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11.10.2017

Pesquisa americana lista os exercícios que mais queimam calorias

Recém-publicado pela conceituada Clinica Mayo, o estudo foi feito com base em dados do Instituto Nacional de Saúde americano



O gasto energético durante uma hora de atividade física foi alvo de um estudo recém-publicado pela conceituada Clinica Mayo, de Minnesota, nos Estados Unidos. Com base em dados do Instituto Nacional de Saúde americano, os pesquisadores listaram as 39 modalidades (abaixo, a média das dez primeiras) que mais queimam calorias — a maioria delas aeróbica. “É importante ressaltar que isso não necessariamente é sinônimo de emagrecimento, o que vai depender do organismo de cada um”, explica o endocrinologista Francisco Tostes, especialista em medicina do esporte.

10 melhores exercícios para emagrecer

Confira ranking com dez atividades que mais queimam calorias

Nos dias de calor, a ordem é torrar sem dó nem piedade toda a energia extra acumulada pelo organismo. E mais: fazer isso num piscar de olhos e, se possível, com muita diversão. Sim, a gente entendeu o pedido e, com uma mãozinha dos médicos Marcelo Ortiz e Carlos Polazzo, do Instituto BR Esportes, ele foi atendido.

Montamos um ranking com as dez atividades que mais queimam calorias. Para a ficha ficar completa, ainda investigamos os prós e os contras de cada exercício. Afinal, não adianta nada ficar com uma barriguinha linda se você for obrigado a ficar de molho em casa, com dores pelo corpo todo.

1. Corrida

Com uma hora de corrida, você gasta 900 calorias. Além de ajudar no emagrecimento, melhora a capacidade respiratória e traz benefícios cardiovasculares.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: cuidado com o impacto do joelho e na coluna ao correr. Escolha um tênis com bons amortecedores (acerte na escolha do tênis).

2. Andar de bicicleta

Sair pedalando pelas ruas é sinônimo de 840 calorias a menos no corpo. Além disso, trabalha os membros inferiores e melhora a frequência cardíaca.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: Cuidado com o desgaste da coluna e com o joelho. Antes de começar a pedalar, não deixe de ajustar o banco de modo que você nunca estique completamente a perna.

3. Tênis

Trata-se de um esporte completo: você precisa de força para arremessar a bolinha e muito fôlego para percorrer a quadra. Mas tanto esforço é bem recompensado com a despedida de 800 calorias numa partida de uma hora.
A favor: melhora a coordenação motora, fortalece os músculos (principalmente dos braços) e aumenta a agilidade

Contra: lesões nos ombros e nos punhos, caso você se esforce demais. Se nunca praticou, procure um professor pelo menos no mês inicial.

4. Futebol

Uma hora de uma boa pelada consome 780 calorias!
A favor: fortalece as pernas e melhora o condicionamento
Contra: tome cuidado com os esbarrões e com as divididas, que podem exigir um pouco de força e jogo de cintura

5. Boxe

Treinando boxe, você queima até 660 calorias e ainda define os braços.

A favor: pique de campeã e músculos dos braços muito bem torneados.
Contra: exige bastante preparo. Quanto aos socos, eles são feitos em sacos

6. Musculação

Pode ser em casa, com pesinhos, ou na academia. Para cada hora de treino, você pode perder, em média, 500 calorias.
A favor: melhora a resistência articular e muscular, fortalece os ossos e ainda acelera a queima de calorias.
Contra: pode danificar músculos e tendões se não for feita com orientação adequada (saiba como evitar lesões).

7. Remar

Uma hora de remo eliminam 600 calorias do corpo.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco e muscular, define todo o peitoral e os braços rapidinho. É o segundo exercício mais completo que existe (depois da natação).
Contra: o esporte pode causar tendinite nos braços. Para evitar, tome cuidado com a postura e a força aplicada.

8. Natação

Uma hora de natação queima 540 calorias.
A favor: trabalha todos os músculos e melhora o condicionamento.

Contra: cuidado com os choques térmicos, caso treine numa piscina aquecida. Não se esqueça de alongar, evitando cãibras.

9. Basquete

Dar uma corridinha para um e outro lado da quadra e tentar jogar a bola na cesta pode te fazer perder 480 calorias.
A favor: trabalha braços e pernas, praticamente na mesma proporção, além de desenvolver o condicionamento físico
Contra: cuidado com impactos bruscos no joelho e na coluna e com as trombadas na quadra.

10. Vôlei

Uma hora praticando vôlei elimina 420 calorias.
A favor: braços e abdômen definidos
Contra: cuidado com as lesões nos dedos das mãos. Elas costumam ser frequentes.

Protesto contra a reforma trabalhista em diversas capitais


 

Sindicatos apontam retrocesso em mudanças, que entram 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Medidas entram vigor neste  sábado (11)


As reformas trabalhista e previdenciária, pautas conservadoras e o programa de privatizações de empresas públicas pelo governo de Michel Temer estão sendo alvos de protestos de movimentos sociais, de servidores do funcionalismo em diversas categorias e de centrais sindicais, em capitais brasileiras nesta sexta-feira (10).
Pela manhã, um carro foi incendiado na Ponte Rio-Niterói num ato de protesto, deixando o trânsito complicado no local. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que manifestantes pararam o carro no quilômetro 322 Sul (Pórtico7), sentido Rio, atearam fogo ao veículo e deixaram o local de motocicletas. No local, havia uma faixa com os dizeres: "Podres poderes. Trabalhador resiste".
Neste sábado (11), entra em vigor a reforma trabalhista, com novas regras para trabalhadores e empregadores. A reforma tem gerado polêmicas e questionamentos sobre a perda de direitos para os empregados, sobretudo em relação à mudança na qual o negociado entre patrão e empregado terá prevalência sobre o legislado, no caso sobre a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), conjunto de regras sancionadas em 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas.

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Em São Paulo, os manifestantes fizeram a concentração na Praça da Sé, no centro da cidade, e marcharam em direção à Avenida Paulista. A expectativa de organizadores do ato é que o público seja ainda maior no final da tarde.
“Nós queremos construir alguma coisa que seja equilibrada. Essa reforma é essencialmente empresarial, 117 artigos da cartilha empresarial. Nada contra os empresários, mas não tem nenhum artigo que tenha um foco social ou olhar sindical”, criticou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Segundo o dirigente sindical, a lei tem uma série de artigos que “tiram direitos e precarizam a relação entre capital e trabalho”. Entre os pontos apontados como mais problemáticos, Patah citou o trabalho intermitente e o fim da homologação das demissões pelos sindicatos.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que acredita na capacidade de mobilização dos trabalhadores para pressionar mudanças na legislação. “Mais do que nunca, acho que é possível construirmos uma grande greve. Fizemos uma com 35 milhões de pessoas, podemos fazer outra”, disse, em referência ao dia de paralisações realizado em abril.
Brasília
Na capital do país, cerca de 150 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), participaram de uma manifestação organizada pela CUT no Espaço do Servidor da Esplanada dos Ministérios pela manhã. Tanto a PM como os organizadores classificaram o movimento como pacífico. “Além disso, como não haverá deslocamento, não foi necessário usarmos maior efetivo”, disse o sargento Franklin Lima.
De acordo com o presidente da CUT-DF, Rodrigo Brito, a ideia é montar uma “tribuna popular para as pessoas apresentarem os pontos que consideram importantes para o enfrentamento que em breve deve ocorrer por conta da aplicação da reforma trabalhista e da proposta de reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso Nacional”. Na manifestação, a central coleta assinaturas para um projeto de iniciativa popular que pede a revogação da reforma trabalhista e contra a subcontratação de trabalhadores.
Um outro ato, organizado pelas demais centrais sindicais, está previsto para o final da tarde. Segundo Brito o que levou à separação dessas manifestações foi a discordância sobre a obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical. “Se é que podemos dizer que houve uma coisa boa nessas mudanças, foi exatamente o fim do imposto sindical, porque quem deve decidir se vai colaborar é o trabalhador, por meio de assembleias, e não o governo”, disse o dirigente da CUT.
Com Agência Brasil

Ferimentos diurnos cicatrizam mais rápido que os noturnos, mostra pesquisa


Ferimento com queimadura
 As células responsáveis pela cicatrização da pele reagem melhor no período diurno
Ferimentos causados durante o dia cicatrizam mais rápido que os noturnos, segundo uma pesquisa.
O trabalho, do Laboratório de Biologia Molecular MRC, do Reino Unido, mostra que queimaduras ocorridas à noite demoram uma média de 28 dias para cicatrizar, enquanto as ocorridas durante o dia levam 17.
Os pesquisadores se disseram espantados com a diferença, observada em 118 pacientes avaliados em unidades de queimaduras do sistema público de saúde britânico, o NHS.
Esse resultado é explicado pela influência do relógio biológico sobre as células humanas em um ciclo de 24 horas.
O estudo, publicado na revista Science Translational Medicine, mostrou que os fibroblastos, células do tecido conjuntivo acionadas para a cicatrização, mudavam sua capacidade de atuação durante períodos de 24 horas - à noite, perdiam em capacidade de reação.
John O'Neill, um dos pesquisadores, disse à BBC: "É como em uma corrida de 100 m. O atleta que parte dos blocos de largada, em posição e pronto para sair correndo, sempre vai bater o corredor que parte parado em pé".

Ajuda em cirurgias

Os pesquisadores acreditam que essa descoberta poderá ser aproveitada para melhorar cirurgias.
Algumas drogas, como o hormônio cortisol, podem reajustar o relógio biológico das células e ser úteis em procedimentos noturnos.
E o relógio biológico de todo mundo funciona de uma maneira ligeiramente diferente, cada um tem um cronotipo. Então, pode fazer sentido agendar uma operação que esteja em sintonia com o ciclo circadiano do paciente.
 
A descoberta da pesquisa pode fazer com que cirurgias sejam agendadas de acordo com o funcionamento do relógio biológico de cada pessoa
Mas tudo isso ainda não foi testado.
Segundo John Blaikley, médico cientista da Universidade de Manchester, há uma carência, nos sistemas de saúde, de terapias eficazes para cicatrização.
"Levando em conta esses fatores do ciclo circadiano, não apenas novas drogas podem ser identificadas, como poderá ser aumentada a eficácia de terapias existentes mudando a hora do dia em que elas são aplicadas", diz ele.

Ressaca além de ruim, pode ser fatal



Especialista explica os efeitos pós-bebida e o que pode gerar no organismo


Os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 30% dos homens e 10% das mulheres no Brasil consomem álcool em excesso pelo menos uma vez por semana. Além disso, quase 80% dos jovens referem consumir bebidas alcoólicas regularmente, ressaltando que o álcool é uma das drogas mais consumidas em todo o mundo.
Segundo Máximo Asinelli, nutrólogo e proprietário da Clínica Asinelli em Curitiba - PR, “depois de um ataque de bebedeira, o desconforto e pesar ocorrem quando o conteúdo alcoólico no sangue começa a cair. Os sintomas atingem o pico quando o álcool no sangue volta a zero”, explica. Em pequena quantidade, o álcool eleva a produção de dopamina, neurotransmissor que proporciona uma sensação de bem-estar. Muitas pessoas continuam bebendo para prolongar essa sensação, o que leva a intoxicação aguda por álcool: a ressaca.
À medida que a quantidade de álcool no organismo vai aumentando, outro neurotransmissor, chamado gaba, que induz ao sono, começa a ser liberado no cérebro. “Atingindo esse estágio, provavelmente a ressaca no dia seguinte será inevitável, o que pode ser mortal, sobretudo para aqueles cujos trabalhos envolvem a segurança dos outros, como pilotos, salva-vidas, motoristas etc”, ressalta Asinelli.
Ao entrar no sistema circulatório, o álcool dá origem a um processo químico que libera energia. Cada grama de álcool produz 7,1 Kcal, valor expressivo diante de 4 Kcal por grama de açúcar e de 8 Kcal por grama de gordura. Por esse motivo é recomendável evitar bebidas alcoólicas para quem deseja emagrecer. “O usuário crônico frequentemente desenvolve deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B, tornando-se um obeso desnutrido”, finaliza o especialista.
Serviço: Clínica Asinelli
Dr. Máximo Asinelli

11.09.2017

Viagra faz mal à saúde? Conheça os benefícios e riscos do comprimido



O viagra é tudo o que os homens com disfunção erétil e suas parceiras sempre precisaram. Além de melhorar a vida sexual de muitos casais, o remédio consequentemente tem melhorado a saúde de muitos relacionamentos por aí.
Uma vez que os casais voltam a se dar bem na cama, é esperado que eles voltem a se dar bem fora dela com o tempo também. Mas será que esses são os únicos benefícios do viagra para a saúde? Mais do que isso, existe sempre a preocupação de que há algum risco em tomar viagra. O “azulzinho” oferece algum malefício para a nossa saúde?
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Foto: Pixabay/CCBY

Benefícios do viagra

O melhoramento da vida sexual dos homens está longe de ser o único benefício do viagra para as nossas vidas. Além disso, o “azulzinho” ainda oferece resultados promissores para quem batalha contra o câncer e doenças cardiovasculares. Veja a seguir:

Benefícios do viagra para o coração

É claro que o viagra é um risco para quem sofre de problemas do coração, uma vez que ele aumenta o bombeamento de sangue pelo corpo. Mas, para aqueles que sofrem de insuficiência cardíaca, quando o coração não dá conta de fazer circular o sangue pelo corpo todo, o viagra pode ser um grande aliado.
Ele irá aumentar a força do seu coração para bombear o sangue pelo seu corpo, suprindo as necessidades geradas pelo agravamento dessa condição médica.

O viagra no combate ao câncer

O viagra pode ser uma boa alternativa para os pacientes passando por quimioterapia. Isso acontece porque, atualmente, um dos medicamentos utilizados nesse processo se chama doxorrubicina. Esse remédio, porém, apresenta graves riscos à saúde do coração dos pacientes.
Enquanto isso, o viagra diminui os danos ao sistema cardiovascular e, por isso, pode ser mais eficiente do que a doxorrubicina. Alguns médicos estão apostando fortemente no “azulzinho” para ser implementado nos processos de combate ao câncer em seus pacientes.

Viagra faz mal à saúde?

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Foto: Wikimedia Commons
Bem, então quais são os riscos de tomar o “azulzinho”? Existem sérias contraindicações do viagra e alertas importantíssimos sobre o perigo da sua superdosagem:

Pode ser perigoso para o coração

Apesar de ser bom para aqueles que sofrem de insuficiência cardíaca, aqueles que sofrem de outros problemas cardiovasculares e têm esse sistema mais frágil podem ser prejudicados pelo remédio. O viagra irá aumentar o bombeamento de sangue no seu organismo, podendo ser muito perigoso para um coração já fragilizado.

Faz mal jovem tomar viagra?

Muitos homens mais jovens acabam experimentando viagra para ter ereções mais rápido ou para vencer a ansiedade. O “azulzinho” fica perigoso quando o jovem passa a fazer isso muitas vezes e, então, seu corpo pode viciar no remédio e só se tornar capaz de ter uma ereção completa quando o menino tomar uma dose de viagra.
Na juventude, você está no pico da sua saúde sexual, então é melhor deixar para ter ereções naturalmente e evitar possíveis complicações assim tão cedo.

Perigos do excesso

A primeira coisa a saber é que tomar mais de uma pílula de viagra não irá intensificar o efeito do remédio. Além disso, o excesso do estimulante sexual pode ser muito perigoso para a saúde. Esses excessos são perigosos justamente porque o viagra aumenta o número de batimentos cardíacos e a superdosagem pode causar sérios problemas cardiovasculares.
A impotência sexual é um problema que atinge muitos homens mais velhos. O Viagra, um dos mais populares medicamentos utilizados no tratamento da disfunção erétil em todo o mundo, entretanto, é alvo de diversas pesquisas.Mas afinal, será que o viagra faz mal à saúde?

Viagra Faz Mal à Saúde?

Nos últimos anos os cientistas têm afirmado que a pílula para a disfunção erétil não somente é boa para a vida sexual, como também para a saúde do coração.
No quarto, o Viagra permite um maior fluxo de sangue para o pênis. Mas no coração, a “pequena pílula azul” pode prevenir espessamento do músculo cardíaco e insuficiência cardíaca em estágio inicial.
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Segundo o Dr. Andrea M. Isidori, autor principal de uma pesquisa publicada na revista BMC Medicine e professor associado de endocrinologia da Universidade de Roma “La Sapienza”, grandes ensaios clínicos se fazem urgentemente necessários a partir de tais resultados encorajadores.
As dosagens usadas para doenças cardíacas são mais baixas do que aquelas usadas para a disfunção erétil, e os pacientes no estudo mostraram poucos efeitos colaterais. Surpreendentemente, em mais de 1600 indivíduos tratados, nenhum aumento do risco de perturbação visual foi identificado, bem como fotossensibilidade e névoa azul.
O ingrediente ativo do Viagra é o citrato de sildenafil, que é um inibidor da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5i). O inibidor bloqueia a enzima PDE5, que previne o relaxamento do tecido do músculo liso.
Os pesquisadores analisaram ensaios clínicos randomizados que foram publicados entre janeiro de 2004 e maio de 2014, escolhendo 24 populações mistas de pacientes tratados com PDE5i ou placebo. PDE5i foi dado a homens que tinham distúrbios cardiovasculares, mas que não necessariamente sofrem de impotência sexual, de acordo com Isidori.
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O estudo descobriu que o inibidor impediu o coração de mudar a forma em pacientes que sofrem de hipertrofia ventricular esquerda, uma condição que causa espessamento e ampliação do músculo cardíaco. A droga também melhorou o funcionamento do coração em pacientes com uma variedade de condições cardíacas, sem efeito sobre a pressão arterial.
De fato, os pesquisadores descobriram que a droga melhorou a eficiência quando o coração bombeava o sangue para os vasos, juntamente com o relaxamento entre batimentos. Muito poucas drogas usadas na cardiologia podem realmente afetar estes parâmetros. Por esta razão, suas implicações no tratamento e prevenção da insuficiência cardíaca são enormes.
No entanto, Isidori observa que, por tais estudos terem sido realizados exclusivamente com os homens, o próximo passo deve ser um maior ensaio sobre as mulheres.
O Dr. Robert A. Kloner , professor de medicina na divisão cardiovascular no Keck School of Medicine da USC, na Califórnia, afirma que se os resultados forem positivos, não serão surpreendentes a ele, afirmando que sempre podemos usar um novo medicamento para a insuficiência cardíaca. “Podemos sempre usar um novo medicamento para a insuficiência cardíaca.”
Kloner, co-autor do livro “Viagra: Como a droga milagrosa aconteceu e o que pode fazer por você”, afirma que esta não é a primeira vez que os cientistas pesquisam sobre o Viagra a fim de descobrirem possíveis e potenciais benefícios à saúde do coração.
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Em 1989, cientistas britânicos testaram citrato de sildenafil como uma medicação para tratar a pressão arterial elevada e angina. Na década de 1990 em ensaios iniciais da droga, os pesquisadores perceberam um efeito colateral interessante – um aumento nas ereções.
Em 1996, a empresa farmacêutica Pfizer patenteou-o como Viagra, e em apenas dois anos, os médicos tinham encomendado mais de 40.000 prescrições da nova droga maravilhosa. Quando o Viagra foi lançado, houve um grande susto, pois pensava-se que a droga poderia matar as pessoas, diz o Dr Robb D. Kociol, diretor do programa de insuficiência cardíaca no Instituto Cardiovascular do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston.
Entretanto, em todos os estudos, segundo Kociol, não foi apontado qualquer aumento nos eventos cardíacos em pacientes que fazem uso do Viagra.
Estudos anteriores sugeriram que Viagra e outros inibidores da PDE5 podem ter benefícios para insuficiência cardíaca, diminuindo a resistência da artéria pulmonar e fornecendo efeitos cardioprotetores em ambientes com baixo fluxo sanguíneo, de acordo com Kociol.
Segundo o doutor, tais efeitos também melhoram a tolerância ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca, e complementa dizendo que a droga pode até mesmo reduzir o tamanho de um ataque cardíaco.
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Entretanto, Kociol disse que os cientistas têm que “temperar” seu entusiasmo pois mais estudos são necessários. Por mais interessante que este artigo seja, houve resultados conflitantes, segundo o doutor.
Kociol acrescentou que os pesquisadores também precisam prestar mais atenção às diferenças entre homens e mulheres e entre grupos raciais. Algumas pesquisas anteriores sugerem que drogas como o Viagra podem interagir de forma diferente com o estrogênio, que é conhecido por ter propriedades naturalmente protetoras para o coração.
O uso de drogas de tratamento de disfunção erétil para beneficiar a saúde do o coração pode levar algumas pessoas a levantarem suas sobrancelhas, especialmente quando falamos sobre o Viagra, fazendo com que muitas delas riam e fiquem sem jeito. E por essa razão, hoje os médicos prescrevem citrato de sildenafil para hipertensão arterial pulmonar e síndrome de Raynaud, mas comercializam o mesmo medicamento por um nome diferente, o Revatio.
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O autor do estudo, Isidori, também observa que sua nova pesquisa também pode ajudar a desestimular o uso de drogas sexuais como o Viagra.
Um número significativo de sujeitos que sofrem de disfunção erétil é muito mais feliz por tomar pílulas para insuficiência cardíaca ou pressão alta do que para melhorar suas ereções, disse ele. Isso pode causar depressão e agravar ainda mais o seu estado de saúde e qualidade de vida.
A psicóloga Judy Kuriansky, da Columbia University, disse que ainda há um outro efeito colateral do Viagra para o coração: um “impulso” nas vendas. Desta forma, o homem e a mulher não têm que culpar sua impotência ou ficarem envergonhados por sua incapacidade de realizar o ato sexual.

Viagra e Risco à Saúde

O Viagra faz mal à saúde dependendo da situação. Apesar do Viagra ser indicado para indivíduos que sofrem de insuficiência cardíaca, pessoas que sofrem de outros problemas cardiovasculares e têm esse sistema mais frágil podem ser prejudicados pelo uso do Viagra, pois o medicamento aumenta bombeamento de sangue no organismo, podendo ser muito perigoso para um coração que já se encontra em estado frágil.

Mentira contra o cérebro para emagrecer


Enganar o cérebro e fazê-lo achar que a pessoa já comeu o suficiente é o objetivo perseguido por cientistas da Faculdade Imperial de Londres, no Reino Unido. Para tanto, desenvolvem um tratamento com hormônios que dariam sensação de saciedade. Com isso não haveria vontade de ingerir mais alimentos. É uma ideia sempre atraente, pois facilitaria a vida de muita gente que vive em guerra com a balança em meio a dietas permanente e até recorrem a cirurgias.  Mas será que vale a pena mesmo, será seguro, quais serão os efeitos colaterais? Sim, pois todos os medicamentos têm algum efeito.
Pílulas inibidoras de apetite não são novidades. Diferentes drogas desde os anos 50 do século passado se propõem a este efeito. Qual, então, a diferença que estes novos estudos propõem? Bom, as drogas anteriores agiam basicamente de três formas: diretamente sobre o sistema nervoso para enganar o cérebro; ou aumentando o metabolismo para eliminar todos os nutrientes não utilizados pelo organismo e aqueles que alteram absorção dos nutrientes, impedindo, por exemplo, a absorção de gorduras.
Na nova linha de estudos, os hormônios teriam o mesmo efeito que as cirurgias bariátricas, quando uma espécie de bexiga é colocada no estômago para reduzir o espaço livre e, com isso, indicar para o cérebro que já se ingeriu alimento bastante. É uma técnica que tem tido sucesso na maior parte das vezes e que se espalhou  por todo o mundo. A sacada dos pesquisadores foi identificar que nesse processo o organismo daqueles submetidos à cirurgia produzia três hormônios (GLP-1, OXM e PYY) que levavam ao cérebro a mensagem da saciedade.
 
O passo seguinte foi isolá-los e testá-los em seus pacientes,  para tentar precisar qual o papel desses hormônios na perda de peso. O objetivo segundo os pesquisadores foram alcançados, mas os estudos ainda prosseguem.
Vamos aguardar para verificar qual é a real eficácia desse novo tratamento e quais serão suas restrições. Vale lembrar que há no Brasil uma verdadeira corrida por cirurgias bariátricas, com crescimento em torno de 10% anuais, atualmente são 72 mil cirurgias por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e simultaneamente também não param de subir os números dos brasileiros acima do peso, em 2012, foram 48,5%, com problemas que extrapolam para diabetes, doenças cardíacas ou câncer, por exemplo.
De qualquer forma, a prevenção contra a obesidade é o melhor caminho, com a adoção de uma dieta balanceada, com alimentos saudáveis e a prática de exercícios físicos regulares. Para a pandemia de obesidade que atinge grande parte do planeta não podemos esperar soluções milagrosas.

Transforme seu Cérebro, transforme sua Vida

Transforme seu Cérebro, transforme sua Vida
- Um programa Avançado para vencer a Ansiedade, a Depressão, a Obsessividade, a Raiva e a ImpulsividadeEscrito por: Daniel G. Amen

Você entra em pânico quando entra em uma sala cheia de pessoas que não conhece? Você tem os mesmos pensamentos negativos frequentemente? Você se distrai facilmente e não consegue finalizar um projeto? Você perde as estribeiras com seu parceiro sem uma boa razão? Você tem dificuldades para estabelecer ligações significativas com outras pessoas? Se você tem lutado, sem sucesso, para vencer problemas como esses, talvez precise saber um pouco mais sobre o funcionamento do seu cérebro e o poder que ele exerce sobre seu comportamento.
Como você pode "otimizar" seu cérebro para alcançar seu potencial total. Usando nova tecnologia de retratação do cérebro (escaneamento por computador), como as ligações elétricas do seu cérebro podem afetar seus pensamentos e suas emoções.  Quais sistemas cerebrais estão associados a problemas específicos, fornece detalhadas listas de checagem para ajudar a identificar seus problemas, e oferece "receitas para o cérebro" bastante simples (exercícios cognitivos, nutrição, medicação e mais) para ajudar a realmente melhorar a função cerebral e curar cada problema.
Muitas das dificuldades associadas à ansiedade, depressão, preocupação excessiva, raiva e distração estão relacionadas a esses cinco sistemas do cérebro e qualquer falha em seu funcionamento pode afetar drasticamente seu comportamento. Porém, se você sempre acreditou que teria de conviver com isso o resto da vida, ficará espantado com as imagens de antes e depois do cérebro de alguns dos milhares de pacientes tratados com sucesso, prova visual de que o tratamento certo pode ajudá-lo. Você certamente não precisa deste exame específico para entender a base de seu problema ou implementar a solução correta, mas essas imagens impressionantes irão inspirá-lo a promover mudanças significativas e efetivas.
Quando seu cérebro não funciona direito, você não consegue funcionar direito. Com seu programa fácil de seguir e evidência irrefutável, de que você pode de fato retreinar seu cérebro para que ele funcione melhor, este livro pioneiro o ajudará a promover mudanças duradouras.
DANIEL G. AMEN

Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA)

DDA


A síndrome do Déficit de Atenção com Hiperatividade, também chamado de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) é uma condição crônica que afeta milhões de crianças e que frequentemente continua durante a vida adulta.
Pessoas com DDA geralmente apresentam desatenção, inquietude e impulsividade.
Crianças com essa condição podem possuir a auto estima baixa, ter dificuldades em se relacionar e baixo rendimento escolar.
O tratamento pode ajudar a melhorar os sintomas, porém não oferece cura total. O diagnóstico precoce pode potencializar o tratamento.
Os sintomas começam antes dos 12 anos, em alguns casos sendo perceptíveis a partir dos 3 anos de idade. Eles podem variar entre brando, moderado e severo.

Os três subtipos de DDA:

– Predominantemente desatento.
– Predominantemente hiperativo-impulsivo.
– Combinado. A forma mais frequente de DDA combina os sintomas de desatenção e hiperativismo-impulsivo.

Causas:

– Hereditariedade. O DDA pode ser herdado.
– Ambiente. Certos fatores do meio podem causar DDA, como exposição ao chumbo.
– Formação. Problemas no sistema nervoso central durante a fase de crescimento podem causar DDA.
O parto prematuro e o consumo de drogas durante a gravidez podem agravar a condição.
Crianças com DDA estão mais propensas a desenvolver outras condições como ansiedade e transtornos bipolares.
A síndrome de déficit de atenção em adultos pode causar dificuldades para se conseguir emprego, problemas com a lei e transtornos sociais.
O tratamento inclui remédios, treinamento comportamental e acompanhamento psicológico.

Estilo de vida e dicas para o dia a dia:

– Faça uma lista diária com prioridades.
– Tenha um diário.
– Siga uma rotina e mantenha os objetos pessoais em lugares específicos.
– Peça ajuda.
Explique sua condição para familiares, amigos e colegas de trabalho. Suas relações podem melhorar.
FONTE:MAYOCLINIC.

Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA)

O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.
O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos. A propósito, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.
Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal.
Quanto mais você tenta, pior fica
A pesquisa mostrou que quanto mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, pior para elas. A atividade no córtex pré-frontal, na verdade, desliga, ao invés de ligar. Quando um pai, professor, supervisor ou gerente põe mais pressão na pessoa que tem DDA, para que ela melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente. Muitas vezes, quando isso acontece, o pai, o professor ou chefe interpretam o ocorrido como um decréscimo de performance, ou má conduta proposital, e daí surgem problemas sérios. Um homem com DDA de quem eu tratei disse-me que sempre que seu chefe o pressionava para que fizesse um trabalho melhor, seu desempenho piorava muito, ainda que estivesse tentando melhorar. A verdade é que quase todos nós nos saímos melhor com elogios. Eu descobri que isso é essencial para pessoas com DDA. Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtiva. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com DDA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com DDA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranquilos.
Pequeno âmbito de atenção
Um âmbito de atenção pequeno é a identificação desse distúrbio. Pessoas que sofrem de DDA têm dificuldade de manter a atenção e o esforço durante períodos de tempo prolongados. Sua atenção tende a vagar e frequentemente se desligam da tarefa, pensando ou fazendo coisas diferentes da tarefa a ser realizada. Ainda assim, uma das coisas que muitas vezes enganam clínicos inexperientes ao tratar desse distúrbio é que as pessoas com DDA não têm um âmbito pequeno de atenção para tudo. Frequentemente, pessoas que sofrem de DDA conseguem prestar muita atenção em coisas que são bonitas, novas, novidades, coisas altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. Essas coisas oferecem uma estimulação intrínseca suficiente a ponto de ativarem o córtex pré-frontal, de modo que a pessoa consiga focalizar e se concentrar. Uma criança com DDA pode se sair muito bem em uma situação interpessoal e desmoronar completamente em uma sala de aula com 30 crianças. Meu filho que tem DDA, por exemplo, costumava levar quatro horas para fazer um dever de casa que levaria meia hora, muitas vezes se desligando da tarefa. Mas se você lhe der uma revista sobre estéreo de carros, ele a lê rapidamente de cabo a rabo e se lembra de cada detalhe. Pessoas com DDA têm dificuldade em prestar atenção por muito tempo em assuntos longos, comuns, rotineiros e cotidianos, como lição de casa, trabalho de casa, tarefas simples ou papelada. O terreno é terrível e uma opção nada desejável para elas. Elas precisam de excitação e interesse para acionar suas funções do córtex pré-frontal.
Muitos casais adultos me dizem que, no começo de seu relacionamento, o parceiro com DDA adulto conseguia prestar atenção à outra pessoa durante horas. O estímulo de um novo amor ajudava-o a se concentrar. Mas quando a "novidade" e a excitação do relacionamento começavam a diminuir (como acontece com quase todos os relacionamentos), a pessoa com DDA tinha muito mais dificuldade em prestar atenção e sua capacidade de escutar falhava.
Distração
Como já mencionei acima, o córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que você possa se concentrar. Quando o córtex pré-frontal está com hipoatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro. A distração fica evidente em muitos locais diferentes para uma pessoa com DDA. Na classe, durante reuniões, ou enquanto ouve um parceiro, a pessoa com DDA tende a perceber outras coisas que estão acontecendo e tem dificuldade em se concentrar na questão que está sendo tratada. As pessoas que têm DDA tendem a olhar pelo quarto, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se de para onde vai a conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto. A distração e o pequeno âmbito de atenção podem também fazer com que elas levem muito mais tempo para completar seu trabalho.
Impulsividade
A falta de controle do impulso faz com que muitas pessoas que têm DDA se metam em enrascadas. Elas podem dizer coisas inadequadas para os pais, amigos, professores, outros empregados, ou clientes. Uma vez eu tive um paciente que foi despedido de 13 empregos, porque tinha dificuldade em controlar o que dizia. Ainda que realmente quisesse manter vários dos empregos, de repente punha para fora o que estava pensando, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Decisões mal pensadas são ligados à impulsividade. Em vez de pensar bem no problema, muitas pessoas que sofrem de DDA querem uma solução imediata e acabam agindo sem pensar. De modo similar, a impulsividade faz com que essas pessoas tenham dificuldade de passar pelos canais estabelecidos do trabalho. Elas frequentemente vão direto ao topo para resolver os problemas, em vez de seguir o sistema. Isso pode causar ressentimento dos colegas e supervisores imediatos. A impulsividade pode também levar a condutas problemáticas como mentir (diz a primeira coisa que vem a cabeça), roubar, Ter casos e gastar em excesso. Eu tratei de muitas pessoas com DDA que sofriam da vergonha e da culpa oriundas desses comportamentos.
Nas minhas palestras costumo frequentemente perguntar ao público: "Quantas pessoas aqui são casadas?". Uma grande porcentagem da platéia levanta as mãos. Depois eu pergunto: "É útil dizer tudo o que pensa em seu casamento?". O público ri, porque todos sabem a resposta. "Claro que não", eu continuo. "Os relacionamentos requerem tato." Mesmo assim, devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, muitas pessoas que têm DDA dizem a primeira coisa que vem à mente. E, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento inteiro."
A busca do conflito
Muitas pessoas que sofrem de DDA inconscientemente buscam o conflito como uma maneira de estimular seu próprio córtex pré-frontal. Eles não sabem que fazem isso. Não planejaram fazer isso. Negam que fazem isso. E ainda assim o fazem. A relativa falta de atividade e estímulo do córtex pré-frontal anseia por mais atividade. Entrar em hiperatividade, desassossego, e ficar cantarolando são formas de auto estimulação. Outro modo de as pessoas com DDA "tentarem ligar seus cérebros" é provocando confusão. Se elas conseguem que seus pais ou cônjuges tornem-se agitados ou gritem com elas, isso pode aumentar a atividade de seus lobos frontais e ajudá-las a sentirem-se mais sintonizadas. Novamente este não é um fenômeno consciente. Mas parece que muitas pessoas que têm DDA ficam viciadas em confusão.
Uma vez tratei de um homem que ficava quieto atrás de um canto de sua casa e pulava de repente para assustar sua esposa na hora em que ela fosse entrar. Ele gostava da mudança que obtinha com os gritos dela. Infelizmente para sua esposa, ela ficou com arritmia, devido aos sustos repetidos. Tratei de muitos adultos e crianças com DDA que pareciam sentir-se motivados fazendo seus animais de estimação ficar bravos, fazendo brincadeiras irritantes ou provocando-os.
Os pais de crianças com DDA comumente relatam que seus filhos são peritos em deixá-los bravos. Uma mãe me contou que, quando ela acorda de manhã, ela promete que não vai gritar nem ficar brava com seu filho de oito anos. Ainda assim, invariavelmente, na hora que ele vai para escola, já ouve pelo menos três brigas e os dois se sentem péssimos. Quando expliquei à mãe sobre a necessidade inconsciente que a criança tem de estimulação, ela parou de gritar com ele. Quando os pais param de oferecer estimulação negativa (gritos, surras, sermões, etc), diminui o comportamento negativo dessas crianças. Sempre que você se sentir como esses pais, pare e fale o mais suavemente que possa. Desse modo, você está ajudando seu filho a largar o vício de arranjar confusão e ao mesmo tempo colaborando para baixar sua própria pressão sanguínea.
Outra conduta de auto estimulação comum em pessoas que têm DDA é se preocupar com ou se concentrar em problemas. O tumulto emocional gerado pela preocupação ou por estar aborrecido produz agentes químicos de estresse, que mantêm o cérebro ativo. Uma vez tratei de uma mulher que tinha depressão e DDA. Ela começava cada sessão me dizendo que iria se matar. Ela percebia que isso me deixava ansioso e parecia gostar de me dar os detalhes mórbidos de como o faria. Depois de conhecê-la bem, eu lhe disse: "Pare de falar em suicídio. Eu não acredito que você vá se matar. Você ama seus quatro filhos e não posso acreditar que os abandonaria. Acho que você usa essa conversa como uma maneira de criar agitação. Sem que você saiba, seu DDA faz com que você brinque de ‘Vamos criar um problema’. Isso estraga qualquer alegria que você possa Ter em sua vida". No começo, ela ficou muito zangada comigo (outra fonte de conflito, eu disse a ela), mas confiava em mim o suficiente para, no mínimo, observar seu próprio comportamento. Diminuir sua necessidade de criar caso tornou-se o foco maior da psicoterapia.
Um problema significativo do uso da raiva, tumulto emocional e emoção negativa para auto estimulação é isso que é danoso ao sistema imunológico. Os altos níveis de adrenalina produzidos pelo comportamento direcionado ao conflito diminuem a eficácia do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à doença. Eu vi provas dessa deficiência muitas e muitas vezes, na conexão entre o DDA e infecções crônicas e na maior incidência de fibromialgia, dor muscular crônica que se considera associada à imunodeficiência.
Muitas pessoas que têm DDA tendem a se meter em brigas constantes com uma ou mais pessoas, em casa, no trabalho ou na escola. Elas parecem escolher inconscientemente pessoas que são vulneráveis e travam batalhas verbais com elas. Muitas mães de filhos com DDA me disseram que tinham vontade de fugir de casa. Elas não aguentavam o tumulto constante de suas relações com as crianças com DDA. Muitas crianças e adultos com DDA têm tendência de deixar os outros sem graça por pouca ou nenhuma razão, o que consequentemente faz com que suas "vítimas" se distanciem deles e isso pode resultar em isolamento social. Elas podem ser os palhaços da classe na escola, ou os espertinhos no trabalho. Witzelsucht é o termo que a literatura da neuropsiquiatria usa para caracterizar "o vício em fazer brincadeiras de mau gosto". Esse vício foi descrito inicialmente em pacientes que tinham tumores no lobo frontal, especialmente do lado direito.
Desorganização
Desorganização é outro marco importante do DDA. A desorganização inclui tanto o espaço físico, como salas, escrivaninhas, malas, gabinetes de arquivo e armários, quanto o tempo. Frequentemente quando se olha para as áreas de trabalho de pessoas com DDA, é admirar que possam trabalhar ali. Elas tendem a Ter muitas pilhas de "coisas"; a papelada é algo que frequentemente elas têm muita dificuldade de organizar; e parece que têm um sistema de arquivo que só elas podem entender (e mesmo assim só nos dias bons). Muitas pessoas com DDA têm atrasos crônicos ou adiam as coisas até o último momento. Eu tive vários pacientes que compraram sirenes de companhias de segurança para ajudá-los a acordar. Imagine o que deviam pensar os vizinhos! Essas pessoas também tendem a perder a noção do tempo, o que contribui para que se atrasem.
Começam muitos projetos, mas terminam poucos
A energia e o entusiasmo de pessoas com DDA muitas vezes as leva a começar muitos projetos. Infelizmente, pelo fato de serem distraídas e dado o seu pequeno âmbito de atenção, prejudicam sua capacidade de completá-los. Um gerente de uma estação de rádio me disse que ele começara cerca de 30 projetos especiais no ano anterior, mas havia completado uns poucos apenas. Ele me disse: "Estou sempre voltando para eles, mas tenho novas ideias que acabam atrapalhando". Também tratei de um professor que me disse que, no ano anterior ao que veio me consultar, ele começara 300 projetos diferentes. Sua esposa terminou seu pensamento dizendo que ele completara somente três.
Mau humor e pensamento negativo
Muitas pessoas com DDA tendem a ser mal-humoradas, irritadiças e negativas. Como o córtex pré-frontal está pouco ativo, ele não pode moderar totalmente o sistema límbico, que fica hiperativo, levando a problemas no controle do humor. De outro modo sutil, como já mencionado, muitas pessoas com DDA preocupam-se com ou ficam super concentradas em pensamentos negativos, como uma forma de auto estimulação. Se não conseguem arrumar confusão com os outros no meio ambiente, buscam isso dentro de si mesmas. Elas frequentemente têm uma atitude do tipo "o mundo está acabando", o que as distancia dos outros.
Antes o DDA era considerado um distúrbio de garotos hiperativos que o superariam antes da puberdade. Sabemos agora que a maioria das pessoas que têm DDA não supera os sintomas do distúrbio e que este, frequentemente, ocorre em meninas e mulheres. Calcula-se que o DDA afete 17 milhões de norte-americanos.
LISTA DE CHECAGEM DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
Aqui está uma lista de checagem do córtex pré-frontal. Por favor, leia essa lista de comportamentos e classifique-se (ou à pessoas que você estiver avaliando) em cada comportamento catalogado. Use a escala e coloque o número apropriado ao lado do item. Cinco ou mais sintomas com a nota 3 ou 4 indicam grande probabilidade de problemas no córtex pré-frontal.
0 = nunca
1 = raramente
2 = ocasionalmente
3 = freqüentemente
4 = muito freqüentemente
___1. Incapacidade de prestar atenção a detalhes ou evitar erros por falta de cuidado
___2. Problema em manter a atenção em situações de rotina (dever de casa, tarefas, papelada, etc.)
___3. Dificuldade em ouvir
___4. Incapacidade de terminar coisas, seguimento insuficiente
___5. Falha na organização de tempo e espaço
___6. Distração
___7. Pouca habilidade de planejamento
___8. Falta de objetivos definidos ou de pensar no futuro
___9. Dificuldade em expressar os sentimentos
___10. Dificuldade em expressar solidariedade pelos outros
___11. Excessivo sonhar acordado
___12. Tédio
___13. Apatia ou falta de motivação
___14. Letargia
___15. Sentimento de vazio de estar "em uma neblina"
___16. Desassossego ou dificuldade de ficar parado
___17. Dificuldade de permanecer sentado em situações em que se espera que a pessoa fique sentada
___18. Busca de conflito
___19. Falar demais ou de menos
___20. Dar rápido a resposta, antes de as perguntas terem sido completadas
___21. Dificuldade em esperar sua vez
___22. Interrupção dos outros ou intromissão (por exemplo: meter-se em conversas ou jogos)
___23. Impulsividade (dizer ou fazer coisas sem pensar antes)
___24. Dificuldade de aprender pela experiência, tendência para cometer erros repetitivos
RECEITA CPF 8:
NÃO SEJA O ESTIMULANTE DE OUTRA PESSOA
Como eu já mencionei, muitas pessoas com problemas no córtex pré-frontal tendem a procurar conflito para estimular seu cérebro. É de máxima importância que você não alimente a tormenta, mas, pelo contrário, deixe-a passar fome. Quanto mais alguém com esse padrão inadvertidamente tenta deixá-lo aborrecido ou bravo, mais você precisa ficar quieto, calmo e firme. Eu ensino os pais de filhos com DDA a deixar de gritar. Quanto mais eles gritam e aumentam a intensidade emocional na família, mais as crianças vão procurar confusão. Eu também ensino irmãos e cônjuges a manter a voz baixa e uma conduta calma. Quanto mais a pessoa com DDA tentar tumultuar a situação, menos intensa deve ser a reação do outro.
É fascinante mostrar como essas receitas funcionam. Em geral, as pessoas que buscam conflitos estão acostumadas a conseguir que você se aborreça. Elas conhecem perfeitamente todos os seus pontos emocionais frágeis, e os cutucam com regularidade. Quando você começa a negar-lhes o drama e a adrenalina (reagindo menos e de modo mais calmo em situações de estresse), essas pessoas inicialmente reagem muito negativamente, quase como se estivessem com uma crise de abstinência de droga. Na verdade, quando você fica mais calmo pela primeira vez, elas podem até tentar piorar as coisas, a curto prazo. Mantenha-se firme e elas vão melhorar a longo prazo.
  • Não grite.
  • Quanto mais a voz dela aumenta, mais sua voz deve diminuir.
  • Se você sente a situação começar a sair do controle, dê um tempo. Dizer que você precisa ir ao banheiro pode ser uma boa receita. Provavelmente a pessoa não vai tentar impedi-lo. Pode ser uma boa ideia Ter um livro grosso em mãos, caso a pessoa esteja realmente transtornada e você precise se afastar por um longo período.
  • Use de humor (mas não humor sarcástico ou bravo) para apaziguar a situação.
  • Seja um bom ouvinte.
  • Diga que você quer entender e trabalhar a situação, mas só pode fazer isso quando as coisas estiverem tranquilas.
RECEITA CPF 10:
OBSERVE A NUTRIÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
A intervenção nutritiva pode ser especialmente útil nessa parte do cérebro. Durante anos recomendei uma dieta alta em proteínas e baixa em carboidratos, relativamente de pouca gordura para meus pacientes com DDA. Essa dieta tem um efeito estabilizador nos níveis de açúcar no sangue e ajuda tanto no nível de energia quanto na concentração. Infelizmente, a grande dieta norte-americana é cheia de carboidratos refinados, que tem um efeito negativo nos níveis de dopamina no cérebro e na concentração. Com ambos os pais trabalhando fora de casa, há menos tempo para preparar refeições saudáveis e refeições fast-food tornaram-se mais comuns. O café da manhã de hoje consiste tipicamente de alimentos que têm muitos carboidratos simples, como waffles congelados ou panquecas. Tortas, bolinhos, doces e cereais. A salsicha e os ovos foram deixados de lado em muitas casas, devido à falta de tempo e à ideia de que a gordura faz mal. Ainda que seja importante ser cuidadoso na ingestão de gordura, o café da manhã antigo não é uma ideia tão má para as pessoas que têm DDA ou outros estados onde a dopamina seja insuficiente.
As melhores fontes de proteína que eu recomendo são as carnes magras, ovos, queijos magros, nozes e legumes, que ficam mais equilibradas com uma porção saudável de vegetais. Um café da manhã ideal consiste de uma omelete com queijo magro e carne magra, como a de frango. Um almoço ideal consiste de atum, frango ou salada de peixe fresco, com legumes mistos. Um jantar ideal contém mais carboidratos, para equilibrar a refeição com carne magra e legumes. Eliminar açucares simples (como nos bolos, doces, sorvetes e guloseimas) e carboidratos simples, que são prontamente quebrados em açúcar (como pão, massa, arroz e batatas), terá um impacto positivo no nível de energia e aquisição de conhecimento. Essa dieta ajuda a elevar os níveis de dopamina no cérebro. É importante observar, no entanto, que essa dieta não é ideal para pessoas com problemas no cíngulo ou de concentração excessiva, que geralmente se originam de uma relativa deficiência de serotonina. Os níveis de serotonina aumenta, a dopamina tende a decrescer e vice-versa.
Suplementos nutritivos podem também surtir efeito positivo nos níveis de dopamina do cérebro e melhoram o foco e a energia. Eu frequentemente faço meus pacientes tomar uma combinação de tirosina (500 a 1.500 miligramas duas ou três vezes ao dia); sementes de uva OPC (oligomeric procyanidius) ou casca de pinho, encontradas em lojas de produtos naturais (meio miligrama por quilo do peso do corpo); e gingko biloba (60 a120 miligramas duas vezes ao dia). Esses suplementos ajudam a aumentar o fluxo de dopamina e o fluxo sanguíneo no cérebro e muitos dos meus pacientes relatam que eles ajudam na energia, na concentração e no controle de impulso. Se quiser tentar esses suplementos, fale com seu médico.
RECEITA CPF 11:
TENTE O FOCO MOZART
Um estudo controlado descobriu que ouvir Mozart ajudava crianças com DDA. Rosalie Rebollo Pratt e colegas estudaram 19 crianças com DDA, entre os sete e dezessete anos. Eles tocavam discos de Mozart para as crianças, três vezes por semana, durante sessões de biofeedback de ondas cerebrais. Eles colocavam o 100 Masterpieces , volume 3, que incluía o Concerto para Piano n.º 21 em dó, O Casamento de Fígaro , o Concerto para Flauta n.º 2 em lá, Don Giovanni e outros concertos e sonatas. O grupo que ouvia Mozart reduzia sua atividade de ondas cerebrais teta (ondas lentas que são frequentemente excessivas no DDA) ao ritmo exato do compasso subjacente da música; e exibia melhora de concentração e controle de humor, diminuindo a impulsividade e aumentando a habilidade social. Entre os sujeitos que melhoraram, 70 por cento mantiveram essa melhora seis meses depois do fim do estudo e sem treinamento posterior. (Estas descobertas foram publicadas no International Journal of Arts Medicine, 1995.)
Do livro: Transforme seu cérebro, transforme sua vida .
Daniel G. Amen, M.D. - Editora Mercuryo

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