Advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, avalia que a decisão do TRF-4 que inocentou o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto de condenação do juiz Sérgio Moro
baseada apenas em delações expõe o uso indiscriminado das prisões
preventivas; "Todos nós queremos o combate a corrupção, mas dentro do
respeito as garantias constitucionais", diz Kakay; "O que se pergunta
agora é se a prisão preventiva de Vaccari era necessária. E,
principalmente,quem devolverá a ele os 2 anos e 2 meses que ficou
preso?! A enorme e humilhante exposição midiática , promovida pela
Procuradoria e pelo juiz [Sérgio Moro] como parte de um programa de
consolidar a lavajato, também fez danos irreversíveis a imagem, a
família e aos amigos de Vaccari . Nada poderá devolver ao Vaccari a
honra conspurcada. (...) É hora de reflexão e de reagir a estes
absurdos", afirmou
247 - O advogado criminalista
Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, comentou nesta quarta-feira,
28, a decisão da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) que absolveu o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por ter
sido condenado pelo juiz Sérgio Moro apenas com base em delações
premiadas. "Todos sabem, ou deveriam saber, que delação não pode ser usada como
prova, serve para iniciar a investigação.O delator, em regra, mente,
omite, protege e o pior se o delator for pego mentindo, terá direito ao
recall, que é a oportunidade de " consertar" o que mentiu, o que omitiu,
sem perder os benefícios", diz Kakay. Segundo o advogado, o recall é o maior incentivo à corrupção da
história. "O juiz Moro alegou que vários delatores falaram de Vaccari.
Ou seja , irresponsavelmente, o que foi usado para condenar é uma
delação que sustenta outra delação!!! Há tempos criticamos o uso
indiscriminado da prisão preventiva", diz Kakay. O criminalista avaliou também que após a operação Lava Jato, a prisão
virou regra. "Fruto deste momento punitivo e opressivo que passamos.
Sou de um tempo em as pessoas iam para rua pedir liberdade, hoje os
jovens vão para pedir prisão. Que sociedade sairá destes excessos? Todos
nós queremos o combate a corrupção, mas dentro do respeito as garantias
constitucionais. O que se pergunta agora é se a prisão preventiva de
Vaccari era necessária. E, principalmente,quem devolverá a ele os 2 anos
e 2 meses que ficou preso.?!A enorme e humilhante exposição midiática ,
promovida pela Procuradoria e pelo juiz como parte de um programa de
consolidar a lava jato, também fez danos irreversíveis a imagem, a
família e aos amigos de Vaccari . Nada poderá devolver ao Vaccari a
honra conspurcada. A sociedade que com razão esta cansada, esgotada de
tanta corrupção, começa a se sentir assustada com tantos excessos, com
tantos falsos heróis, com tantos abusos. É hora de reflexão e de reagir a
estes absurdos", afirmou
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