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7.26.2017

Meirelles ganhou R$ 217 mi em 2016 e mantinha sua fortuna fora do Brasil


247 – A economia vai mal para praticamente todos os brasileiros, uma vez que 95% veem o País no rumo errado, mas há uma exceção. Trata-se do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Segundo reportagem do jornalista Filipe Coutinho, do site Buzzfeed, Meirelles lucrou R$ 217 milhões com a sua consultoria, em 2016, e transferiu R$ 167 milhões, na forma de dividendos, três meses antes de assumir o cargo.
Um dos principais pagadores foi a J&F, do empresário Joesley Batista, que hoje acusa Michel Temer de ser chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil".
No Brasil de Meirelles, não há crescimento econômico, mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas e a equipe econômica se mostra incapaz de cumprir uma meta fiscal que já prevê um rombo de R$ 139 bilhões. Em razão disso, ele promoveu o maior aumento dos combustíveis nos últimos 13 anos, mas o reajuste está suspenso por ordem judicial.
Embora tente vender confiança no Brasil, Meirelles mantinha seus recursos fora do País.
Leia, aqui, a íntegra da reportagem do Buzzfeed e, abaixo, as respostas enviadas por Henrique Meirelles:
1-Por que, em fevereiro de 2016, Henrique Meirelles decidiu receber de lucros R$ 167 milhões referente ao ano de 2015?
É frequente a distribuição de dividendos neste período por empresas. Em 2015, foi registrado o recebimento de rendimentos de serviços prestados ao longo de quatro anos para várias empresas, em projetos de duração variável completados em 2015.
2-Há alguma relação com o processo de impeachment e a possibilidade de assumir a Fazenda?
Nenhuma. Não existia o convite naquele momento.
3-Os documentos são categóricos em afirmar que os valores foram recebidos e mantidos no exterior. Quem pagava o ministro fora do país? Por que esses pagamentos foram feitos fora do país?
Os pagamentos foram feitos por serviços prestados à empresas globais. Foi conveniência destas empresas globais pagar fora do país.
4-Por que o ministro mantinha os valores fora do país? O ministro não confiava nas instituições financeiras brasileiras? O ministro, enquanto investidor, sugere a outros investidores deixar fora do país?
O ministro confia integralmente nas instituições financeiras brasileiras. O ministro aconselha investidores a deixar seus recursos no Brasil porque o país oferece melhores relações de risco/retorno. Os recursos são administrados por gestor independente sem interferência do ministro, figura conhecida como blind trust, para evitar conflitos de interesse.
5-O ministro declarou esse dinheiro fora do país no Imposto de Renda?
Os valores foram declarados no imposto de renda e pagos os impostos municipais e federais. Além disso, foram declarados às demais autoridades competentes.
6-Ao receber esses R$ 167 milhões em lucro, o ministro manteve esse montante em contas fora do país? Ou trouxe para o país?
Veja resposta da pergunta 4.
7-Para quem o ministro prestou serviços em 2015 que justificasse esses R$ 167 mi?
Durante anos, o ministro prestou serviço para uma série de empresas, como Lazard, J&F, KKR, etc, além de participar de diversos conselhos. O ministro foi presidente de grande instituição global e manteve o padrão de rendimentos consistente com sua experiência.
8-Há, nesse montante, valores recebidos em razão dos serviços prestados para a J&F?
É fato público que o ministro orientou a construção da plataforma digital do Banco Original e, portanto, foi remunerado pelo serviço prestado.
9-Por que, em setembro de 2016, o ministro resolveu fazer uma nova distribuição de lucros, sobre o período de janeiro a 30 abril de 2016?
Exatamente porque foi encerrado um balanço em abril, para deixar claro e transparente o corte em relação ao período anterior à nomeção para o Ministério, como recomenda a ética pública.
10-Há alguma relação com o fato de ter assumido a Fazenda dias depois?
A explicação está na resposta anterior.
11-Para quem o ministro prestou serviços nesse período?
Já respondido na pergunta 7.
12-Por que essa distribuição de lucros, no valor de R$ 50 milhões, foi feita mediante a transferência de cotas do fundo Sagres Multimercado para a pessoa física do ministro?
Veja resposta à pergunta 4.

13-Desde quando o ministro ou sua empresa é cotista?

Como já repetido, o fundo é administrado por um gestor de recursos independente.
14-O ministro continua cotista deste fundo? Se não, quando saiu? Por quê?
Veja resposta à pergunta 4.
15-Segundo dados oficiais da CVM, o fundo tinha, naquele setembro de 2016, apenas uma pessoa física como cotista, com 76% do patrimônio. O ministro, por ter um peso tão grande no fundo, tinha alguma ingerência nas decisões de investimento do fundo?
Veja resposta à pergunta 4.
16-O ministro vê algum tipo de conflito de interesse em ser cotista de um fundo administrado pelo Bradesco?
Veja resposta à pergunta 4.
17-O ministro vê algum tipo de conflito de interesse em ser cotista de um fundo com operações na Bolsa e com títulos do Tesouro?
Não. Conforme já foi dito, o fundo é totalmente administrado por um gestor independente.
18-Por que o ministro não tem investimentos em bancos públicos?
Veja resposta à pergunta 4

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