ou de campanhas brasileiras.

João Santana e a mulher Mônica Moura são suspeitos de receber US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior. A PF suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Lava Jato. Ele é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006.
"Eles receberam recursos lícitos pelo trabalho honesto que fizeram ao longo de anos. Não são lavadores de dinheiro, não são corruptos, nunca tiveram contrato com o poder público. São trabalhadores honestos – gostemos, gostem ou não, dos clientes deles. Agora os recursos são lícitos, não envolvem campanha brasileira".

"Está claro que ela e o João estão presos por um crime de manutenção de conta não declarada no exterior. Um crime pelo qual não existe uma pessoa presa neste país. Não vou dizer que é um crime leve, mas é um crime que não enseja prisão de qualquer cidadão desse país", afirmou Fábio Tofic.

João Santana e a mulher foram presos na terça (23) ao desembarcarem no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). A prisão temporária de ambos foi decretada na segunda-feira (22), dia da deflagração da 23ª etapa da Operação Lava Jato
O casal estava na República Dominicana, onde participava da campanha de reeleição do presidente do país. Eles voltaram ao Brasil e se apresentaram à PF. No mesmo dia, foram levados para a carceragem da Polícia Federal, na capital paranaense, onde estão concentradas as investigações da Operação Lava Jato.
O depoimento de João Santana também estava previsto para ocorrer nesta quarta, mas foi remarcado para as 9h30 de quinta-feira (25).

Benedicto Barbosa
Outro preso foi ouvido pela PF nesta tarde – Benedicto Barbosa, diretor-presidente da construtora Norberto Odebrecht. Ele foi detido na segunda-feira. A prisão dele e do casal é temporária, com prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco ou convertida em preventiva, que é por tempo indeterminado, caso a Justiça considere necessário.

No despacho de prisão temporária, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, afirmou que Benedicto Barbosa aparenta estar envolvido no pagamento de propina para autoridades com foro privilegiado.
Por meio de nota, a defesa de Benedicto Barbosa informou que ele respondeu aos questionamentos feitos pelas autoridades policiais. Conforme a nota, ele reafirma a "disposição para colaborar com as investigações em curso e esclarece que a sua atuação profissional sempre se pautou em conduta ética e legal".
Operação Acarajé
A atual fase da Lava Jato foi batizada de Operação Acarajé, que era o nome usado pelos suspeitos para se referirem ao dinheiro irregular. A PF suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.

Uma das principais linhas de investigação são os repasses feitos pela Odebrecht ao marqueteiro. Segundo relatório da PF, João Santana e a mulher Monica Moura ocultaram das autoridades os recursos recebidos no exterior porque tinham conhecimento da "origem espúria" deles.

Aumento de patrimônio
Um relatório da Receita Federal aponta divergências nas declarações de Imposto de Renda de João Santana e da mulher. De acordo com o levantamento, o patrimônio de Santana aumentou de R$ 1 milhão em 2004, para R$ 59 milhões em 2014, em valores não corrigidos.

Conforme o relatório da Receita, parte do dinheiro que aumentou entre 2004 e 2014 não passou pelas contas bancárias de Santana.
Em 2012, por exemplo, o publicitário não informou nenhuma movimentação financeira, mas declarou rendimentos de R$ 7,8 milhões.
O levantamento da Receita também mostra que o marqueteiro do PT teve gastos elevados com cartões de crédito de mais de R$ 500 mil em 2012, mas esses valores não circularam pela conta corrente dele.
A compra de um apartamento em São Paulo, em 2013, por R$ 3 milhões também não consta na movimentação da conta bancária de Santana.

nota: O consumo de pipoca na casa de Santana foi muito alto, isto prova que eles tem visto muito filmes e pode ter ligações secretas com produtores de cinema internacional.

 

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