Dilma vai recorrer ao STF para manter Temer interino
Defesa da presidente afastada vai recorrer da decisão proferida pelo
ministro Teori Zavascki e pedir para que o plenário do Supremo Tribunal
Federal se manifeste sobre a possibilidade de manter Michel Temer como
presidente interino até a análise definitiva dos recursos sobre o caso;
em sua decisão, quando rejeitou o recurso de Dilma, Teori disse que só
em "hipótese extremada" o STF deve intervir na decisão sobre impeachment
tomada pelo Congresso; a defesa pede a anulação da decisão do Senado a
realização de um novo julgamento
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff vai recorrer contra a
decisão proferida monocraticamente pelo ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal, que rejeitou recurso da petista pedindo a
anulação da decisão do Senado sobre o afastamento e que seja realizado
um novo julgamento. No mandado de segurança, o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo,
argumentou que houve uma mudança no chamado "libelo", a peça acusatória
utilizada no julgamento, para a inclusão de um dispositivo legal para
caracterizar o crime de responsabilidade fiscal, o que prejudicou o
direito de defesa. Com base nesse argumento, Cardozo pediu que o Supremo concedesse uma
medida liminar para restabelecer a interinidade de Michel Temer na
Presidência da República, enquanto não transitar em julgado o pedido
pela anulação da decisão do Senado que condenou Dilma e a realização de
um novo julgamento do impeachment. Em sua decisão, Teori afirmou que só em "hipótese extremada" o STF
deve intervir de forma "precoce" na decisão sobre impeachment. A defesa
de Dilma pede para que o plenário decida sobre voltar Temer na condição
de interino até que haja análise definitiva dos recursos.
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