Levantamento do Ministério do Planejamento entregue ao presidente
Michel Temer mostra que o governo tem atualmente 3.113 obras paralisadas
em todo o País; do total, 1.600 têm custo de até R$ 5 milhões; entre
elas estão 445 creches e pré-escolas; Ministério das Cidades, comandado
por Bruno Araújo, é a responsável pela maior parte das obras
paralisadas: 905
"O senhores podem prestar um relevantíssimo serviço ao país a medida
que divulguem os atos de governo, como esse do dia de hoje", discursou
Michel Temer em cerimônia no Planalto; sobre a PEC 55, afirmou que a
restrição orçamentária pode trazer impopularidade, mas que não está
pensando no curto prazo; "Qual o governante não quer gastar o máximo
possível? Porque gastar o máximo possível pode gerar popularidade, e
restringir pode gerar inicialmente uma impopularidade. Mas nós não
estamos pensando apenas no Brasil de hoje, mas no Brasil de amanhã",
disse
Ricardo Coutinho, do PSB, foi contra o impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff e queria discutir com o Planalto assuntos como o
endividamento da Paraíba; ele pediu uma audiência com Michel Temer por
escrito no dia 24 de outubro, mas foi informado que o presidente Michel
Temer não vai poder recebê-lo; "Lamento o estreitamento da
republicanidade no país", declarou o governador
"A invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes, ligada ao MST, é
um precedente grave. Não há porque admitir ações policiais repressivas
que resultem em tiros e ameaças letais, ainda mais em uma escola", diz a
presidente afastada Dilma Rousseff; "É lamentável que a semana termine
com novos assaltos aos direitos civis e a tentativa de criminalizar os
movimentos sociais. O atropelo às regras do Estado de Direito, com a
adoção de claras medidas de exceção, deve ser combatido. É uma ameaça à
democracia que envergonha o país aos olhos do mundo"
Relator do processo que pede cassação da chapa de Dilma Rousseff e
Michel Temer, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin
diz que o caso "é o maior processo da história" da corte e que sua
decisão será "histórica"; segundo o ministro, o ponto de partida do caso
será a presunção de inocência, e será garantido o pleno direito de
defesa dos acusados; "Isso aqui não é um processo de impeachment do
Congresso Nacional. O TSE não é um tribunal político, é um tribunal que
decide sobre fatos, com base na lei e constituição", diz Herman
Guerra interna do PSDB prossegue; enfraquecidos pela derrota em Belo
Horizonte e pela acusação de ter recebido R$ 23 milhões da Odebrecht
numa conta suíça, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o chanceler José
Serra jantaram na quinta-feira em São Paulo; prato principal: Geraldo
Alckmin, que se fortaleceu nas eleições municipais e tenta se consolidar
como candidato natural do PSDB em 2018
Para o jornalista Marco Damiani, editor do BR2pontos, a resposta é
sim; "em suas palestras pelo Brasil, entrevistas e em sua página no
Facebook, Moro não esconde ser um cidadão engajado. Um homem que, cada
vez com menos sutiieza, se mostra pronto para missões maiores", diz ele;
em sua análise, ele também menciona Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, FHC
(que busca o poder pela via indireta) e Lula, alvo da caçada judicial de
Moro
O dirigente petista Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador nacional
da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), reagiu às
declarações de Tarso Genro, ex-governador e também dirigente do
partido; "Ele (Tarso) acha que é o único limpo no PT, mas não é. Os que
não estiverem contentes que saiam do PT, e saiam com tempo, porque a
Marta Suplicy saiu e se ferrou, a Marina Silva saiu e se ferrou", disse
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirma
que a decisão da Corte de que um réu não pode ocupar a linha sucessória
não se aplica neste caso porque a Constituição determina que um
presidente não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao mandato;
segundo ele, um candidato a presidente da República que seja réu em
primeira instância pode disputar e até tomar posse, se for eleito;
entendimento permite candidatura de Lula em 2018, uma vez que ele não
foi condenado
Ex-presidente comemora com cautela a vitória de seu partido nas
eleições municipais e reconhece que muitos prefeitos governarão num
ambiente de aguda crise econômica e social; "Cabe ao PSDB responder à
vitória reafirmando o social de seu nome e acompanhando as
transformações dos valores e da cultura, opondo-se, portanto, às ondas
reacionárias não só na Europa, mas também entre nós", escreve o tucano,
em artigo; ele questiona: "Ganhamos, diria como eleitor do PSDB, mas
para o que fazer? Qual é a proposta, não só do PSDB, mas dos dirigentes
políticos em geral, para o Brasil como nação?"
Ex-presidente Lula divulga uma série de casos que comprovaria uma
"parceria público-privada" entre autoridades públicas e veículos de
comunicação do grupo Globo, da família Marinho; nessa tabelinha
mídia-Judiciário, denúncias são lançadas nos veículos de comunicação,
que geram novos inquéritos, produzindo vazamentos para a própria Globo;
"É este é o ambiente de massacre midiático, guerra jurídica e pressa
desmedida para obter uma condenação de Lula em segunda instância antes
das eleições de 2018. Uma parceria público-privada contra a democracia e
o Estado de Direito", diz o texto Sem ser questionado pelos R$ 23 milhões recebidos da Odebrecht em
2010, numa conta secreta na Suíça, o chanceler José Serra diz estar
preocupado com o eventual dano diplomático que o Brasil terá se o
ex-presidente Lula decidir pedir asilo; "Talvez eu tenha essa avaliação,
mas o assunto principal que eu discuti com o presidente Temer foi o
tratamento a ser dado a essa questão da ONU dentro do governo. Não penso
que o asilo seja a estratégia principal, mas não vou afirmar o
contrário"; Serra, evidentemente, não foi indagado sobre a possibilidade
de ele próprio vir a pedir asilo diplomático, caso venha a sofrer
implicações judiciais decorrentes da descoberta da conta usada pelo PSDB
na Suíça
Depois que 54 milhões de votos concedidos à presidente Dilma Rousseff
foram rasgados pelo golpe parlamentar de 2016, o presidente Michel
Temer, que apoiou a conspiração contra sua companheira de chapa,
defendeu, em entrevista à jornalista Mariana Godoy, uma reforma política
que contemple o voto facultativo; "Talvez seja preciso fazer mesmo uma
reforma política, e na reforma vai entrar em pauta o chamado voto
obrigatório, e o voto facultativo. Talvez fosse o caso de começar a
examinar a hipótese do voto facultativo. Quer votar, vota. Não quer, não
vota", disse ele; Temer também defendeu o parlamentarismo, regime que
foi imposto à força no País por ele e seus aliados com a derrubada de
Dilma
Nenhum comentário:
Postar um comentário