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12.05.2016

Temer promete pacote, mas não sabe o que fazer

Protestos encurralam Temer e dificultam missão de estancar a sangria

Colocado no poder por políticos e parlamentares apavorados com a Lava Jato, Michel Temer corre agora o risco de frustrá-los, depois das manifestações deste domingo; o impeachment da presidente Dilma Rousseff teve como finalidade principal afastar a presidente honesta para que fosse possível, sob o comando de Temer, frear a Lava Jato e "estancar essa sangria", como definiu seu líder Romero Jucá (PMDB-RR); emparedado pelos protestos, e com péssimos resultados na economia, Temer já tenta se desvencilhar de sua missão principal, mas corre o risco de ser derrubado pelos mesmos parlamentares que o apoiaram; "se não sancionar, cai", disse um representante do baixo clero, que comandou a reação do parlamento às chamadas "10 medidas contra a corrupção" 
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em entrevista ao colunista Jorge Bastos Moreno, jornalista em quem mais confia, Michel Temer disse que pretende lançar uma espécie de "dez medidas" para reativar a economia, mas não anunciou nenhuma delas, porque, aparentemente, não tem ideia do que fazer para retirar o País do buraco em que se encontra; entrevista serviu apenas para demonstrar a impaciência das forças que apoiaram o golpe parlamentar de 2016 com a ausência de resultados; "Realmente recebi no meu gabinete os senadores Tasso Jereissati, José Aníbal (PSDB-RO), Armando Monteiro (PTB-PE) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Eles pediram medidas que possam impulsionar o crescimento, alegando que não dá mais para esperar até o segundo semestre. Gravei bem uma expressão do senador José Aníbal de que 'cabe ao dono cuidar da padaria'", disse ele; golpe de 2016, que começou a ser articulado por PMDB e PSDB após a vitória de Dilma Rousseff em 2014, já custou 10% do PIB e milhões de empregos

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