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2.19.2017

Dilma: não dou luxo a torturador, nem ao Cunha


247 – A maior crise da história do Brasil teve como protagonista o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um político corrupto que tentou chantagear a presidente eleita Dilma Rousseff. Como ela não lhe garantiu os votos do PT no conselho de ética da Câmara dos Deputados, depois que suas contas suíças foram descobertas, Cunha aceitou um impeachment sem crime de responsabilidade, proposto pelo PSDB, que atirou o Brasil no precipício, provocando uma queda de quase 10% do PIB: 5% em 2015, quando Cunha e Aécio Neves sabotaram o País com a política do "quanto pior, melhor", e outros 4,5% em 2016, com a inépcia de Michel Temer e Henrique Meirelles. 
Cunha esperava ser protegido por Michel Temer, por tê-lo colocado no poder, mas foi abandonado à própria sorte. Preso há quatro meses em Curitiba, ele ainda não conseguiu ser libertado e enviou perguntas ameaçadoras a Temer, sua testemunha de defesa, no processo sobre fraudes nos empréstimos da Caixa que corre em Brasília. Sem meias palavras, Cunha questionou o envolvimento de Temer e Moreira Franco no esquema de propinas na Caixa.
O prejuízo causado ao Brasil, que deixou de ser uma nação democrática e empobreceu drasticamente nos últimos dois anos, foi gigantesco, mas Dilma disse não alimentar ódios, rancores ou sentimentos de vingança em relação a Cunha.
Em entrevista à agência francesa AFP, publicada neste sábado (leia aqui), ela afirma que não deu esse luxo "nem aos torturadores, muito menos a Eduardo Cunha. No mesmo depoimento, anunciou que poderá concorrer a uma vaga ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Confira, acima, um trecho

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