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3.22.2016

Não vamos embarcar em um golpe institucional, diz o presidente do STF


Durante palestra em uma faculdade em São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou que o país não deve embarcar em um "golpe institucional" que, segundo ele, pode por em risco as instituições democráticas.

Carlos Humberto/ SCO/ STF (25/06/2014)
Declaração de Lewandowski foi durante de evento em São Paulo, nesta sexta (13) Declaração de Lewandowski foi durante de evento em São Paulo, nesta sexta (13)
A afirmação incisiva é um claro sinal de crítica vindo do Poder Judiciário contra a tese golpista da oposição conservadora encabeçada pelos tucanos dos PSDB.

"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou.

Para Lewandowski, o caminho do golpe poderia “cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos”. E acrescenta: “Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros".

O presidente da Corte suprema disse ainda que essa "cortina de fumaça" foi criada por uma crise que ele considera eivada de "artificialismo", com mais fundo político do que econômico.

"O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo", disse.
ele também celebrou a decisão do STF de proibir as chamadas doações ocultas para campanhas eleitorais, que não é possível identificar o vínculo entre doadores e candidatos.

"A proibição de doações ocultas torna o processo mais transparente e a expressão do voto popular menos contaminado e mais livre de pressões espúrias", disse. E completa: "O STF proibiu em boa hora o financiamento de campanhas por empresas privadas. Nós entendemos que haveria um desequilíbrio de armas. Um votinho só não tem como enfrentar uma empresa que doa 100 milhões".

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