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12.05.2016

Meirelles não vê risco de ser demitido e diz que ansiedade na crise 'é normal'

É melhor cair por incompetência do que por corrupção. Este é o retrato do governo golpista do Temer

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (5) que é normal o aumento da ansiedade do brasileiro, mas que a solução para a crise do gasto público está próxima.
Ele ressalvou que o mercado fez análises não realistas do tempo que a crise vai tomar para ser resolvida.
O ministro afirmou que estão sendo dados "passos gigantescos com a aprovação da PEC do teto aprovada em dois turnos na Câmara do Deputados e no primeiro turno do Senado.
"É a primeira vez em que há uma mudança constitucional para limitar o crescimento dos gastos públicos no Brasil desde a aprovação da Constituição em 1988. Isso é mais importante do que parece", disse Meirelles em evento da Fiesp em São Paulo.
Segundo o ministro, é "normal que no momento em que o problema está sendo resolvido, a ansiedade de todos cresça por soluções".
"A solução está à vista", disse ele, citando a aprovação em segundo turno no Senado marcada para a próxima semana.
Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que também considera normal as expectativas do mercado, que se elevaram assim que sua equipe assumiu o comando da economia, mas que agora começam a se frustrar diante de indicadores decepcionantes de retomada.
"No momento em que se começaram a tomar as medidas necessárias para o crescimento do país, houve uma natural euforia. A euforia é normal. Evidentemente que existia uma análise talvez não realista do tamanho da crise e do tempo que demoraria para a crise ser resolvida", disse.
Questionado se sente que está com seu cargo em risco, Meirelles diz que não.
"Não tenho visto isso. O processo de discussão sobre o que vamos fazer, sobre precisarmos mudar alguma coisa para crescer, é normal. Eu já estive no governo antes, no Banco Central. Principalmente no primeiro momento, que era de enfrentamento da crise, é normal esse processo de discussão. E acredito que seja hoje até mais suave do que foi naquela época. Está tudo bem."

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