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10.17.2016

Arrecadação afunda 7% em setembro e prova que recessão se aprofunda


Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os números da arrecadação federal em setembro mostram que a crise econômica e a recessão persistem neste segundo semestre, apesar do discurso do governo; após um agosto ruim, quando a arrecadação da União recuou 10% ante o mesmo mês do ano passado, o pior resultado em sete anos, o recolhimento de impostos federais voltou a cair em setembro; dados reforçam sinais de que a recuperação da atividade econômica ainda é muito fraca para confirmar as expectativas de que o país está perto de sair da recessão
 Os números da arrecadação federal em setembro mostram que a crise econômica e a recessão persistem neste segundo semestre, apesar do discurso do governo. Após um agosto ruim, quando a arrecadação da União recuou 10% ante o mesmo mês do ano passado, o pior resultado em sete anos, o recolhimento de impostos federais voltou a cair em setembro, segundo reportagem da Folha de S.Paulo
"Levantamento feito pelos economistas José Roberto Afonso e Vilma da Conceição Pinto, da FGV, com base em registros do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) do governo federal, indica que a queda foi menos intensa do que em agosto.
Mas os dados reforçam sinais de que a recuperação da atividade econômica ainda é muito fraca para confirmar as expectativas de que o país está perto de sair da recessão.
Pelo levantamento —cujo resultado difere levemente dos da Receita Federal, porém com a mesma tendência—, a arrecadação federal caiu 7,3% em setembro, ante o mesmo mês do ano anterior. Em agosto, por esta métrica, o recuo havia sido de 9%. O dado oficial da Receita deverá ser divulgado nos próximos dias.
"Em agosto, ainda havia dúvida se o resultado decorria de efeitos da greve dos fiscais, como no caso das importações. Esse efeito não cola mais", diz Afonso. "Mesmo comparando com uma base já muito ruim [setembro de 2015], os decréscimos seguem muito fortes e até acelerando, como no caso da Cofins."
Esta contribuição incide principalmente sobre as vendas do comércio e dos serviços, como eletricidade, ainda mais distantes de uma esperada recuperação. Para economistas, em razão da contração do crédito e do emprego, o consumo será a última das atividades a sair da recessão."

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