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6.06.2016

Parente(presidente da Petrobras): acha que pré-sal é ruim para a Petrobras



O golpe vai produzindo seus crimes e os “justifica” de maneira espantosamente ridícula.
O interventor do golpe na Petrobras, o ex-ministro do apagão de Fernando Henrique Cardoso, acaba de transformar a nossa empresa estatal na única petroleira do mundo que não quer petróleo.
É isso mesmo.
Enquanto a Shell gastou uma fortuna para arriscar-se a explorar petróleo em meio às geleiras do Ártico, Pedro Parente, ao assumir a presidência da empresa só faltou dar “graças a deus” à ideia de tirar da Petrobras o direito de ficar com pelo menos 30% de todo o petróleo (achado, garantido) na região do pré-sal.
Segundo ele, há um pecado imperdoável em garantir-se à empresa áreas onde os poços estão jorrando 20, 30, 40 mil barris diários, dez vezes mais que os outros campos marítimos do Brasil por que  isso ” retira a liberdade da empresa de escolher os seus projetos, o que é imperdoável para uma empresa listada em Bolsa.”
Ora, como assim “retira a liberdade da empresa escolher” as áreas mais rentáveis da plataforma continental brasileira?
Quer fazer um teste, “seu” Parente? Chame a Shell, a Exxon, a Total, as chineses, a BP, até o seu Manoel da Padaria e pergunte: quem quer a garantia de ter, no mínimo, 30% dos direitos do pré-sal e só vai gastar na hora de explorar?
Dá briga, seu Parente, dá briga.
A outra razão do gênio do apagão é que isso vai “atrasar a exploração do pré-sal”.
Será que sua apaguência não sabe que o que está atrasando a exploração de petróleo, aqui e no mundo inteiro, são os preços?
Que para tirar petróleo e vender a 30 dólares, lucrando cinco ou seis por barril o dinheiro disponível é um e para vender por 100 dólares é outro?
Que nos Estados Unidos, com toda a liberdade capitalista, há 404 sondas perfurando, menos dos que as 471 que foram desativadas nos últimos 12 meses? Será que é a partilha? Ué, não tem partilha por lá….
Parente veio para liquidar a Petrobras, o que só não se pode fazer de imediato porque o preço do petróleo não aconselha as grandes a assumirem passos que suas pernas não aguentam, tendo todas amargado prejuízos em 2015.

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