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5.19.2017

Temer e Gilmar foram grampeados pela PF

Mesmo que indiretamente, Michel Temer e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foram grampeados pela Polícia Federal, em investigação que tinha os telefones do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) interceptados; numa conversa com Aécio, Gilmar atua como articulador do PSDB no Congresso; o senador tucano pede para que o ministro telefone para o senador Flexa Ribeiro e recomende que o parlamentar siga a orientação do voto proposto por Aécio no projeto sobre abuso de autoridade; a conversa de Temer foi com o deputado Rocha Loures, flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso 
A Polícia Federal interceptou conversas de Michel Temer e do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, segundo relatório da Operação Patmos, deflagrada nesta quinta-feira 18 e que teve como um dos alvos o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Numa conversa ocorrida entre Aécio e Gilmar Mendes em abril, o senador tucano "pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro. Neste diálogo, o senador investigado [Aécio] pede que o magistrado converse com Flexa Ribeiro para que este siga a orientação de voto proposta por Aécio", aponta reportagem da Folha.
Segundo o relatório da PF, os dois se referiam ao projeto sobre abuso de autoridade, em tramitação no Congresso Nacional e relatoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Há também uma conversa entre Temer e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS, em uma mala, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso. No diálogo, Temer fala sobre uma expectativa que o deputado tinha a respeito de novas regras para o setor de portos.
Aécio e Loures eram quem tinham seus telefones interceptados pela PF.

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