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9.20.2016

Exibição circence da Procuradoria Geral da União (Dalmo Dallari)






Ministros do Supremo Tribunal Federal fazem duras críticas a denúncia da Lava Jato contra Lula

De acordo com jornal, magistrados afirmam que procuradores "estão decolando"






Os procuradores da Lava Jato conseguiram uma quase unanimidade ao apresentarem denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: praticamente todos os setores criticaram a falta de argumentos da peça. 
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira (19), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram muitas ressalvas à apresentação da denúncia pelo procurador Deltan Dallagnol e consideraram o comportamento dos investigadores "espetaculoso". Um dos magistrados comentou que os procuradores, sentindo-se apoiados por parte da imprensa, "estão decolando", perdendo a base, a referência.





Deltan Dallagnol foi criticado por diversos setores da sociedade depois de apresentar denúncia
Deltan Dallagnol foi criticado por diversos setores da sociedade depois de apresentar denúncia sem provas mas com convicção que houve o delito.


Em artigo recente publicado no Jornal do Brasil, o jurista Dalmo Dallari classificou a denúncia como uma "exibição circense muito espalhafatosa":
"Por qual motivo, apresentando publicamente e com linguagem pirotécnica uma espetaculosa denúncia, ele (Deltan Dallagnol) não apontou fatos que a justificassem e não fez o enquadramento jurídico da denúncia?  A conclusão final destas considerações é que a Procuradoria Geral da União deve ser alertada e deve agir com rigor para impedir que outros Procuradores, pela ambição de ganhar evidência ou por qualquer outra razão também inaceitável, envolva desse modo o nome da instituição, que tem a mais alta responsabilidade social e que deve ter desempenho inatacável, para gozar da confiança e da admiração do povo brasileiro", afirmou Dallari.
A situação se agravou com a notícia de que a denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, apresentada na última quarta-feira (14), contém uma informação que só aparece no esboço da delação premiada do empresário Léo Pinheiro, que foi recusada pela Procuradoria-Geral da República. Pinheiro, sócio da OAS, disse que a empreiteira descontava os repasses que fez para o apartamento tríplex do Guarujá de uma espécie de conta-corrente que a empresa mantinha com o PT, usada para pagar propina de obras da Petrobras.
No documento que fez para negociar o acordo de delação premiada, Pinheiro, sócio da OAS que já foi condenado a 16 anos de prisão, dizia: "Ficou acertado com [João] Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras". 

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