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12.21.2017

Petrobrás: Temer e Parente dirão que a entrega dos ativos continua





Temer e Pedro Parente anunciam nesta quinta-feira, no Planalto, o “Plano de Negócios e Gestão” da Petrobras para o período 2018-2022.  A palavra “investimentos” não aparece no título mas a área de refino segue crítica, com obras de novas refinarias paradas e o risco real de desabastecimento de derivados dentro de poucos anos, numa situação que não exclui o racionamento.   Pelo andar da carruagem, vão dizer que a grande feira continua, com a  "venda" de mais ativos da empresa.
Esta semana, a norueguesa Statoil comprou 25% do campo de Roncador, que fica fora do pré-sal, já tendo adquirido Carcará, um negócio que especialistas na área consideraram deletério ao interesse nacional.
No leilão de outubro, depois do lobby inglês, outros campos foram arrematados pela Shell, a francesa Total e a americana Exxon. Parente está vendendo também a rede de gasodutos no Sudeste e no Nordeste.
À gestão de Parente, somam-se as perdas impostas pela Lava Jato.

A Federação Única dos Petroleiros fez o inventário que se segue:

Saldo da Operação Lava Jato na Petrobras:
Total de ressarcimentos pedido: R$ 38,1 bilhões

Valores alvo de pedidos de recuperação judicial: R$ 10,3 bilhões

Valores devolvidos à Petrobras: R$ 1,45 bilhões

Entre 2014 e 2016, a empresa sofreu as seguintes consequências da Lava Jato:

Perda de valor de mercado: R$ 96 bilhões

Quanto que a empresa deixou de investir neste período: R$ 49 bilhões

Perdas com desvalorização de ativos: R$ 112,4 bilhões

Privatizações realizadas: R$ 41,521 bilhões

Quantos empregos foram perdidos na cadeia produtiva do setor: 2 milhões

Reflexos na economia do país: redução de 2,5% do PIB

Quanto o Brasil deixou de arrecadar em impostos: R$ 10 bilhões

Isenção fiscal de Temer às petrolíferas em 25 anos: R$ 1 trilhão

Prejuízos anuais ao país: R$ 40 bilhões

Fontes de dados: Petrobras, FGV, Dieese, Consultoria Tendências, MPF/PR, Consultorias Legislativa e de Orçamento da Câmara dos Deputados Federais

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