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11.22.2017

Dilma adverte: "governo golpista faz mal à saúde" :


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A presidenta deposta Dilma Rousseff denunciou o ataque de Michel Temer às políticas de saúde pública do Brasil e avisou, em tom de ironia; "Advertência: governo golpista faz mal à saúde"; depois de extinguir a rede pública do programa Farmácia Popular, já tendo fechado mais de 500 postos de fornecimento, o desastroso governo de Temer quer revogar o acesso dos brasileiros a medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto nas drogarias privadas; o ministro da “Saúde” anunciou esta semana que vai cortar até pela metade os custos com as indústrias que fornecem medicamentos aos estabelecimentos conveniados sob o selo “Aqui tem farmácia popular” 
  A presidenta deposta Dilma Rousseff, que teve como uma das principais preocupações de seu governo a melhoria da saúde pública, criando inclusive o programa Mais Médicos, mostra perplexidade diante das tentativas de Michel Temer em desestruturar o atendimento dos serviços públicos.
"Advertência: governo golpista faz mal à saúde", disse Dilma, que publicou um artigo em seu site criticando a medida. 
Confira abaixo a íntegra do texto:
Depois de extinguir a rede pública do programa Farmácia Popular, já tendo fechado mais de 500 postos de fornecimento, o desastroso governo golpista avança mais um passo na revogação do acesso dos brasileiros a medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto nas drogarias privadas. O ministro da “Saúde” anunciou esta semana que vai cortar até pela metade os custos com as indústrias que fornecem medicamentos aos estabelecimentos conveniados sob o selo “Aqui tem farmácia popular”.
Os representantes das indústrias informam que isto pode significar a extinção da única parte do programa que ainda funciona. O ministro do governo golpista diz que não faz mal, porque passará a fornecer remédios apenas nos postos do SUS.
Isto significará um retorno à dolorosa via crucis a que os brasileiros eram submetidos até 2004, quando o governo Lula criou o programa Farmácia Popular, mantido e ampliado no meu governo. Significará enorme sacrifício físico e financeiro e perda de tempo para milhões de brasileiros que, para tratar suas doenças, terão de se dirigir a postos de saúde distantes de suas casas, gastando com transporte, entrar em longas filas e, muitas vezes, receber a informação de que o medicamento está em falta, o que os obrigará a voltar em outra data.
Arthur Chioro, que foi ministro da Saúde no meu governo, critica a decisão anunciada pelos golpistas:
— O que observamos em relação ao Farmácia Popular é uma desmontagem do programa. O Farmácia Popular não substitui o SUS. Ele foi pensado para dar retaguarda a usuários de planos que não têm garantia de cobertura de medicamentos, que têm peso significativo sobre o orçamento das famílias. Extinguir o Farmácia Popular é colocar todo mundo em concorrência no SUS novamente.
O governo que está fechando os postos públicos das Farmácias Populares agora ameaça inviabilizar o “Aqui tem farmácia popular” para economizar cerca de R$ 600 milhões, uma ninharia em se tratando de gastos com saúde pública para a população, mas um dinheiro que os golpistas certamente vão usar para fazer caixa a fim de comprar apoios políticos que mantenham o presidente usurpador livre do braço da Justiça.
O programa Farmácia Popular é uma referência mundial e fez do Brasil o único país do mundo a distribuir remédio de graça para a população. Atendia os brasileiros mais vulneráveis, e também, em sua versão nas farmácias privadas, fornecia remédios a milhões de crianças, trabalhadores e aposentados de classe média, que atenuavam, com acesso a medicamentos gratuitos ou quase de graça, os altos custos que tinham com o pagamento de planos de saúde. O programa Farmácia Popular chegou a atender 30 milhões de brasileiros até o golpe de 2016, fornecendo mais de 100 medicamentos gratuitos. O “Aqui tem farmácia popular” coloca à disposição da população 42 medicamentos, 25 dos quais de graça e os demais com descontos de até 90%, em uma rede de 35 mil farmácias conveniadas.
Este é mais um alto preço que os brasileiros pobres e de classe média pagam pelo golpe que derrubou um governo democrático e popular por meio de um impeachment fraudulento, confessadamente comprado à base de propinas.

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