"Em 1964, o clima antes do golpe era parecido ao de hoje; criou-se um
consenso de que João Goulart estava quebrando o país, tinha perdido a
autoridade e, se não fosse retirado, seus amigos comunistas iriam
desgraçar o Brasil", lembra Alex Solnik; ele prossegue na comparação:
"também agora os brasileiros estão saudando a nova ordem, pois o velho
governo estava quebrando o país, sem perceber que, com a maioria que
terá no Congresso, Temer também poderá emendar a constituição sob
pretexto de que tal como está não o deixa governar, e, de emenda em
emenda, poderá desfigurá-la como ocorreu em 1968 e então já será tarde
demais"; para o jornalista, "estamos numa encruzilhada tão perigosa
quanto a de 1964 e, tal como naquela época, os brasileiros não se dão
conta disso e continuam na rotina do dia a dia, despreocupados, a
maioria comemorando algo que deveria ser deplorado e a minoria,
indignada, sem saber o que fazer"
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