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6.05.2017

Aécio quase repetiu bordão de Collor para se defender


Edilson Rodrigues/Agência Senado: <p>aecio</p>
Gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça mostram o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) quase repetiu o bordão do ex-presidente Fernando Collor para se defender; "O tempo é o senhor da verdade", sugeriu Aécio como título de um artigo que assinaria; foi impedido pela irmã, Andrea; "Não, isso é a marca do Collor, pelo amor de Deus", respondeu a jornalista, do outro lado da linha 
  Feitas com autorização da Justiça, gravações telefônicas do celular do senador afastado Aécio Neves mostram que ele vivia momentos de tensão já no mês que antecedeu a divulgação da delação da JBS.
As informações são de reportagem de Felipe Bachtold e José Marques na Folha de S.Paulo.
"O tempo é o senhor da verdade", sugeriu o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como título de um artigo que assinaria. 'Não, isso é a marca do Collor, pelo amor de Deus', respondeu, do outro lado da linha, a irmã Andrea.
A conversa, do último dia 20, dizia respeito à elaboração de texto para um jornal de Minas sobre acusações que o tucano sofreu em delações da Odebrecht.
Junto a outros grampos feitos pela Polícia Federal no celular do tucano, este mostra como Aécio tentava defender seu nome no mês anterior à divulgação de outra delação, a da JBS, que resultou na prisão da irmã e o afastou preventivamente do mandato.
Nas escutas, autorizadas pela Justiça, o tucano aparece disparando telefonemas para discutir o trâmite de seus casos na Justiça, mas também em tentativas de "enquadrar" aliados, como o senador Zezé Perrella (PMDB-MG), e até na busca de uma ponte com o PT de Minas Gerais.
Em 17 de abril, ele ligou irritado para o governador paranaense Beto Richa (PSDB) exigindo que o chefe da Casa Civil do Paraná, Valdir Rossoni, apagasse um vídeo em que cobrava explicações do senador sobre a Odebrecht. "Ou ele arranca isso agora [e diz que] foi mal-entendido ou acabou aí entre a gente."
Dois dias depois, Aécio reclamou com o deputado petista Gabriel Guimarães (MG) sobre um pedido de investigação feito por um outro integrante do PT no Estado. Disse que o momento "não é para fazer graça" e que cada um precisa administrar "os doidos de cada lado"."

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