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6.05.2017

Acões: Petrobras se descola do petróleo e sobe

Confira os principais destaques de ações da bolsa nesta segunda-feira

Petrobras (PETR3, R$ 13,80, +0,51%; PETR4, R$ 13,09, +0,23%)
As ações da Petrobras se descolam dos preços do petróleo e viram para alta nesta manhã. No mercado internacional, os contratos do Brent registravam queda de 1,42%, a US$ 49,24 o barril, enquanto os contratos do WTI caíam 1,53%, a US$ 46,93 o barril. 
No radar, a Petrobras realizou na sexta-feira o pré-pagamento total de uma Nota de Crédito à Exportação com o Banco Itaú, de R$ 1 bilhão e prazo de vencimento em 2020, informou a petroleira em uma nota ao mercado. A companhia afirmou ainda que continuará avaliando novas oportunidades de gerenciamento dos seus passivos, visando à melhora do perfil de amortização e à redução do custo da dívida, levando em consideração as metas de desalavancagem previstas em seu Plano de Negócios e Gestão 2017-2021.
Já em entrevista para o jornal O Globo, o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da BR, Bruno Paiva, defendeu que a melhor saída para a subsidiária da Petrobras é o lançamento de ações em Bolsa (IPO, na sigla em inglês), no lugar da venda do controle a um novo sócio. O técnico, que está no quadro da empresa desde 2003, avalia que há risco de a empresa ser vendida por montante mais baixo que o seu valor. 
A Petrobras também pediu à B3 na última sexta-feira pedido de certificação no âmbito do Programa Destaque em Governança das Estatais, informou à petroleira em um comunicado ao mercado nesta segunda-feira. Além disso, a empresa disse que iniciou estudos para aderir ao segmento especial de listagem Nível 2 da B3, com o intuito de implementar medidas de governança corporativa. A efetiva adesão dependerá da obtenção das aprovações de órgãos externos.
Vale destacar que, nesta segunda-feira, Pedro Parente, presidente da Petrobras, e diretoria da estatal participam de encontro com investidores para apresentar destaques operacionais e financeiros e as perspectivas da companhia. 
Vale (VALE3, R$ 26,33, -1,68%; VALE5, R$ 24,98, -1,85%)
As ações da Vale caem forte, acompanhando o preço do minério de ferro. A commodity à vista negociada no porto de Qingdao, na China, caiu 3,27% nesta sessão, indo a US$ 55,90 a tonelada. 

Também registram queda nesta sessão as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 17,85, -1,92%) - holding que detém participação na Vale - e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 9,51, -0,52%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 4,30, -1,38%), CSN (CSNA3, R$ 6,69, -0,89%) e Usiminas (USIM5, R$ 3,91, -1,26%). 
No radar, a Valepar, por solicitação de seus acionistas Litel Participações S.A., Litela Participações S.A., Bradespar S.A., Mitsui & Co., Ltd. e BNDES Participações S.A. – BNDESPAR esclareceu que os acionistas não renovarão o Acordo de Acionistas da Vale, conforme informou a mineradora em comunicado. O acordo será celebrado na data da aprovação da incorporação da Valepar pela Vale em Assembleia Geral da Valepar, cuja vigência encerra-se em 09 de novembro de 2020.
A exceção à obrigação de realização de OPA instituída na proposta de Estatuto Social da Vale para os Acionistas somente vigorará até o prazo original do Acordo Vale, isto é, até novembro de 2020, de modo que uma eventual renovação do Acordo Vale para depois de tal data geraria a obrigação de realização de OPA caso os seus signatários, em conjunto, continuem detendo mais de 25% do capital total ou das ações ordinárias de emissão da companhia, diz o comunicado.
Kroton (KROT3, R$ 13,73, -2,84%) e Estácio (ESTC3, R$ 16,42, -3,98%)
As ações das educacionais estendem perdas nesta sessão, após notícias de que o julgamento no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que avalia a proposta de fusão das empresas foi transferido do dia 7 para o dia 28 de junho, a pedido da Kroton. As informações são da coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, e da Reuters.  

Até o momento, a contrapartida pedida pelo órgão é a venda da Anhanguera, universidade praticamente do mesmo tamanho da Estácio. Além de ser citada pelo colunista, essa informação foi divulgada também na sexta-feira - próximo ao fechamento do pregão - pelo Terminal Bloomberg, que citou fontes próximas ao assunto que pediram anonimato. Hoje, o coluna do Globo aponta que a adiamento do julgamento foi pedido pela própria Kroton, que considerou o "remédio" do Cade muito amargo e vai tentar uma contraproposta.
Exportadoras 
Com o dólar em alta, as empresas de perfil exportador aparecem novamente entre os destaques positivos do dia. Lideram os ganhos do Ibovespa os papéis da Fibria (FIBR3, R$ 39,08, +2,98%), Suzano (SUZB5, R$ 15,84, +2,46%) e Klabin (KLBN11, R$ 17,07, +1,85%) - ambas do setor de papel e celulose. Na sequência, aparecem ainda os papéis da petroquímica Braskem (BRKM5, R$ 34,28, +1,84%) e do frigorífico Marfrig (MRFG3, R$ 6,35, +1,76%). 

Neste momento, o dólar comercial registrava alta de 0,52%, a R$ 3,2703 na compra e R$ 3,2714 na venda. Os contratos futuros da moeda, com vencimento em julho e negociados na bolsa sob o ticker DOLN17, subiam 0,66%, a R$ 3,289. 
BR Malls (BRML3, R$ 11,95, +1,96%) e Aliansce (ALSC3, R$ 14,20, +3,57%)
A coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou no último domingo (4) que há conversas iniciais de fusão entre dois gigantes do setor de shoppings: a BR Malls, que possui 44 shoppings, e a Aliansce, que tem em seu portfólio 22 shoppings. 

BR Properties (BRPR3, R$ 8,84, -0,67%)
A BR Properties confirmou na sexta-feira que está em "em tratativas com seus assessores" para uma possível oferta de ações, de acordo com fato relevante.

A companhia disse, no entanto, que não há aprovação societária nem garantia de que a oferta acontecerá, nem de sua viabilidade. Não foram informados valores. Nesta sexta-feira, o jornal O Estado de S.Paulo relatou que a companhia preparava uma oferta de ações de cerca de R$ 1 bilhão, a ser anunciada nos próximos dias.
BTG Pactual (BBTG11, R$ 14,31, -0,63%) 
A Weyerhaeuser anunciou acordo para vender seus ativos de madeira e manufatura no Uruguai a um consórcio liderado pelo Timberland Investment Group (TIG) do BTG Pactual, incluindo outros contratos de longo prazo com investidores institucionais, por US$ 402,5 milhões, em dinheiro, segundo comunicado da companhia norte-americana distribuído pela PR NewsWire. A transação inclui mais de 300.000 hectares de bosques no Uruguai, bem como uma fábrica de madeira compensada e folheada, uma instalação de cogeração florestal e um viveiro de mudas. A transação está sujeita aos ajustes habituais do preço de compra e às condições de fechamento, incluindo a revisão regulamentar, e deverá ser concluída no 4º trimestre de 2017. Weyerhaeuser Uruguai e o consórcio comprador continuarão a operar separadamente até a transação ser concluída.

SLC Agrícola (SLCE3, R$ 20,28, +0,60%)
Os analistas do BTG Pactual elevaram o preço-alvo para as ações da SLC Agrícola de R$ 19 para R$ 23, mantendo a recomendação neutra para os ativos.

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