Diante da sucessão de maus resultados de suas políticas econômicas e dos prognósticos negativos de analistas, o governo federal foi obrigado a admitir que o crescimento econômico não volta neste ano e a reduzir suas previsões em relação a 2017. Agora, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já trabalha com uma alta do PIB na casa de 1% no próximo ano, quando anteriormente pregava a marca de 1,6% de subida. Com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e a reação negativa dos mercados internacionais, a situação pode-se agravar ainda mais. O dólar disparando, com o maior aumento em oito anos, ligou o sinal de alerta no governo. As informações são da Folha de S.Paulo.
"Daí que a ordem agora é tentar reverter esse cenário. Segundo a Folha apurou, a equipe de Temer prepara a segunda etapa de sua política econômica, a ser lançada no início do próximo ano, com foco em reformas microeconômicas, para fazer a economia voltar a andar com medidas no campo da produtividade e competitividade.
O governo já fechou uma parceria com o Banco Mundial para elaborar um conjunto de ações em setores como energia e transporte.
Segundo um auxiliar de Temer, a economia está num ritmo mais lento que o esperado neste fim de ano por causa do fraco desempenho do crédito.
Com isso, o governo já não conta mais com uma recuperação da economia neste quarto trimestre e acredita que a melhora do ritmo só acontecerá em 2017.
Essa frustração já fez também a equipe econômica alterar suas previsões para o ano que vem. Meirelles já fala num crescimento menos "exuberante", próximo de 1%. O mercado chegou a falar até em 2% de alta do PIB em 2017. E agora surgiu o fator Trump, podendo gerar mais dúvidas.
Para evitar um 2017 ruim, a equipe econômica vai focar mais ações voltadas para "pôr a economia para funcionar", passada a fase de votação e apresentação de medidas fiscais, como o teto de gastos e a reforma da Previdência.
Em outras palavras, o governo deixará de mirar apenas o ajuste fiscal e vai elaborar medidas para acelerar o crescimento e o investimento. A ideia é reduzir principalmente o custo de energia e de transporte dentro do país."
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