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1.01.2017

O que pode salvar Temer é a renúncia, não Marcela

247 – O ano de 2016 chegou ao fim sem que Michel Temer desse ao Brasil o ato de grandeza que dele se esperava, a renúncia.
Se tivesse renunciado ainda no ano passado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria que convocar eleições diretas em 90 dias, permitindo que a democracia roubada com o golpe parlamentar de 2016 fosse devolvida ao povo brasileiro.
Se Temer vier a renunciar em 2017, em tese o Brasil terá eleições indiretas, com um novo presidente sendo escolhido pelo Congresso, onde mais de 200 parlamentares são investigados por corrupção.
Seria uma saída péssima para o País, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já se posicionou em favor de eleições diretas, em caso de queda da "pinguela" – apelido dado por FHC a Temer.
O ex-presidente Lula, igualmente, tem defendido eleições diretas antecipadas, assim como o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Portanto, se Temer decidir propor um diálogo envolvendo PMDB, PSDB, DEM e PT, ainda haverá a possibilidade de um pacto democrático, que permitiria a saída da crise política e econômica que há dois anos empurra o Brasil para o despenhadeiro.
Se Temer não renunciou em 2016, nada indica que o fará em 2017. Mas ele tem muito pouco a ganhar na presidência. Rejeitado por 77% dos brasileiros e com a imagem de traidor grudada em sua biografia, Temer viu 3 milhões de brasileiros perderem o emprego no ano passado e as previsões indicam que mais 1 milhão serão demitidos em 2017.
Portanto, embora o Palácio do Planalto, segundo Veja, aposta que Marcela Temer irá torná-lo menos rejeitado, essa hipótese é amplamente improvável. A renúncia ainda é o melhor caminho.

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