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4.24.2016

Wadih Damous: “STF será cobrado por sua omissão”

domingo, 24 de abril de 2016

Brasil 247 - O deputado federal Wadih Damous concedeu entrevista ao blogueiro Ricardo Fonseca, do Propagando. Confira abaixo os principais trechos:
Sobre a demora da presidenta Dilma em reagir a onda do impeachment:
" A Presidenta está cercada desde o fim da eleição de 2014, quando foi proclamada vencedora. Ali, ela já não teve Paz [...] acho que ela tardou sim [...] a reação do governo poderia ter sido mais rápida e mais eficaz!"
Sobre a condução coercitiva do ex-presidente Lula:
"Ali na verdade, tecnicamente não houve condução coercitiva, o que se passou ali foi um sequestro [...] E ninguém me tira da cabeça que esse sequestro o destino final seria Curitiba!"
Sobre os grampos ilegais de Sérgio Moro:
"Aqueles grampos foram absolutamente ilegais! [...] a lei das interceptações telefônicas em nenhum momento permite que o conteúdo de gravações seja divulgado [...] O Juiz Sérgio Moro cometeu um crime[...] por conta disso eu e outros parlamentares representamos contra ele no CNJ [...] tratou-se de algo gravíssimo e mais uma vez, nós ficamos esperando uma atitude do Supremo Tribunal Federal, dos órgãos disciplinares do poder judiciário e infelizmente até agora não aconteceu!"
Sobre a votação e aprovação do Impeachment na Câmara no ultimo domingo (17):
"Eu só encontro um paralelo ao que aconteceu na Câmara dos deputados nessa noite trágica, que foi o dia 01 de abril de 64, quando o então presidente do Congresso Nacional, Senador Auro de Moura Andrade, declarou a vacância da Presidência da República, estando ainda o Presidente da República João Goulart em território nacional [...] Ouve-se na gravação o deputado Tancredo Neves chamando de Canalha! [...] O que aconteceu na Câmara foi a sucessão de Canalhas, de golpistas da pior qualidade, pior qualidade moral, intelectual, política, ideológica [...] mostrando ao mundo o nível rasteiro, enlameado, em que se encontra a maioria da Câmara dos deputados."
Sobre a estagnação do processo de Eduardo Cunha no STF:
"Já há elementos mais do que suficientes na investigação, no processo, já saiu da investigação, já virou processo e o Eduardo Cunha é réu nesse ação penal e o STF não pauta o julgamento [...] já há elementos probatórios mais do que robustos pra que o deputado Eduardo Cunha seja julgado, condenado e preso [...] Mas o Supremo Tribunal Federal tem se comportado, no meu ponto de vista, abaixo das expectativas que esse momento brasileiro exige [...] Acho que o Supremo vai ser cobrado na história pela sua omissão nessa crise brasileira."
Sobre a traição de Michel Temer:
"Parece que o vice Presidente Michel Temer é um mau-caráter contumaz e já traí desde há muito [...] Parece já quando operava a articulação política do governo, juntamente com seu comparsa Eliseu Padilha, a traição já comia solta [...] O Silvério dos Reis dos tempos atuais chama-se Michel Temer. Traidor!"
Sobre a reversão do Processo de Impeachment:
"Formalmente vivemos sob um estado democrático de direito, que nesse momento está sob ameaça, exatamente por conta desse golpe que está em marcha [...] Nós temos ainda que ainda mostrar crença, mostrar esperança, de que a legalidade vai prevalecer [...] Nós vamos lutar até o fim no Senado e se for preciso iremos ao Supremo. Embora, repito, o STF não vem dando mostras de querer agir como Corpo Supremo [...] Alguns juízes da Suprema Corte Americana teriam ficados estarrecidos com o comportamento dos seus colegas daqui do Brasil [...] Se estivesse acontecendo lá, com certeza a Suprema Corte Norte Americana já teria intervindo no processo pra repor o império da Constituição, da lei, no processo político[...] Nós vamos lutar até o fim! [...] Mas quem vai decidir essa parada é o povo brasileiro, são as ruas!"
Sobre Lula e Dilma:
"O presidente Lula com todo o massacre midiático que sofreu, sobretudo ao longo dos últimos meses, continua sendo considerado pela grande maioria da população brasileira, como o maior Presidente da história do Brasil [...] A Presidenta Dilma é uma mulher reconhecidamente honesta [...] Ninguém pode assacar contra a honestidade da Presidenta Dilma [...] como bem disse um Jornalista do New York Times: "Uma Mulher Honesta sendo julgada por uma quadrilha de bandidos". Eles são dois personagens importantes na história do Brasil [...] E ainda tem muito a contribuir [...] Acho que eles e nós seremos vitoriosos."
Assista ao vídeo com a primeira parte aqui.
E a continuação com a segunda parte aqui.

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