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9.27.2016

Moraes se reuniu com a PF na sexta, antes de vazar operação contra Palocci

Criticado por receber - e divulgar - informações privilegiadas da operação Lava Jato durante campanha tucana, o ministro da Justiça do governo Temer esteve com Disney Rosseti, chefe da Polícia Federal em São Paulo, para uma "reunião de trabalho" na superintendência da corporação na capital paulista, conforme agenda divulgada na intranet da PF; o encontro aconteceu três dias antes da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, antecipada por Moraes no domingo; Alexandre de Moraes é alvo de representação no Ministério Público Federal e na Comissão de Ética da Presidência da República por "violação de sigilo funcional" 
 O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu com a cúpula da Polícia Federal em São Paulo três dias antes da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, antecipada por ele no domingo durante campanha do candidato tucano Duarte Nogueira em Ribeirão Preto (SP), cidade de Palocci.
A fala de Moraes sobre a Lava Jato - "pode ficar tranquilos que essa semana tem mais, quando vocês virem vão se lembrar de mim" - levantou uma série de questionamentos sobre a obtenção, pelo governo Temer, de informações privilegiadas da PF.
Agora, a confirmação da agenda oficial de Moraes, que divulga a reunião com agentes da PF no estado onde até pouco tempo ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública e onde detém maior influência, reforçam as suspeitas.
De acordo com a Polícia Federal de São Paulo, Moraes se encontrou com Disney Rosseti, chefe da PF do estado, para uma "reunião de trabalho", conforme divulgou o jornalista Matheus Leitão, em seu blog no portal G1. Rosseti estaria se empenhando para alcançar o cargo de diretor-geral da corporação.
Após a antecipação de uma nova fase da Lava Jato, Moraes virou alvo de representação de convocação na Câmara, no Senado e de investigação na Procuradoria Geral da República e na Comissão de Ética da Presidência da República.
Os documentos foram protocolados por partidos da oposição nesta segunda-feira 26. A argumentação é de que houve "violação de sigilo funcional" das investigações e que Moraes não tem mais condições para permanecer no cargo.

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