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9.15.2017

Kakay alerta: delatores podem ser assassinados


Brasília 247 – O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, que representa a JBS, se disse surpreso com a transferência de dois de seus clientes: o empresário Joesley Batista e lobista Ricardo Saud.
Enquanto Joesley veio para São Paulo, Saud foi para uma ala da Papuda onde estão presos seis personagens que ele delatou. "Um deles, inclusive, o jurou de morte", diz o advogado.
Kakay afirma que o Estado brasileiro é responsável pela segurança dos presidiários, mas alerta que eles delataram pessoas muito poderosas.
Confira o vídeo com o áudio de Kakay:
Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre a transferência de Joesley e Saud:
Agência Brasil - O empresário Joesley Batista, da JBS, deixou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília e está a caminho de São Paulo, onde deverá prestar um depoimento. A informação foi passada à Agência Brasil pela Polícia Federal (PF), que acrescentou que ele deve retornar ainda hoje à capital federal.
Os policiais, no entanto, não souberam informar se o motivo do deslocamento seria uma oitiva na superintendência da capital paulista ou uma audiência de custódia, que seria feita na Justiça Federal.
O executivo do grupo J&F Ricardo Saud foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, transformou a prisão temporária de Joesley e Saud em preventiva, o mais provável, segundo a PF, é que o empresário participe de uma audiência de custódia.
Joesley deixou a superintendência em Brasília por volta das 8 horas da manhã de hoje (15). Ontem, ele e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud ficaram calados durante interrogatório na PF. Os dois foram ouvidos em investigação instaurada por determinação da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para apurar o episódio envolvendo o conteúdo de conversa gravada entre os dois em que mencionam ministros da Corte.
O advogado de Joesley e Saud, Antonio Carlos Castro Machado, o Kakay, disse à Agência Brasil que orientou os dois a ficarem calados em razão da possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rescindir o acordo de delação premiada firmado com o empresário, o que acabou se confirmando depois.
Janot rescindiu o acordo de delação premiada que dava imunidade para os dois em troca de informações e incluiu Joesley e Saud na denúncia apresentada no final da tarde contra o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

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