O contraste: Lula no povão, Temer clandestino

As eleições deste domingo mostraram que algo na funciona na "democracia" brasileira; Lula, o líder que setores da imprensa e do Judiciário pretendem banir da vida política do País, caiu nos braços do povo, ao votar, em São Bernardo do Campo (SP); Michel Temer, instalado no Palácio do Planalto por um processo de impeachment definido como "tropeço da democracia" por um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, foi votar às 7h52 para se esconder de protestos; se todo poder emana no povo, como diz a Constituição Brasileira, algo está fora da ordem no País

2 de Outubro de 2016 às 16:02

247 – Todo poder emana do povo, diz a Constituição brasileira, em seu primeiro artigo.
Se é assim, a democracia brasileira está doente – e a prova foi dada neste domingo.
Ao votar, em São Bernardo do Campo (SP), Lula foi cercado por manifestantes que o abraçaram e tiraram selfies.
Mas Lula, embora ainda seja visto pela população brasileira como o maior presidente da história, está sendo caçado por setores da imprensa e do Poder Judiciário. Querem bani-lo da vida política para que, em 2018, seu nome não possa estar nas urnas.
Bem mais cedo, às 7h52, antes do horário de votação, Michel Temer, instalado na presidência graças a um impeachment que será retratado nos livros de história como golpe e a um processo de criminalização da política, chegou a sua seção eleitoral. 
Foi bem cedo para evitar protestos e para votar antes que os manifestantes acordassem, como ironizou seu ministro Geddel Vieira Lima (leia aqui).
Assim, ficou nítida a contradição da democracia brasileira. Quem tem povo deve ser banido da democracia. Quem não tem, governa.