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11.18.2016

Otávio, o delator que mentiu, pode ficar solto?

Uma das premissas dos acordos de delação premiada é que os colaboradores não mintam para a Justiça. Pois bem: em setembro deste ano, Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, disse que uma de suas doações eleitorais ao PT, na campanha presidencial de 2014, foi fruto de propina. Ao ser confrontado, pelos advogados da presidente derrubada Dilma Rousseff com um cheque nominal a Michel Temer, Azevedo ontem mudou sua versão e disse que a doação, antes fruto de coerção e propina, havia sido espontânea. Ou seja: em algum momento, ele mentiu. A questão agora é: ele pode manter os benefícios da delação premiada?

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