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12.09.2016

Reação do Congresso à indicação de Imbassahy “não tem razão de ser", diz Temer

Presidente nega "recuo" na escolha de tucano. "Vamos primeiro costurar apoios"

O presidente Michel Temer confirmou nesta sexta-feira (9) que, de fato, o nome do líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), foi cogitado para ocupar o cargo de ministro da Secretaria de Governo, mas que, diante da reação à indicação no Congresso Nacional, a questão ficou de ser fechada em um segundo momento, para buscar apoio junto à base do governo.
Até o final de novembro, a Secretaria de Governo tinha à frente Geddel Vieira Lima, mas o ex-ministro pediu para sair do cargo após denúncias de que teria feito pressão sobre o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar uma obra na área nobre de Salvador, na qual admitiu ter um imóvel.
Temer negou que houve qualquer “recuo” na definição de quem ocupará a Secretaria de Governo. “Não houve convite ao iminente deputado Antônio Imbassahy. O que houve foram conversações relativas à ampliação da participação do PSDB no meu ministério. Quando me falaram do Imbassahy, eu logo recebi [a indicação] com o maior agrado, porque ele é um homem politicamente adequado e é exatamente o que preciso na Secretaria de Governo”, disse Temer hoje em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco.
"Diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, disse Temer
"Diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, disse Temer
Segundo ele, em meio a essas conversações, houve um “equívoco de comunicação”, o que resultou na divulgação, pela imprensa, do nome do deputado antes mesmo de o assunto ser fechado. “O fato é que não estava fechada essa matéria. E, de fato, houve certa reação na medida em que estamos em processo de eleições na Câmara Federal e alguns partidos acharam que isso favoreceria um ou outro candidato. Daí a razão pela qual eu disse: vamos primeiro costurar os apoios todos necessários de todos os setores da base”, disse Temer.
“De fato houve reações [à indicação de Imbassahy à Secretaria de Governo da Presidência da República], mas a meu ver elas não tiveram razão de ser”, acrescentou. “E, diante do apoio extraordinário que Congresso está dando às nossas medidas, eu não posso desagradar uma ponta da base”, completou o presidente.
O presidente Michel Temer visita hoje cidades de Pernambuco e do Ceará.
Após pressão do centrão, Temer adia escolha para Secretaria de Governo
Após forte repercussão em torno da escolha do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo, Michel Temer decidiu, na noite de quinta-feira (8), adiar a decisão de definir o nome que substituirá Geddel Vieira Lima.
Temer teria se incomodado com o vazamento da informação de que o PSDB queria aumentar a relevância da pasta, incluindo o relacionamento com governadores e a negociação de dívidas estaduais. 
Na Câmara, a escolha também teria contrariado deputados do chamado "centrão", já que a indicação de Imbassahy fortaleceria a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidente da Casa, já que o tucano ficaria fora da disputa.
Vários partidos da base governista, especialmente do “centrão”, também têm intenção de lançar candidatos na disputa pela presidência da Casa, e têm pressionado para que o Planalto não interfira no processo eleitoral.
Como precisa aprovar no Congresso propostas que exigem um apoio amplo, como a reforma da Previdência, o Planalto avaliou que era melhor negociar com mais calma a escolha do novo secretário de Governo.
Agora, Temer estaria cogitando nomes como os dos tucanos José Anibal (SP) e Antonio Anastasia (MG).
Com Agência Brasil
Obs: Quando me lembro do golpista Temer, a única coisa que vem a cabeça é  uma vontade de vomitar.

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