Historiador e professor da Unicamp Leandro Karnal criticou o
acordão entre o STF e o Senado que permitiu que o senador Renan
Calheiros (PMDB-AL) permanecesse à frente da presidência do Senado,
apesar de ficar fora da linha de sucessão da Presidência da República.
"Decisão judicial se cumpre. Decisão judicial não é bufet, não é um
cardápio de restaurante onde se diz isso eu quero e isso eu não quero,
se não é o caos, a anarquia absoluta", disse; "Ficar se escondendo de
oficial, recusar a cumprir uma ordem do Supremo, não é falta de harmonia
entre os poderes. Isso é colocar o Senado na marginalidade", afirmou;
"É uma vergonha no Brasil. Sinto vergonha de ser brasileiro", completou.
9 de Dezembro de 2016 às 10:47 //
247 - O historiador e professor da Unicamp Leandro
Karnal criticou o acordão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Senado que permitiu que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) permanecesse
à frente da presidência do Senado, apesar de ficar fora da linha de
sucessão da Presidência Da República. " Decisão judicial se cumpre. Decisão judicial não é bufet, não é um
cardápio de restaurante onde se diz isso eu quero e isso eu não quero,
se não é o caos, a anarquia absoluta", disse Karnal em entrevista ao
jornal da Cultura. Declaração vem na esteira da decisão da mesa diretora
do Senado em não acatar a decisão liminar do ministro do STF Marco
Aurélio Mello que determinava o afastamento de Renan do comando da Casa.
O Plenário do STF, porém, permitiu, por seis votos a três, manter Renan
no cargo embora afastado da linha sucessória presidencial. "Ficar se escondendo de oficial, recusar a cumprir uma ordem do
Supremo, não é falta de harmonia entre os poderes. Isso é colocar o
Senado na marginalidade. Houve um erro em 2007. Renan foi condenado por
uma ação clara de usar dinheiro para sustentar uma filha nascida fora do
casamento, de uma empreiteira e de favorecer esta empreiteira. O Senado
não cassou o mandato dele, como deveria ter feito. Por muito menos
houve senadores que tivera seu mandato cassado", afirmou. "É uma
vergonha no Brasil. Sinto vergonha de ser brasileiro", completou.
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