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6.13.2017

Geddel se antecipa a prisão e oferece passaporte e seus sigilos ao STF


Bahia 247 - Temendo uma possível operação da Polícia Federal, o ex-ministro Geddel Vieira Lima colocou à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF) seus sigilos bancário e fiscal. Assim, ele tenta dizer à Justiça que não pretende fugir do País e que não tem nada a temer. Ele afirmou ao Supremo que pode entregar o passaporte e que abre mão de realizar movimentações bancárias maiores do que R$ 30 mil, se comprometendo a avisar sobre operações acima deste valor.
O ex-ministro da Secretaria de Governo foi citado algumas vezes no inquérito que investiga Michel Temer, mas não aparece como investigado ainda. Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou em delação premiada que Geddel era seu contato no governo para assuntos do interesse da empresa.
O operador Lucio Funaro, preso na Papuda, disse em depoimento à Polícia Federal que o ex-ministro baiano fez algumas ligações para sua esposa para sondar qual era a real possibilidade de uma delação premiada ser efetuada.
"Salvo motivo de força maior, o peticionário [Geddel] não efetuará movimentação relevante de valores em sua conta corrente, excetuando apenas o pagamento das suas despesas mensais domésticas, comprometendo-se, desde já, a informar previamente a todos os órgãos responsáveis pela persecução penal sobre qualquer movimentação individual que supere o montante de R$ 30 mil", escrevem os advogados de Geddel.
A defesa do ex-ministro qualifica a mídia como "sensacionalista", por colocarem ele como o "próximo alvo" dos investigadores. Os advogados afirmaram ter "convicção" de que não há motivo para medidas cautelares, como busca e apreensão, condução coercitiva ou até mesmo prisão, mas "por excesso de zelo" colocam à disposição do Supremo o passaporte do cliente —e também de qualquer outro aparelho que seja solicitado, de acordo com publicação da Folha de São Paulo.
Geddel ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federal, no âmbito do inquérito de Temer, no último dia 8. A defesa afirmou que ele não tinha tido acesso aos autos e que fora intimidado apenas dois dias antes, sem tempo para conhecimento acerca das investigações.

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