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11.28.2016

Valor confirma fracasso do golpe: Temer aprofundou a recessão

247 – Uma reportagem do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (leia aqui) confirma: Michel Temer e Henrique Meirelles, há 200 dias no poder, aprofundaram a recessão brasileira.
Um levantamento junto a instituições financeiras aponta que o PIB brasileiro cairá 0,9% no terceiro trimestre deste ano – o que confirma que o golpe parlamentar de 2016, além de ferir a democracia e colocar no coração do poder personagens como Geddel Vieira Lima, foi um fracasso também em termos econômicos.
Nesta segunda-feira, as instituições financeiras revisaram para baixo o PIB de 2016, que deverá cair 3,5%, depois de um tombo de 5% em 2015. Além disso, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que a confiança do consumidor voltou a cair.
Abaixo, reportagem sobre a queda da confiança:
Confiança de serviços no Brasil recua pelo 2° mês consecutivo, aponta FGV
SÃO PAULO (Reuters) - As expectativas pioraram em novembro e o Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil apresentou queda pelo segundo mês seguido, após sete altas consecutivas, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O ICS caiu 1,4 ponto em novembro e foi a 77,5 pontos, após perda de 1,7 ponto no mês anterior.
O destaque para o resultado foi o Índice de Expectativas (IE-S), que recuou 2,2 pontos, para 84,5 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 0,6 ponto, para 70,9 pontos.
"A percepção de continuidade da tendência de enfraquecimento do nível de atividade vem impactando negativamente a visão das empresas em relação aos meses seguintes. Com isso, o cenário é ainda de queda na atividade real do setor no último trimestre do ano", disse em nota o consultor do FGV/IBRE Silvio Sales.
Em setembro, o volume do setor de serviços no Brasil recuou 0,3 por cento, segundo mês seguido de perdas, ainda que com menor força.
O setor de serviços é mais um a mostrar perdas da confiança em novembro, depois do consumidor, da construção e do comércio.
Os indícios de esgotamento da confiança em novembro trouxeram um sinal de alerta, em meio ao desalento da população que pode dificultar ainda mais a retomada da economia brasileira, jogada na recessão desde o ano passado.
(Por Thaís Freitas)
Abaixo, outra reportagem da Reuters que revela como o Brasil se tornou um peso morto para a economia mundial:
PARIS (Reuters) - O crescimento global vai acelerar mais rápido do que se esperava nos próximos meses uma vez que os cortes de impostos planejados pela administração de Trump e os gastos públicos aquecem a economia dos Estados Unidos, com expectativa de estagnação no Brasil em 2017, disse a OCDE nesta segunda-feira.
Em seu Panorama Econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revisou suas previsões para cima e estimou que o crescimento global vai acelerar de 2,9 por cento este ano a 3,3 por cento em 2017 e chegará a 3,6 por cento em 2018.
Quanto a economia do Brasil, a previsão para 2016 piorou, apontando contração de 3,4 por cento ante estimativa anterior de recuo de 3,3 por cento. Mas para 2017 a conta apresentou melhora, com a OCDE projetando estagnação ante contração de 0,3 por cento antes. Para 2018 a organização vê um crescimento de 1,2 por cento.
A organização com sede em Paris foi ligeiramente mais otimista sobre as perspectivas dos Estados Unidos, com uma previsão de crescimento no próximo ano de 2,3 por cento, ante 2,1 por cento previstos em setembro.
O crescimento dos EUA vai acelerar mais em 2018 para 3,0 por cento, a taxa mais alta desde 2005, com a administração Trump prometendo cortar impostos para pessoas jurídicas e físicas, além de iniciar um programa de investimento em infraestrutura.
Uma renovada economia norte-americana vai ajudar a compensar a fraqueza em outros lugares do mundo.
O OCDE mostrou-se ligeiramente menos pessimista sobre o cenário para o Reino Unido do que em setembro, uma vez que o banco central tem ajudado a aliviar o impacto econômico da decisão de deixar a União Europeia.
A economia britânica deve crescer 2,0 por cento este ano, contra 1,8 por cento estimado anteriormente, embora a taxa possa cair pela metade até 2018.
A previsão para a China, que não é membro da OCDE, é de um crescimento de 6,7 por cento neste ano e de 6,4 por cento em 2017, ambos um pouco melhor do que o esperado anteriormente.
A perspectiva para a zona do euro também foi ligeiramente melhor, apesar das incertezas sobre o futuro relacionamento do Reino Unido com o continente. Impulsionado pela política monetária frouxa, o crescimento da região foi projetado em 1,7 por cento neste ano e em 1,6 por cento em 2017, ambos revisados com ligeira alta.
(Por Leigh Thomas)

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