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11.27.2017

Psoríase: sintomas, tratamentos e causas

Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa, multigênica (vários genes envolvidos), com incidência genética em cerca de 30% dos casos. Caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.
Surge principalmente antes dos 30 e após os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância.
Sintomas
De acordo com a localização e características das lesões, existem vários tipos de psoríase:
a) Psoríase Vulgar – lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
b) Psoríase Invertida – lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
c) Psoríase Gutata – pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
d) Psoríase Eritrodérmica – lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo;
e) Psoríase Ungueal – surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas da mãos;
f) Psoríase Artropática – em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
g) Psoríase Postulosa – aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
h) Psoríase Palmo-plantar – as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Causas
Além da genética, outros fatores estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença. Fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão alcoólica pioram o quadro.
Tratamento
Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência.
Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Para quem não tem tempo para exposições diárias ao sol, são preconizados banhos de ultravioleta A e B em clínicas especializadas e sob rigorosa orientação médica. Esses banhos não são recomendados para crianças.
Algumas pomadas à base de alcatrão já provaram sua eficácia no controle da doença, mas têm o inconveniente de sujarem a roupa de vestir e de cama e de terem cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de psoríase refratária a outros tratamentos.
Recomendações
* Hidrate muito bem a pele, para evitar seu ressecamento excessivo que favorece a possibilidade de desenvolver lesões;
* Exponha-se com cuidado e moderadamente ao sol, mas antes passe um creme hidratante ou terapêutico. Você vai ter de usá-lo a vida inteira;
* Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
* Procure não se desgastar emocionalmente. O estresse tem papel importante no aparecimento das lesões. Como não é uma tarefa fácil, procure ajuda de um profissional se considerar necessário;
* Não fuja de encontros sociais e de lazer por causa das lesões. Psoríase não é contagiosa e, se você se afastar de tudo e de todos, pode comprometer o estado emocional e aumentar o problema;
* Visite regularmente o dermatologista e siga à risca suas orientações. Isso o ajudará a controlar as crises.

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O que é Psoríase?


A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune - ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo - não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.


Tipos

São vários os tipos de psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes. Dentre eles estão:

Psoríase Vulgar ou em placas

É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.

Psoríase Invertida

Psoríase invertida é em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.

Psoríase Gutata

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.

Psoríase Ungueal

É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.

Psoríase Pustulosa

Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha. Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.

Psoríase Eritrodérmica

É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas. São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, dentre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves, ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.

Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica

Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica, também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.

Psoríase Palmo-plantar

As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Causas

Não se sabe a causa exata da psoríase. O que se acredita até agora é que em nosso sistema imunológico existe uma célula conhecida como célula T, que percorre todo o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias, com o intuito de combatê-los. Se a pessoa tem psoríase, as células T acabam atacando células saudáveis da pele, como se fosse para cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção.
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
  • Infecções de garganta e de pele
  • Lesões na pele, como feridas, machucados, queimaduras de sol ou outras de natureza física, química, elétrica, cirúrgica ou inflamatória
  • Estresse
  • Variações climáticas
  • Fumo
  • Consumo excessivo de álcool
  • Medicamentos, como alguns prescritos para transtorno bipolar, pressão alta e malária
  • Alterações bioquímicas, ou seja, do metabolismo de algumas substâncias na pele.

Fatores de risco

  • Histórico familiar: talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais parentes diagnosticados com a doença o paciente tiver, mais chances de desenvolver a doença
  • Infecção bacteriana ou viral: pessoas com quadros constantes de infecção têm igualmente mais chances de serem diagnosticadas com a doença
  • HIV/Aids: pessoas com Aids ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase
  • Estresse: ele também pode impactar no sistema imunológico
  • Obesidade: o excesso de peso facilita o desenvolvimento da doença
  • Fumo: o uso do cigarro não só é um fator de risco para psoríase como também pode determinar o quão grave será a doença.

Sintomas

Sintomas de Psoríase




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Os sintomas da psoríase variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem os seguintes:
  • Lesões avermelhadas na pele, cobertas com uma camada brancoprateada e descamativa
  • Pequenas manchas vermelhas
  • Pele seca, com facilidade para sangramentos
  • Unhas espessas e esfareladas, amareladas, descoladas e com furinhos na superfície
  • Inchaço nas articulações
  • Articulações rígidas e doloridas
  • Placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Diagnóstico e Exames

Na consulta médica




Perguntas para fazer ao médico


Receba uma lista de perguntas para levar para a consulta
O especialista que pode diagnosticar a psoríase é o dermatologista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa acompanhá-lo.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quando os sintomas começaram?
  • Com que frequência você tem esses sintomas?
  • Os sintomas são contínuos ou ocasionais?
  • Há alguma medida que ajude a amenizar os sintomas?
  • Algum parente próximo tem psoríase?
  • Quais articulações foram afetadas?
Também é importante levar suas dúvidas para o consultório por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Veja algumas dicas de perguntas que você poderá fazer ao médico:
  • Quais exames serão necessários para realizar o diagnóstico?
  • Quais os tratamentos disponíveis?
  • Qual o tempo de recuperação?
  • Eu tenho outros problemas de saúde. Como posso conciliá-los com a psoríase?
  • Quais cuidados devo tomar em casa para ajudar na recuperação?

Diagnóstico de Psoríase

O diagnóstico da psoríase é clínico, em que o médico faz um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, e verificando se os sintomas realmente representam psoríase. O profissional também deverá levar em conta o histórico familiar do paciente para psoríase, uma vez que já que ter algum parente com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. O especialista também pode pedir para o paciente fazer uma biópsia da pele afetada para confirmar o diagnóstico.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Psoríase

Existem diversos tipos de tratamento para psoríase, mas todos têm pelo menos um dos seguintes objetivos:
  • Reduzir a inflamação e formação das placas, fazendo com que as células da pele parem de crescer tão rapidamente
  • Regular e normalizar a aparência da pele.
Para isso, existem três opções gerais de tratamento: tópico (cremes e pomadas), sistêmico e por fototerapia. A escolha dependerá do tipo de psoríase desenvolvida e do histórico do paciente. Apenas o médico poderá indicar qual o melhor tratamento.
Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase. Dentre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular, ou intravenoso, para o controle da doença. Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado.
Dentre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
  • Imunossupressores: esse tipo de medicamento atua no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar ele mesmo
  • Medicamentos biológicos: são moléculas de natureza proteica, produzidas com o auxílio da engenharia genética, usadas para tratar doenças autoimunes. Eles são indicados, especialmente, nos casos resistentes aos tratamentos convencionais ou que já apresentem restrição a eles pelo desenvolvimento de efeitos colaterais.
Também pode ser usada a fototerapia, que é um procedimento no qual a pele é cuidadosamente exposta à luz ultravioleta, ou a PUVAterapia, que é a utilização de psoralênicos mais fototerapia com ultravioleta A. A fototerapia para psoríase pode ser aplicada com luz ultravioleta A (UVA) ou ultravioleta B (UVB).

Convivendo (prognóstico)

Perguntas frequentes

A psoríase é contagiosa?

Não, a psoríase é uma doença do sistema imunológico, ou seja, não é algo que você possa contrair de alguém.

A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?

A incidência da psoríase é igual em homens e mulheres.

A psoríase tem graus ou intensidades?

Sim, ela pode ser leve, moderada ou grave. A Fundação Nacional Americana de Psoríase considera que a psoríase leve é aquela que afeta menos de 3% do corpo, de 3-10% é considerada moderada e mais de 10% é considerada grave.

O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?

Os ativadores da psoríase variam de pessoa para pessoa e podem incluir estresse, lesão na pele, alguns tipos de infecções e determinados medicamentos.

Quais são as partes do corpo mais afetadas?

Apesar de poder se manifestar em qualquer local do corpo, a psoríase é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos e tronco.

Psoríase é apenas um problema da pele?

Não. A psoríase é uma doença imunológica crônica que se manifesta principalmente na pele. Contudo, até 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, que afeta as articulações e a pele. A inflamação da psoríase pode também estar associada a outras condições e doenças sistêmicas, como obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (aumento de triglicérides e colesterol) e diabetes.

Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?

Sim. Fatores comuns do inverno, como o ar seco, a exposição reduzida à luz solar e às temperaturas mais baixas podem contribuir para exacerbações da psoríase nesta época.

Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve psoríase?

A psoríase pode se desenvolver em qualquer idade, mas, na maioria das pessoas, os sintomas se manifestam pela primeira vez até os 35 anos de idade.

A psoríase é hereditária?

Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença. Converse com seu médico sobre seu histórico genético.

Convivendo/ Prognóstico

A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento, mas ela também pode desaparecer por algum tempo e depois voltar. Além disso, são diversos os fatores que podem desencadear os sintomas, desde estresse até infecções, dependendo do grau do problema e do próprio organismo do paciente. Os sintomas também podem ser bastante incômodos e, por vezes, acabar afetando a autoestima da pessoa com psoríase. Com isso, as seguintes dicas podem ser bastante úteis:

Tenha uma dieta saudável

Além de poder prevenir novas crises da doença, uma alimentação saudável faz toda a diferença no bom funcionamento do organismo, previne o sobrepeso e a obesidade - fatores estes que colaboram com o desenvolvimento de um tipo grave de psoríase. Para saber se você está se alimentando de forma correta e saudável é interessante manter um diário nutricional, em que poderá analisar melhor a qualidade de suas refeições. Algumas dicas são ingerir mais frutas, vegetais, cereais integrais, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras e peixes. Também diminuir a quantidade de carne vermelha, laticínios com alto teor de gordura, álcool, alimentos refinados e processados. Mas é importante conversar com o seu médico antes de fazer qualquer mudança na dieta, uma vez que de acordo com certas restrições alimentares ele irá personalizar o que você pode comer afim de estar suprido com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu corpo.

Evite o estresse

O estresse é um ativador comum da psoríase, até porque a própria doença pode ser considerada um fator estressante. Embora nem sempre seja possível evitar o estresse, ter consciência dele pode ajudar. Para isso você precisa identificar a causa do seu estresse, que podem até ter desencadeado reações anteriores, para evita-los ou lidar com eles de maneira mais construtiva no futuro. Ter um tempo para relaxar, fazer meditação ou ioga, assim como exercícios de respiração profunda podem ajudar a reduzir o estresse. Também é importante conversar, desabafar sobre como a psoríase faz você se sentir e afeta a sua vida. Reprimir esses sentimentos pode aumentar o estresse e piorar os sintomas do problema.

Na hora de se vestir

Com psoríase, algumas pessoas podem ter dificuldade em escolher roupas que as deixem confortáveis e se sintam bem. Se você se enquadra neste quesito, pode achar interessante escolher roupas com tecidos macios como o algodão para não causar atrito na pele. Tecidos mais ásperos como os de lã ou sintéticos podem causar irritação nas placas. Também é importante manter a respiração da pele, uma vez que a própria transpiração também pode irritar o local ocasionalmente. Neste quesito, tecidos macios e "respiráveis", que absorvam a umidade, são uma boa pedida.

Cuidado com outros medicamentos e produtos

Alguns medicamentos ou produtos para a pele podem interferir diretamente nos sintomas da psoríase. Então, é importante sempre consultar e informar ao médico os remédios e cosméticos que faz uso para que se verifique qual opção pode ser usada para tratar os problemas sem que os efeitos de ambos sejam prejudicados ou causem algum problema ao paciente.

Complicações possíveis

  • Artrite psoriásica: Complicação da psoríase que pode causar danos às articulações
  • Problemas oculares: Algumas condições oculares, como conjuntivite, blefarite e uveíte são mais comuns em pessoas com psoríase
  • Obesidade: Pessoas com psoríase, principalmente aquelas com as formas mais severas da doença, são mais propensas a desenvolver obesidade. Ainda não se sabe exatamente como elas estão ligadas, mas acredita-se que seja por praticarem menos atividades físicas por conta da própria condição de saúde. Além disso, pessoas com obesidade que desenvolvam psoríase têm maior chance de contrair formas mais graves da doença
  • Diabetes tipo 2: O risco do paciente com psoríase desenvolver diabetes tipo 2 é aumentado quanto mais severo for o tipo de psoríase
  • Doenças cardiovasculares: O risco de infarto, taquicardia e outras condições cardiovasculares são maiores em pessoas com psoríase em comparação com quem não tem a doença. Isso pode ser devido a um excesso de inflamações, efeito colateral de alguns tratamentos ou a um aumento do risco de desenvolver obesidade e outros fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares
  • Outras doenças metabólicas: como a doença celíaca, esclerose, doença de Crohn, entre outras
  • Síndrome metabólica
  • Hipertensão arterial
  • Doença de Parkinson
  • Doenças dos rins.
A psoríase pode ainda causar problemas na qualidade de vida do paciente, levando-o a sintomas de depressão, baixa autoestima, isolamento social, problemas no trabalho e em outros círculos sociais.

Expectativas

A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento. No entanto, os sintomas podem desaparecer por algum tempo e depois retornar. Não é possível prever com certeza quando as crises irão se manifestar. A psoríase passa por ciclos, aparentemente aleatórios, de melhora e piora dos sintomas. Hidratar a pele ajuda a aliviar os sintomas, mas a abordagem terapêutica precisa ser direcionada para cada tipo e intensidade do quadro de psoríase.
Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa, algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz. A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável. Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.

Prevenção

Não há uma maneira conhecida de prevenir a psoríase, mas você pode agir para evitar que as crises da doença ocorram. Confira algumas medidas:

Hidrate sua pele

Pessoas com psoríase devem usar hidratantes corporais, indicados pelo médico, várias vezes ao dia, principalmente nas áreas onde costumam aparecer as lesões. Prefira aqueles que não tenham muito perfume e cor, pois são menos propensos a desencadear uma alergia. Aproveite o pós-banho para fazer a hidratação principal.

Não esfolie a pele

A esfoliação é contraindicada para pacientes que sofrem de psoríase. Além disso, o procedimento pode causar rompimento da pele, desencadeando uma nova crise. Este é o chamado fenômeno de Koebner, em que um trauma em alguma região saudável da pele leva ao surgimento de lesões que existiam em outras partes do corpo. O mesmo acontece em portadores do vitiligo.

Tome sol

Tomar sol não só é permitido como é recomendado para pacientes com psoríase. Mas, é claro, com alguns cuidados. O primeiro deles é em relação ao horário de exposição, que deve ser até as 10h ou após as 16h. Outro cuidado é a duração da exposição. Cerca de 10 minutos já são suficientes para aproveitar o efeito anti-inflamatório do sol. Converse com o seu médico sobre o uso de filtros solares.

Cuidado com a depilação!

Homens podem fazer a barba com lâmina normalmente, tomando cuidado apenas com traumas que possam provocar lesões. A depilação, por sua vez, requer ainda mais atenção. O paciente deve optar pelo método que traumatizar menos a pele. Se ele tem alergia à lâmina, por exemplo, deve evitar o uso. Se tem alergia à cera, por outro lado, recomenda-se tentar a lâmina. Entretanto, se a área estiver muito inflamada, o ideal é tratar a pele antes de realizar qualquer procedimento para evitar o agravamento do quadro.

Tome banhos rápidos

O banho do paciente com psoríase deve ser rápido, morno e sem o uso de buchas. Quanto ao sabonete, prefira as versões neutras. Por fim, seque a pele com uma toalha macia, sem esfregar e tome cuidado especial com as regiões lesionadas.

Tome cuidado com os cosméticos

Antes de realizar qualquer procedimento estético, consulte seu dermatologista. A maior parte dos produtos pode ser usada em regiões livres de lesões. Nas áreas com traumas, entretanto, é preciso tomar cuidado para que substâncias presentes nas composições não agravem o quadro.

Roupas

Opte sempre pelo conforto. Roupas muito justas ou que não são de algodão podem impedir que a pele transpire normalmente, favorecendo a proliferação de fungos. Assim, prefira peças que permitam ventilação e não limitem seus movimentos.

Muita atenção com tatuagem e piercing!

Como a psoríase é uma doença caracterizada pelo fenômeno de Koebner, o paciente deve estar ciente de que os traumas causados para fazer uma tatuagem ou colocar um piercing podem desencadear o aparecimento de lesões. Se for arriscar, vale saber que está correndo o risco de surgir uma lesão crônica no local. Procedimentos para eliminar tatuagens também favorecem lesões.


Fontes e referências


  • Carla Albuquerque, dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM 95007/SP.
  • Igor Brum Cursi, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 52.79016-8.
  • Natalia Cymrot, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 84332/SP.
  • Clínica Mayo – organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos que reúne conteúdos sobre doenças, sintomas, exames médicos, medicamentos, entre outros.
  • Associação Nacional dos Portadores de Psoríase - entidade sem fins lucrativos cujo como objetivo é buscar e divulgar informações sobre psoríase.
  • A AbbVie esclarece que o conteúdo da página "Psoríase" deste site é de sua responsabilidade. O conteúdo das demais seções é de responsabilidade do próprio Minha Vida e/ou seus parceiros. As referências e base de dados dos profissionais de saúde disponíveis na plataforma Consulte.me é de responsabilidade exclusiva do portal Minha Vida. A AbbVie não tem qualquer ingerência na relação dos profissionais de saúde disponibilizados naquela plataforma, isentando-se de toda e qualquer responsabilidade em relação ao uso dessa base de dados. A disponibilização da base de dados não constitui, de nenhuma forma, indicação pela AbbVie de qualquer dos profissionais nela inseridos. ABBVIE FARMACÊUTICA LTDA - CNPJ 15.800.545/0002-30 - Av. Jornalista Roberto Marinho, 85 - Cidade Monções

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