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4.29.2017

'Nós vamos voltar e recuperar este país', promete Lula no Rio Grande do Sul



Flávio Neves
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff participaram de um ato em defesa do Polo Naval, na cidade de Rio Grande (RS)
Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff em ato em defesa do polo naval em Rio Grande (RS)
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O público gritava "Lula, eu te amo" quando o ex-presidente disse que o seu partido, o PT, voltaria ao poder. Lula e a ex-presidente Dilma participaram de ato em defesa do polo naval da cidade de Rio Grande, a 315 km de Porto Alegre, na tarde deste sábado (28).
A organização estima que 12 mil pessoas compareceram à manifestação realizada em frente à prefeitura da cidade.
O evento estava prestes a começar, por volta das 14h30, quando um pequeno avião passou levando uma faixa com os dizeres "Lula, Moro te espera". O ex-presidente é réu na Operação Lava Jato.
"Não sei o que vai acontecer comigo", disse Lula em seu discurso. "Mas podem se preparar porque nós vamos voltar e vamos recuperar esse paÍs", completou.
Lula voltou a criticar as reformas trabalhista e da Previdência e falou sobre o "ódio ao PT". O ex-presidente também elogiou o Rio Grande do Sul, Estado que considera politizado, e comparou a política gaúcha com a paulista.
Para Lula, enquanto a política gaúcha teve figuras como Getúlio Vargas, Leonel Brizola e Jango, São Paulo orgulha-se de Jânio Quadros, Ademar de Barros e Paulo Maluf.
Lula criticou a Rede Globo. A emissora não informou sobre a greve geral da última sexta-feira (28), no Jornal Nacional da noite da véspera.
"A Globo não se presta mais a transmitir informações", disse.
"Eu que não queria ser mais candidato, se a Globo escolher um candidato, terei imenso prazer de ser", provocou Lula.
O discurso do ex-presidente adotou pautas feministas, como combate à violência contra mulheres e representatividade das mulheres na política.
DESEMPREGO NO POLO NAVAL
Tanto Lula como Dilma lamentaram a falta de investimentos no polo naval de Rio Grande. Cerca de 17 mil vagas foram fechadas, restando 3.000 funcionários.
Dilma criticou o governo Temer (PMDB), que deve substituir o chamado "conteúdo local" da Petrobras por bens e serviços de países como Cingapura e China.
"Tudo que pode ser construído no Brasil deve ser construído no Brasil", disse Dilma.

Lula critica desmonte da indústria naval e pede reação urgente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira que ele ajudou a recuperar ainda durante o seu primeiro mandato; "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil trabalhadores", afirmou; "Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse; ele defendeu a manutenção da política de conteúdo local e criticou a mudança de diretriz da Petrobras, que deveria "continuar a fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional" para evitar o risco de "engordar" estrangeiros, provocando desemprego no país; Lula disse, ainda que Michel Temer "deveria ser convidado "para sentir o cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam trabalhar"; "É preciso reagir enquanto é tempo", completou

Zarattini: “A saída é impor derrotas políticas ao governo golpista do Temer”


247 - Em entrevista à TV 247, o deputado Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, fala sobre a crise do país e faz um balanço do Partido dos Trabalhadores. Diz que o partido está organizado para combater a reforma da Previdência e que vai atuar junto aos eleitores dos parlamentares da base do governo, para cobrar "em cada lugar, em cada canto", que eles votem de acordo com o interesse da população.
Mencionando Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado, e Romero Jucá (PMDB-RR), Zarattini revela que os "corifeus" de Temer dizem pelo Congresso que "só irão sustentar este governo enquanto tiverem apoio da quadrilha que sustentou o golpe."
Lembrando a derrota histórica de 2016, Zarattini faz uma avaliação dura. Diz "que o PT não saiu enfraquecido das eleições municipais. Entrou enfraquecido. Antes das eleições, perdeu metade dos prefeitos e metade dos vereadores", ficando na posição de um time de futebol que, em vez de entrar em campo com "onze jogadores, entrou só com cinco."
Para o deputado, seja no debate sobre energia, com a mudança no pré-sal, na política de comunicações, com a proposta de privatização do satélite brasileiro ou na venda de terras para estrangeiros, o governo Temer favorece os interesses do capital estrangeiro e compromete a soberania do país.
"Qualquer pessoa que pensa o futuro sabe que um país não tem condição de se desenvolver sem um mínimo de soberania", avalia. Lembrando que em nenhum país do mundo os estrangeiros têm direito a propriedade da terra, ele explica o que está em jogo: "a segurança alimentar. E quem fala de terra também fala de águas".
Ele acusa os ruralistas de só apoiar a mudança porque estão de olho no dinheiro que poderão ganhar com a venda de suas terras e se tornarem rentistas. Ironizando, lembra que, depois de ter industriais que não têm indústria, "vamos ter ruralistas sem terras".

O governo golpista sente a força do movimento popular



O ensaio foi longo, mas a greve geral saiu e paralisou o Brasil. De norte a sul, em grandes, médias e pequenas cidades, o País parou e saiu para as ruas, para manifestar a defesa dos interesses de todos contra a ofensiva antipopular do governo golpista. 
Se jogava com um fracasso da greve geral para seguir adiante com a cassação dos direitos da massa da população, o governo se deu mal. Tinha corrido para aprovar a liquidação da CLT, a terceirização, o fim da previdência pública, para mostrar serviço para o mercado e a mídia, mas se choca com o País real.
Até agora o governo se valeu da grande maioria conservadora no Congresso, como se ela fosse representativa da sociedade, para tocar pra frente seu programa regressivo. Foi acumulando resistências, no movimento popular e na sua própria base de apoio. 
Os movimentos populares, por seu lado, foram acumulando forças, até o grande desafio da greve geral. Há quem ache que é a solução definitiva dos conflitos. Não é. Ela é uma grande demonstração de forca e, ao mesmo tempo, um momento de grande tomada de consciência por parte dos trabalhadores do papel de produtores de todas as riquezas que o País possui.
Seu sucesso coloca a luta contra o governo golpista num patamar superior. As condições de rejeição do fim da previdência ja existiam, agora se trata de brecar o fim da CLT no Senado, para assim colocar um limite aos avanços do governo e fazer com que ele perda a iniciativa e passe a temer qualquer nova votação no Congresso.
A luta de classes irrompe de forma direta nos enfrentamentos democráticos entre governo e oposição. Se o governo tenta manter o centro dos embates no Congresso, valendo-se da maioria que ainda detem, os movimentos populares conseguiram fazer intervir as ruas, onde a correlação de forcas lhe é totalmente favorável.
A dinâmica do avanço do pacote de maldades do governo gera, ao mesmo tempo, as resistências populares cada vez mais amplas e, com isso, coloca limites ao pacote. Quanto mais se aproximam as eleições de 2018, mais resistências o governo vai encontrando dentro da sua própria base de apoio no Congresso. Somado às resistências populares, vai se configurando uma tempestade perfeita para o governo, especialmente a partir do segundo semestre deste ano.
A partir da greve o movimento popular precisa  continuar mobilizando a setores cada vez mais amplos da sociedade a partir da consciência de como seus direitos estão sendo atropelados, de como o pais esta’ retrocedendo, de como so pela recuperação da democracia o Brasil pode voltar a crescer e a distribuir renda. Precisa, ao mesmo tempo, aumentar a pressão sobre os parlamentares para impedir a aprovacao do fim da previdencia publica no Congresso, do fim da CLT no Senado.
O movimento popular precisa, ao mesmo tempo, lutar para garantir o direito do Lula ser candidato a presidente, que é a condição de que tenhamos eleições democráticas e recuperação do direito do povo decidir, livremente, pelo voto, os destinos que quer para o pais. Trabalhar para tirar toda capacidade de iniciativa do governo, para que ele veja que qualquer acao dele será rejeitada politicamente, tera’ respostas cada vez mais drásticas e amplas da população.
A greve geral, pelo seu sucesso, e’ um novo marco na luta pela redemocratização do pais e pela obstrução da acao deletéria do governo golpista contra o Brasil. Refuta aqueles que acusam o povo brasileiro de falta de disposição de luta por seus direitos e pelos destinos do pais. Mostra que, mobilizada e conscientizada, a sociedade brasileira é capaz de restaurar a democracia e reconduzir o pais pelos caminhos que foram interrompidos pelo golpe.

Globo faz jornalismo ruim e culpa greve geral. Por Paulo Moreira Leite

 
Sandra Annenberg fala da greve no Jornal Hoje
Publicado no 247.
POR PAULO MOREIRA LEITE
Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralização de trabalhadores, a maior de nossa história.
Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.
Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralização dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.
Como se não fosse suficiente, nos cinco dias que antecederam a greve geral, uma centena de bispos da Igreja católica publicaram vídeos, na internet, convocando a população a cruzar os braços no dia 28.
O próprio governo federal preparou-se, reforçando o aparato policial. O mesmo fizeram as PMs, na maioria dos estados. Anunciaram esquemas de policiamento, avenidas e regiões liberadas e assim por diante.
O que fez a Globo? Embora bastasse ler os jornais e dar um simples telefonema as partes envolvidas para qualquer estagiário de jornalismo inteirar-se do que acontecia, preferiu fingir que a greve não existia. Retirou o assunto de sua pauta, quando, em nome do interesse público, poderia ter antecipado a situação e alertado  os espectadores.
Num clássico exercício  jornalismo de serviço, poderia sugerir providências para enfrentar aquela emergência. Não precisava apoiar nem divulgar a paralização. Tinha mesmo o direito de fazer críticas – ainda que estas seriam mais aceitáveis se o Brasil não tivesse uma mídia dominada pelo pensamento único.
Em qualquer caso, bastava não esconder de seu  público que – era previsível – o protesto teria grande adesão e era prudente tomar as providências cabíveis. Algo que qualquer emissora de Tv, em qualquer país do mundo, aprendeu a fazer décadas atrás. Pauta banal do tele-jornalismo norte-americano quando um desastre metereológico se anuncia.
Mas não foi o que ocorreu. Possivelmente embriagada com um poder de manipulação social que possuía em tempos que felizmente não existem mais, imaginou que seria possível impedir um fato – a greve – pelo boicote da notícia.
O vexame — cuja origem profunda se encontra no desprezo histórico pela capacidade de luta dos trabalhadores – se comprovou ao longo do dia.
Desprevenidos como cidadãos que não são alertados para sair de casa com capa e guarda-chuva em dia de tempestade, milhares de pessoas chegaram desavisadas às estações de trem e metrô. Encontraram microfones e câmaras sempre abertas  para ouvir seus depoimentos, sendo colocados na posição de vítimas de grevistas. Com isso, cumpriam a função política de desgastar as lideranças dos trabalhadores, evitando reconhecer que elas indiscutivelmente expressam um ponto de vista partilhado por uma maioria imensa dos brasileiros.
Ainda que uma greve geral como a de ontem seja um evento particularmente grave na conjuntura de um governo enfraquecido como Temer, é preciso reconhecer que paralizações desse porte são eventos corriqueiros sob regimes democráticos. Ao demonstrar que não aprendeu a conviver com elas, a Globo confirma que pouco aprendeu com a história do país e com seus próprios erros.
Há 37 anos, a emissora boicotava a campanha pelas diretas-já, a maior mobilização popular da historia republicana.  Chegou dizer que um comício contra a ditadura, na Praça da Sé, havia sido uma festa pelo aniversário de São Paulo. Agora, culpa a luta de trabalhadores, apoiada por várias forças legítimas da sociedade, inclusive bispos da Igreja católica, pelos efeitos previsíveis de uma opção politicamente errada de seu jornalismo. Se tivesse mesmo preocupada com eventuais dores de cabeça que uma greve geral poderia causar aos brasileiros, o mínimo que poderia ter feito era orientá-los a se preparar para ela em vez de fazer o possível para esconder uma gigantesca mobilização em curso

Luis Nassif mostra como foi feita a "marmelada" do triplex do Guarujá para acusar desonestamente o ex-presidente Lula


Luís Nassif, Jornal GGN - Talvez a rapaziada seguidora da novilíngua da Internet não saiba o significado da palavra “marmelada” – não o doce. Significa combinar de forma desonesta com o adversário o resultado final.
Entenda como se montou a marmelada do tríplex de Guarujá – cuja propriedade é atribuída a Lula.
O maior abuso cometido hoje em dia contra o Estado de Direito é o instituto da delação premiada. É escandalosa a sem-cerimônia com que a delação é manipulada pela Lava Jato, pelo PGR Rodrigo Janot e pelo juiz Sérgio Moro. É o maior argumento em defesa da Lei Antiabuso.
Em um processo, há os dois lados: a acusação e a defesa. E o juiz arbitrando o jogo.
Na teoria, o procurador não é exclusivamente a pessoa da acusação, mas o que busca a verdade. Só na teoria. Na prática, é como o delegado que não quer estragar um grande caso descobrindo a inocência do réu, ou o jornalista que não quer estragar a manchete com dúvidas sobre a culpa do suspeito.
O MPF só aceita a delação de quem diz o que ele, procurador, quer ouvir. O réu não pode dizer mentiras factuais. Mas nada impede que avance em ilações falsas sobre fatos – que é uma forma mais inimputável de mentir – ou afirmações não comprováveis e que, por isso mesmo, podem ser manipuladas ao seu gosto. O melhor, ao gosto do procurador.
Vamos entender melhor esse jogo de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, com a Lava Jato-Procurador Geral da República. Esta semana, Léo declarou que Lula é o verdadeiro proprietário do tríplex de Guarujá, apesar dos advogados de Lula terem mostrado escrituras comprovando que a OAS continua como única proprietária do tríplex
Lance 1 – a armação para pressionar Pinheiro e mudar a versão
O lance Léo Pinheiro foi cantado no dia 29 de agosto do passado ((https://goo.gl/Pt4xbA), quando o Procurador Geral Rodrigo Janot intempestivamente suspendeu as negociações para a delação com base em um motivo ridiculamente primário: uma denúncia anódina contra o Ministro Dias Toffolli, publicado pela revista Veja, e imediatamente atribuída por Janot a Léo – sem nenhuma comprovação.
A delação de Pinheiro comprometia fundamentalmente os governos de Geraldo Alckmin e José Serra, relatando o sistema de propinas em obras públicas estaduais. Até então, o que se sabia das delações da Odebrecht é que se limitavam a relatar financiamentos de campanha por caixa 2 e que Léo Pinheiro avançaria expondo sistemas de propinas.
Escrevi na época:
“Versão 1 – o PGR acusou advogados da OAS de terem vazado parte do pré-documento de delação de Léo Pinheiro, com o intuito de pressionar para que a delação fosse aceita. (...) A versão não se sustenta porque, além de ser ilógica – é evidente que o vazamento comprometeria a delação (...)
Versão 2 – imediatamente Janot suspendeu as negociações para a aceitação da delação do presidente da OAS, Léo Pinheiro. Para justificar a não tomada de decisão ante as 17 delações anteriores vazadas, alegou que a de Toffoli era diferente, porque a informação não existia. Ou seja, tratou drasticamente um vazamento irrelevante (porque, segundo ele, de fatos que não existiam) e com condescendência vazamentos graves.
Na atual edição de Veja, tenta-se emplacar uma nova versão: a de que o anexo (com o suposto vazamento) existia, mas não constava da pré-delação formalizada. Como fica, então, o argumento invocado para livrar os procuradores da suspeita de vazamento?
 (...) No dia 11 de agosto passado, a sempre atilada Mônica Bérgamo deu pistas importantes para entender os últimos episódios (http://migre.me/uMCbH)”
“A revelação feita pela Odebrecht sobre dinheiro de caixa dois para o PMDB, a pedido de Michel Temer, e para o tucano José Serra (PSDB-SP) tem impacto noticioso, mas foi recebida com alívio por aliados de ambos. Como estão, os relatos poupam os personagens de serem enquadrados em acusações mais graves, como corrupção e formação de quadrilha.
 (...) Neste final de semana, Veja traz o conteúdo total da pré-delação de Léo Pinheiro.
Há informações seguras de pelo menos um depósito na conta de Verônica Serra. Esse depósito não aparece na pré-delação da OAS divulgada pela Veja. Talvez apareça mais à frente, quando se avançar sobre os sistemas de offshore”.
Há a necessidade de ler a íntegra da próxima delação de Pinheiro, para uma avaliação melhor sobre a maneira como relatará os esquemas de São Paulo. Mas é fora de dúvida de que, para conseguir se livrar da prisão, Léo Pinheiro teve que se propor a entregar Lula.
Esta semana, as informações sobre o tríplex de Guarujá foram prestadas por ele ainda sem constar do acordo de delação. Mas, antes do início do depoimento, fontes da Lava Jato já antecipavam seu conteúdo, o que significa que já haviam chegado a um entendimento, visando o objetivo central da operação: inviabilizar a candidatura de Lula para 2018.
Lance 2 – a ideia fixa do tríplex
No depoimento prestado a Moro, Pinheiro faz um relato inverossímil das ligações com Lula.
Dizer que financiou o PT é verossímil, assim como o apoio dado ao Instituto Lula. É verossímil também que teria aceitado assumir o edifício do tríplex, por saber que o casal Lula tinha uma cota em seu nome. Afinal, quem não gostaria de ter um edifício tendo como um dos proprietários de imóvel um ex-presidente da República. É igualmente verossímil que tenha convidado o casal Lula-Marise a visitar o edifício, para ver se se interessavam pelo apartamento.
A partir daí, não há um elemento sequer que comprove que Lula ficou com o tríplex. Lula declarou ter visitado o edifício, não ter gostado do apartamento e não ter ficado com ele.
Há uma montanha de testemunhas e documentos comprovando que a OAS permaneceu como proprietária do edifício.
Mas os brilhantes Sherlocks da Lava Jato transformaram o tríplex em questão de honra. Como é um caso mais ao alcance do chamado telespectador comum, a comprovação da posse do tríplex tornou-se uma obsessão.
Por conta dessa obsessão, já quebraram a cara ao descobrir que estava em nome de uma conta do escritório Mossak Fonseca. Promoveram o maior alarido, invadiram o escritório da Mossak, acessaram seu banco de dados e levaram duas pancadas simultâneas. A primeira, a constatação de que a offshore dona do tríplex era da OAS mesmo; a segunda, ao descobrir uma offshore de propriedade da família Marinho, da Globo.
Numa só tacada inocentaram o alvo e comprometeram o aliado.
Foi um custo varrer o elefante para baixo do tapete.
Lance 3 – a encomenda entregue por Pinheiro
Agora, Léo Pinheiro aparentemente cedeu e entregou a encomenda pedida.
Mas há um jogo curioso montado.
De um lado, deu declarações que, sem provas, não têm o menor valor penal. As provas, segundo antecipou o jornal O Globo, são terrivelmente ridículas: comprovações de reuniões com Lula, de telefonemas a funcionários do Instituto Cidadania. Junto, as delirantes provas colhidas pelos Sherlocks da Lava Jato que identificaram quatro (!) viagens em um ano de carros do Instituto até Guarujá.
Fica-se assim, então:
  1. As declarações de Pinheiro garantem alguns dias de cobertura intensiva no Jornal Nacional, preparando o ambiente para uma próxima condenação de Lula.
  2. Mas Pinheiro não entrega nenhuma prova comprometedora contra Lula, nem no caso do tríplex (que não deve ter mesmo), nem em nenhum outro caso relevante.
Além disso, o Código Penal proíbe que uma pessoa seja julgada duas vezes pela mesma acusação. E o caso do tríplex já foi julgado e anulado pela Justiça estadual de São Paulo, apresentada pelos procuradores estaduais.
Ou seja, a grande armação visando ou a prisão ou acelerar a condenação de Lula é ridiculamente frágil

4.28.2017

Dilma: Greve mostra que povo é valente e capaz de resistir ao golpe


Presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff defendeu nas redes sociais a greve geral desta sexta-feira 28 contra as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer, e que retira direitos históricos dos trabalhadores; "A #GreveGeral mostra que o povo brasileiro é valente e é capaz de resistir a mais um golpe", postou Dilma; "A mobilização em defesa de direitos trabalhistas e previdenciários une os trabalhadores do Brasil e mostra a força da sua resistência", acrescentou; o ex-presidente Lula também defendeu hoje a mobilização histórica que acontece em todo o País, definindo-a como um "sucesso total

Globo, que articulou o golpe, esconde a greve


"
A mesma rede de comunicação articulada para o golpe de 2016, liderada pela Globo, que botou camisas amarelas da CBF numa multidão e mandou para as ruas, é a mesma que esconde a greve.
É a mesma que vive incensado Temer, mentindo sobre a grave recessão econômica. Martela dia e noite dizendo que as tais reformas  são “modernização do mercado de trabalho” e faz campanha para prender Lula porque sabem que em 2018 ele ganha no primeiro turno.
A Globo é a mesma mídia que apoiou o golpe de 1964, em favor da resubordinação do Brasil às nações centrais, principalmente aos Estados Unidos, com a desculpa da “guerra fria” e depois pediu desculpa ao Brasil, em editorial no Jornal Nacional.
Agora apoia a pauta de reformas imposta por multinacionais, que querem transformar o Brasil numa Singapura, Bangladesh,  México, Paraguai e outros países de “maquiladoras “, empresas instaladas nos anos 1990, para exploração de recursos naturais e mão de obra barata, precária, com trabalhadores sem direitos.
O projeto das mega corporações multinacionais é carrear daqui compensações financeiras para as perdas que estão tendo com a crise internacional das “bolhas especulativas financeiras”, nas nações centrais, com a ajuda dos gerentes de interesses externos, daqui.
Gente como Temer, Aécio,  José Serra, Alkimin, Fernando Henrique, Rodrigo Maia, Eunicio Oliveira,  Henrique Meireles,  Moreira Franco, Padilha, e tantos outros, que transitam entre o mercado e a política, os irmãos Marinho, Saad, Sílvio Santos, Macedo, e não estão nem aí para o povo.
Temer e sua turma formam um governo de negócios. A mídia que os apoia se encarrega de novelizar a narrativa do poder econômico e político. Por isso esconde a greve e noveliza o governo e a pauta de reformas do atraso."

Globo, que articulou o golpe, esconde a greve

A mesma rede de comunicação articulada para o golpe de 2016, liderada pela Globo, que botou camisas amarelas da CBF numa multidão e mandou para as ruas, é a mesma que esconde a greve.
É a mesma que vive incensado Temer, mentindo sobre a grave recessão econômica. Martela dia e noite dizendo que as tais reformas  são “modernização do mercado de trabalho” e faz campanha para prender Lula porque sabem que em 2018 ele ganha no primeiro turno.
A Globo é a mesma mídia que apoiou o golpe de 1964, em favor da resubordinação do Brasil às nações centrais, principalmente aos Estados Unidos, com a desculpa da “guerra fria” e depois pediu desculpa ao Brasil, em editorial no Jornal Nacional.
Agora apoia a pauta de reformas imposta por multinacionais, que querem transformar o Brasil numa Singapura, Bangladesh,  México, Paraguai e outros países de “maquiladoras “, empresas instaladas nos anos 1990, para exploração de recursos naturais e mão de obra barata, precária, com trabalhadores sem direitos.
O projeto das mega corporações multinacionais é carrear daqui compensações financeiras para as perdas que estão tendo com a crise internacional das “bolhas especulativas financeiras”, nas nações centrais, com a ajuda dos gerentes de interesses externos, daqui.
Gente como Temer, Aécio,  José Serra, Alkimin, Fernando Henrique, Rodrigo Maia, Eunicio Oliveira,  Henrique Meireles,  Moreira Franco, Padilha, e tantos outros, que transitam entre o mercado e a política, os irmãos Marinho, Saad, Sílvio Santos, Macedo, e não estão nem aí para o povo.
Temer e sua turma formam um governo de negócios. A mídia que os apoia se encarrega de novelizar a narrativa do poder econômico e político. Por isso esconde a greve e noveliza o governo e a pauta de reformas do atraso

4.27.2017

Lula não aceita barganha do justiceiro de Curitiba





Dando uma aula de Direito ao justiceiro adestrado pelos Departamento de Estado e de Justiça dos EUA, Lula ensina ao Moro que o exercício do direito de defesa é inerente ao ser humano, e não deve ser trocado por preguiça e má vontade de um juiz que não quer julgá-lo, porque quer apenas condená-lo. Essa é a obsessão do Moro!
Lula quer apenas a observância do devido processo legal e o respeito ao Estado de Direito: "Eu acho que não tem barganha. Fez essa proposta de barganha para diminuir [o número de testemunhas], e que assim ele não exigirá minha presença, para mim não tem problema. Se for necessário, eu mudo para Curitiba, e fico lá o tempo necessário para esperar o julgamento. A gente não vai abrir mão de uma testemunha que nós consideramos importante para esclarecer a opinião pública"

Depressão econômica do golpista Temer produz rombo fiscal recorde em março


Reuters - Com o governo golpista do Michel Temer o governo  central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 11,061 bilhões de reais em março, resultado mais fraco para esse mês desde o início da série histórica em 1997, afetado pela queda da arrecadação a despeito do forte aumento de receitas com dividendos e royalties.O dado, divulgado pelo Tesouro nesta quinta-feira, veio pior que a projeção de analistas de saldo negativo em 8,5 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters.
Enquanto Tesouro e BC tiveram juntos superávit primário de 2,028 bilhões de reais, a Previdência puxou o resultado fortemente para baixo, com rombo de 13,089 bilhões de reais no mês.
Considerando o resultado consolidado, a receita líquida do governo central teve queda real de 1,4 por cento em março, a 87,487 bilhões de reais, afetada pela diminuição de impostos recolhidos e menor arrecadação previdenciária, reflexo da forte recessão vivida pelo país nos últimos dois anos.
Os dois movimentos acabaram ofuscando o forte crescimento no mês da receita com dividendos e participações, de 318,3 por cento sobre um ano antes, a 1,7 bilhão de reais em março. A receita em cota-parte de compensações financeiras também subiu 47,9 por cento na mesma base, a 1,8 bilhão de reais.
Segundo o Tesouro, os avanços ocorreram por conta do aumento na produção interna e pela elevação do preço internacional do petróleo, que ajuda na arrecadação de royalties.
No mês passado, as despesas totais do governo central subiram 1,6 por cento, também descontada a inflação, a 98,548 bilhões de reais.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta real de 7,4 por cento nas despesas de pessoal e com encargos sociais, aumento de 3,8 por cento em benefícios previdenciários e elevação de 2,5 por cento em "outras despesas obrigatórias", linha que inclui abono e seguro desemprego e Benefícios de Prestação Continuada (BPCs), voltados à assistência social.
No primeiro trimestre, o déficit do governo central somou 18,297 bilhões de reais, também representando o pior dado para o período da série histórica. Na mesma etapa de 2016, o rombo havia sido de 18,060 bilhões de reais.
A meta do governo central neste ano é de déficit primário de 139 bilhões de reais, quarto resultado consecutivo no vermelho do país. Ou seja, com as receitas menores do que as despesas, sem contar pagamento de juros da dívida pública.
Para conseguir cumpri-lo, o governo já anunciou forte contingenciamento nas despesas discricionárias, além de medidas de elevação tributária, como o fim da desoneração da folha de pagamento das empresas para dezenas de setores

Mobilização da direita indica que greve será forte

Por Fernando Brito, do Tijolaço - O golpista Michel Temer anunciou corte de ponto.
Geraldo Alckmin (o santo) foi à Justiça para impedir que metroviários e ferroviários nem mesmo parcialmente possam paralisar suas atividades – e a Justiça paulista, docemente, produziu uma decisão que abole o direito de greve.
João Dória (o almofadinha), o “gestor Angélica” contratou táxis – taxis? eu sou um antiquado, foi Uber! – para levar os funcionários da Prefeitura paulistana ao trabalho.
Claro que tudo é factóide.
Mas é revelador do que se vem dizendo aqui há dias: o movimento grevista tomou corpo e há uma imensa preocupação no casal Golpista Temer-PSDB com sua repercussão.
Por mais que desidrate a reforma previdenciária – hoje o Valor diz que a economia de gastos , em 10 anos, caiu 25% ante o originalmente previsto – ela tem, desde o início, o estigma da rapina contra os mais pobres e disso não consegue se livrar.
A greve de amanhã está fadada a ter sucesso político, ainda que não logre paralisar todo o país – e os jornais e a televisão vão tratar com esmero aquilo que não parar.
Vai demonstrar que, apesar deles e contra eles há gente que se importa com a vida real das pessoas, algo que Janio de Freitas descreve, magistralmente, em sua coluna de hoje, na Folha:
As greves e os demais protestos previstos para amanhã, não importa a dimensão alcançada, justificam-se já pelo valor simbólico: há quem se insurja, neste país de castas, contra a espoliação de pequenas e penosas conquistas que fará mais injusta e mais árdua a vida de milhões de famílias, crianças, mulheres, velhos, trabalhadores da pedra, da graxa, da carga, do lixo, do ferro –os que mantêm o Brasil de pé. E, com isso, à revelia, permitem que as Bolsas, a corrupção e outras bandalheiras vicejem.
No meio do mar de propaganda idiotizante em que nos mergulham, onde o sucesso é apenas mérito pessoal – conquistado a que preço! – sobrevive a sabedoria atávica do povo, sua busca pela dignidade, sua compreensão de que somos uma coletividade solidária ou não somos ou seremos uma nação.
Porque, embora o maestro Tom Jobim tenha tido a genialidade de traduzi-lo em verso, cada um de nós, na nossa simplicidade, sabe que é impossível ser feliz sozinho.

Contra desmonte de Temer, intelectuais se unem no Projeto Brasil Nação


Maior movimento já criado contra o governo Michel Temer e em prol do desenvolvimento do País, o manifesto reúne mais de 8 mil assinaturas de personalidades de diferentes áreas, como o economista e ex-ministro Luis Carlos Bresser-Pereira, o diplomata e ex-ministro Celso Amorim, o escritor Raduan Nassar, o jurista Fábio Konder Comparato, a jornalista Eleonora de Lucena e o ator Wagner Moura, entre vários outros; "Privatizar e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os ganhos de rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país. O desmonte do país só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento", afirma o texto; Projeto Brasil Nação, que será lançado nesta noite no Largo São Francisco, em São Paulo, tem como pilares "autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do ambiente"
27 de Abril de 2017 às 13:52 // 247 no Telegram Telegram // 247 no Youtube Youtube

Datafolha mostrará tamanho da rejeição ao golpista Temer

247 - O Instituto Datafolha, ligado ao grupo Folha, vai divulgar no fim de semana um levantamento nacional com cenários para a eleição presidencial de 2018, a popularidade do golpista Michel Temer e apoio da população à Operação Lava Jato.
Os números devem confirmar as recentes pesquisas Ipsos, Vox Populi e Ibope, que apontaram índice recorde de rejeição ao peemedebista, às suas reformas e liderança do ex-presidente Lula na disputa ao Planalto no ano que vem.
Nesta quarta-feira 26, o Ipsos revelou que o golpista Temer é aprovado apenas por 4% dos brasileiros e que 92% avaliam que o País segue no rumo errado. Segundo pesquisa Vox Populi, 78% defendem a cassação do golpista Temer no TSE e 90% da população quer escolher seu substituto via eleições diretas.
A pesquisa que deve sair no domingo deve tornar ainda mais difícil a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, prometida pelo golpista Temer ao mercado. A reforma trabalhista, aprovada nesta quarta, foi um sinal de que o Planalto não tem votos suficientes para a reforma da Previdência, como esperava o governo.

Léo Pinheiro apresenta provas de propina no Rodoanel em SP no governo do PSDB

SP 247 - O ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro apresentou à Justiça documentos que comprovam o pagamento de cerca de R$ 17 milhões em propinas referentes às obras do trecho 5 do Rodoanel, em São Paulo, segundo reportagem do Globo desta quinta.
Os pagamentos teriam sido efetuados entre 2008 e 2009 a uma empresa de locação de equipamentos que teria atuado como intermediária do esquema. A defesa de Pinheiro também apresentou documentos apontando pagamento de mais de R$ 13 milhões em propinas pelo Consórcio Novo Cenpes, que atuou nas obras de construção do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão.
Segundo Pinheiro, os pagamentos das propinas referentes ao trecho 5 do Rodoanel foram realizados no período em que Paulo Vieira Souza, o Paulo Preto, era diretor da Dersa. O engenheiro é apontado como operador de campanhas do PSDB. Apesar dos contratos terem sido assinados somente em 2006, delatores afirmam que Paulo Vieira foi o responsável por criar o cartel de empreiteiras que atuou em diversas obras em São Paulo entre os anos de 2004 e 2008.
Outros sete delatores ad Odebrecht também informaram, em seus depoimentos de delação premiada, que pagaram R$ 1,2 milhão em propinas ligadas às obras do Rodoanel. Eles também dizem que quando José Serra (PSDB) assumiu o governo paulista, Paulo Preto teria pedido o equivalente a 0,75% do valor dos contratos para evitar fazer alterações que prejudicassem as empreiteiras. Paulo Preto também teria pedido apoio às campanhas de Gilberto Kassab (PSD) e dos senadores José Serra (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB). Kassab, Serra e Aloysio negam as acusações.
Por meio de nota, Paulo Vieira de Souza nega as acusações e afirma que as delações não passam de "fábulas, mentiras e calúnias"

Gal Costa adere à greve geral e cancela show em Salvador

Revista Forum - Ontem (26), a cantora Gal Costa anunciou que irá adiar um show por conta da greve geral. Ela se apresentaria, no dia da paralisação, na Concha Acústica de Salvador.
Pelo Twitter, a artista confirmou o fato e, por enquanto, não comentou sobre uma nova data para o evento, que é parte da turnê do álbum Estratosférica.
A manifestação tomará todo o país e conta com a adesão de diversas categorias em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência impostas pelo governo de Michel Temer.
A aprovação das propostas, de acordo com as centrais sindicais e movimentos que coordenam o ato, representa a retirada de direitos básicos dos cidadãos e a dificuldade em obter o acesso à aposentadoria

Reforma trabalhista: a vitória que mostrou a fraqueza do golpista Temer

"A força que o golpista Temer demonstrou ontem ao aprovar a reforma trabalhista no plenário da Câmara foi a revelação de sua fraqueza: se estivesse em pauta a reforma previdenciária, que é uma PEC, o governo não teria tido os 308 votos necessários para aprová-la. Se queria impressionar bem as tais forças do mercado com uma exibição de força, não funcionou", afirma Tereza Cruvinel; ela avalia que, "como daqui para a frente a reação popular às reformas deve aumentar, a começar pela greve geral de amanhã, será mais difícil tanger os votos da base"; "Ontem o governo golpista ganhou, aprovando a reforma social mais regressiva de todos os tempos. Mas ainda há jogo político pela frente na batalha das reformas", lembra a colunista, que questiona: "Afinal, se não entregar estas reformas o que será do golpista Temer, que tem como único trunfo a maioria parlamentar?

4.26.2017

Justiça decide mandar mulher de Cabral de volta à prisão


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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu nesta quarta-feira (26) que a advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e investigada por corrupção e lavagem de dinheiro, deverá retornar à prisão; Adriana havia beneficiada por liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que lhe dava o direito de cumprir prisão domiciliar; a advogada deverá voltar a ocupar uma das celas da cadeia feminina de Bangu, na zona oeste carioca. Cabral está no mesmo complexo penitenciário

Desmonte da coisa pública

STF autoriza universidade pública a cobrar por pós-graduação

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O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira 26, por 9 votos a 1, que as universidades públicas podem cobrar taxas e mensalidades pelo oferecimento de cursos de pós-graduação lato sensu, aqueles que têm caráter de especialização e, ao final, dão direito a um certificado, e não a um diploma, como no caso de mestrados e doutorados; os cursos lato sensu referem-se, por exemplo, a um MBA (Master Business Administration)

CCJ do Senado aprova projeto contra abuso de autoridade

 

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Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (26) a proposta do senador Roberto Requião que trata dos crimes de abuso de autoridade; proposição votada é um substitutivo a dois projetos que tramitavam no Senado sobre o tema: o PLS 85/2017, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o PLS 280/2016, de Renan Calheiros (PMDB-AL); votação foi feita depois de mais de três horas de discussão entre os senadores; "Não tem nada a ver com a Lava Jato, estamos disciplinando o abuso de autoridade. De qualquer autoridade. Esse projeto remonta aos princípios da Revolução Francesa, das garantias individuais de cidadãos, as quais não podem ser atropeladas pelo Estado. É a Revolução Francesa trazida para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado", afirmou Requião

Gilmar suspende depoimento de Aécio no caso Furnas

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu depoimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à PF no inquérito que apura um suposto esquema em Furnas; em 21 de fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para que a Polícia Federal tome o depoimento de Aécio, apontado como beneficiário de um esquema de desvio de verbas da empresa; defesa de Aécio alegou violação à Súmula Vinculante 14*, relatando que lhe foi negado acesso a depoimentos já produzidos 

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu depoimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à PF no inquérito que apura um suposto esquema em Furnas; em 21 de fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para que a Polícia Federal tome o depoimento de Aécio, apontado como beneficiário de um esquema de desvio de verbas da empresa; defesa de Aécio alegou violação à Súmula Vinculante 14*, relatando que lhe foi negado acesso a depoimentos já produzidos
26 de Abril de 2017 às 11:42 // 247 no Telegram Telegram // 247 no Youtube Youtube
Revista Fórum - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu depoimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à PF no inquérito que apura um suposto esquema em Furnas.
Em 21 de fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para que a Polícia Federal tome o depoimento de Aécio, apontado como beneficiário de um esquema de desvio de verbas da empresa.
A defesa de Aécio alegou violação à Súmula Vinculante 14*, relatando que lhe foi negado acesso a depoimentos já produzidos.
Em maio de 2016, Mendes chegou a suspender as diligências sobre o caso de Furnas e devolver o processo para Janot, mas no início de junho reviu a decisão, após ser lembrado pelo PGR de que havia novos indícios no caso e de que o ministro, sem anuência da procuradoria, não poderia se recusar a dar prosseguimento ao inquérito.
Em novembro, Gilmar Mendes renovou a autorização para investigação por mais 60 dias, prazo que se esgotou em fevereiro. Janot pediu então um novo prazo de 60 dias para investigar o tucano.
Na base do pedido de Janot estão os depoimentos de duas testemunhas que comprometem Aécio Neves. O primeiro é o do senador cassado Delcídio do Amaral, cujo acordo de delação premiada foi tornado público em março de 2016.
Delcídio do Amaral descreveu diversos esquemas de corrupção em sua delação e afirmou que Aécio “sem dúvida” foi um dos beneficiários de desvios realizados em Furnas, cujo operador seria Dimas Fabiano Toledo, ex-diretor de Engenharia de Furnas.
Em seus depoimentos, Delcídio citou ainda uma suposta participação de Andréa Neves, irmã de Aécio, no esquema, e apontou a existência de uma conta de titularidade da mãe do senador, Inês Maria Neves Farias, no principado de Liechtenstein, um conhecido paraíso fiscal europeu.
A fala de Delcídio renovou uma denúncia que já fora feita por Alberto Youssef, o mais importante delator da Lava Jato. O doleiro citou o esquema em Furnas, disse que Aécio dividia os recursos ilícitos da estatal com o PP, mas não conseguiu trazer provas. Assim, o caso foi arquivado na época, até reemergir com a delação de Delcídio

O golpista Temer flerta com a radicalização


"A 72 horas da greve geral convocada contra as reformas previdenciária e trabalhista, o golpistaTemer tentará aprovar hoje na Câmara a maior revisão reacionária da CLT e dos direitos trabalhistas jamais ousada, seja pela ditadura, pelo collorato ou pelo tucanato", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel; "O discurso do golpista Temer que sustenta a reforma é o da 'modernização', eufemismo para o que é inequívoco: trata-se de garantir ao empresariado que apoiou o golpe o aumento da remuneração do capital. Garantir mais lucros através da supressão de direitos e obrigações sociais para com os trabalhadores. Aprovando a reforma trabalhista hoje, o governo agredirá perigosamente o movimento sindical nas vésperas da greve geral, flertando com a radicalização  da cena social"