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11.25.2017

Atenção paneleiros que pediram a saida da presidenta Dilma

Preço médio da gasolina supera R$4 o litro, novo recorde

Foi o 3º recorde semanal consecutivo dos preços da gasolina no país, após a Petrobras ter aumentado os valores do combustível vendido às distribuidoras


Rio de Janeiro – O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis subiu 1,4 por cento nesta semana frente à semana anterior, atingindo uma nova máxima no Brasil acima de 4 reais o litro, apontou levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.
O preço da gasolina atingiu uma média de 4,023 reais por litro, ante 3,966 reais na semana passada, segundo pesquisa semanal da agência reguladora.
Foi o terceiro recorde semanal consecutivo dos preços da gasolina no país, após a Petrobras ter aumentado os valores do combustível vendido às distribuidoras, ao todo, em 2,6 por cento nesta semana, segundo cálculos do Goldman Sachs.
“Desde a revisão de sua política de preços de combustível doméstico anunciada em 29 de junho, a Petrobras implementou um aumento acumulado de 24 por cento no diesel e um aumento de 23,2 por cento nos preços da gasolina”, disse o banco.
A política da Petrobras busca seguir de perto as cotações internacionais do petróleo, que nesta sexta-feira atingiram uma máxima de mais de dois anos nos Estados Unidos.
As variações dos preços da petroleira estatal não necessariamente impactam imediatamente os preços nos postos de combustíveis, uma vez que o repasse depende da cadeia de distribuição e vendas.
A gasolina tem renovado máximas nominais (sem considerar a inflação) nas bombas em uma série histórica da ANP iniciada em 2013, impulsionada também pela decisão do governo federal de elevar tributos dos combustíveis (PIS/Cofins) no fim de julho.
Segundo a pesquisa da ANP, a cotação do diesel nos postos brasileiros registrou alta semanal de 1 por cento, para 3,03 reais por litro, na média.
No caso do etanol hidratado, concorrente da gasolina no Brasil, houve avanço de quase 2 por cento, para 2,812 reais por litro.
A alta nos preços do etanol também tem beneficiado as empresas do setor sucroalcooleiro, que elevaram o volume de cana para a produção do biocombustível.
Isso tem tido reflexos nas cotações internacionais do açúcar, uma vez que o Brasil, maior produtor global do adoçante, tem contado com menor oferta de cana para produzir essa commodity.
O açúcar bruto na bolsa de bolsa de Nova York atingiu uma máxima de seis meses, nesta sexta-feira.

Como eu posso te ajudar a ser feliz?


Cuidadores e profissionais de saúde podem e devem apoiar o paciente em sua jornada em busca da felicidade




Como eu posso te ajudar a ser feliz? Esta deveria ser a primeira pergunta de uma consulta médica. Eu já tentei colocar o primeiro encontro com um paciente neste patamar, mas os resultados não foram tão bons quanto eu esperava. Talvez pelo fato de eu entrar quase sempre pela porta que todo mundo quer manter fechada – a da doença, do sofrimento e da morte –, eu não sou compreendida na minha inquietude mais visceral: como eu, como médica, como profissional de saúde, posso apoiar meu paciente na jornada dele em busca da felicidade?

O que é felicidade?

Percebo claramente que a noção de felicidade é aquela que te permite se conectar verdadeiramente e amorosamente com você, com o outro, com o universo e até com Deus. A felicidade é a nossa melhor versão do “sagrado” humano que nos habita. Não poderia resumir felicidade em apenas um sentimento alegre.
Muitas vezes, a felicidade se dá em um momento que você se dá conta que você é maior que os seus desafios, isto é, que você está pronto para esse desafio. Daí minha inquietude diante de uma pessoa que se coloca disposta a receber meus cuidados – no que eu posso ajudar para que a conexão dela com ela mesma seja alcançada? No que eu posso ajudar, utilizando meu conhecimento, para que esta pessoa seja feliz? Como não deu certo começar com a pergunta completa, eu a resumi: Olá! No que eu posso te ajudar?

Presença e conexão

Aí, sim. Funcionou. Funciona! Na maioria das vezes, temos algo errado acontecendo conosco quando procuramos um médico. E a nossa expectativa é que a medicina saiba como consertar o que não funciona. Não importa se é um profissional de saúde, um cuidador profissional ou cuidador familiar. Para ajudar de verdade alguém que precisa ser cuidado, é necessário saber estar presente.
O estado de presença contribui para a conexão, a conexão é experimentada e aí temos espaço para a felicidade chegar. A conexão acontece quando permanecemos em “estado meditativo” na maior parte do tempo, onde você está presente com seu sentimento, pensamento, voz e corpo e atitudes, tudo no mesmo lugar, como num alinhamento planetário. Aí eu escuto, escuto. Sorrio, escuto. E depois eu toco, examino, sinto, percebo. E então eu falo. E sou ouvida com o meu maior propósito presente nas entrelinhas.
Vou fazer tudo o que sei para ajudar a controlar sua pressão, seu colesterol, seu diabetes, sua dor, seu câncer. Posso te ajudar a entender a vida, a morte, seu medo, a doença e o sofrimento. Mas o que eu quero de verdade é que os profissionais de saúde, os cuidadores todos deste mundo entendam: o nosso maior objetivo é abrir espaço no tempo daqueles que cuidamos para que a felicidade possa vir fazer morada na vida deles.
Eu trabalho cuidando de pessoas que vivem o momento presente pelo estado da dor. Pela dor física, pela dor emocional, pela dor existencial, pela dor espiritual. Elas estão presentes nas vidas delas, mas em um momento muito difícil. Mas ainda assim, a felicidade se permite chegar em quem está disposto a recebe-la. Em qualquer tempo, em qualquer lugar, em qualquer realidade.
Então, se você cuida de alguém, experimenta no próximo encontro pensar algo assim na hora da despedida: “Até que eu te veja de novo, desejo que você seja muito feliz.



Glesi desabafa: onde há um ato meu de corrupção?

Medicamento reduz em 56% o risco de fratura por osteoporose

Um estudo inédito mostrou que o a teriparatida é mais eficaz que o risedronato ao reduzir o risco de novas fraturas em pacientes com osteoporose grave



Um novo estudo mostrou que a teriparatida, medicamento que atua no mecanismo de formação do osso, reduz em mais da metade o risco de fraturas vertebrais em mulheres com osteoporose grave. A pesquisa inédita publicada recentemente no periódico científico The Lancet comparou, pela primeira vez, a eficácia da teriparatida com a do risedronato na prevenção de fraturas em mulheres com osteoporose grave na pós-menopausa.
A teriparatida é o único medicamento contra a osteoporose que atua na produção de osteoblasto, célula responsável pela formação do osso. Já o risedronato faz parte da classe dos bifosfonatos e atua no combate à ação do osteoclasto, célula que atua na degradação da estrutura óssea.

Estudo

No estudo, que foi realizado com pacientes de mais de 14 países, incluindo o Brasil, 1.360 mulheres, com mais de 45 anos e osteoporose grave (que já apresentavam fratura óssea) na pós-menopausa, foram dividas em dois grupos: o primeiro recebeu injeções diárias de teriparatida e o segundo, um comprimido de risedronato por dia, ao longo de dois anos.
A superioridade da eficácia da teriparatida já foi observada nos primeiros 12 meses de tratamento, com uma queda de 48% na incidência de fraturas vertebrais, o tipo mais comum em pacientes com osteoporose. Após 24 meses, essa taxa subiu para 56%. Houve também uma diminuição de 54% na incidência de fraturas vertebrais novas e agravadas, e redução em 52% na incidência de fraturas clínicas (quando há dor).
“Esses resultados são importantes porque uma fratura por fragilidade aumenta em oito vezes o risco de uma segunda fratura e agora os médicos sabem que há uma opção eficaz para reduzir essa probabilidade”, diz Cristiano Zerbini, reumatologista do hospital Sírio Libanês, diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica e co-autor do estudo.
Entre as participantes do estudo, cerca de 70% já haviam sido tratadas com pelo menos uma medicação da classe dos bifosfonatos e 10% tinham feito tratamento com cortisona – anti-inflamatório que pode induzir à osteoporose. “Pela primeira vez, um estudo randomizado mostra evidências da superioridade de um agente formador de osso, sobre uma medicação antirreabsortiva. A teriparatida foi bem superior ao risedronato inclusive em pacientes com risco aumentado e já submetidas a tratamento prévio com bifosfonatos. “.

Estrutura óssea

Os ossos são tecidos vivos que atingem seu pico de desenvolvimento por volta dos 20 anos. “Nós fazemos o nosso esqueleto até os 30 anos, mas mais de 90% dele é formado até os 20. Dos 30 aos 45 anos, inicia-se o processo de desgaste, mas nessa fase, tudo o que é tirado é reposto. A partir dos 45 anos, incia-se a perda da massa óssea, que gira em torno de 0,5% ao ano.”, explica o médico.
Portanto, o processo de desgaste ósseo é natural. O problema é que, nas mulheres, a perda de estrogênio característica da menopausa acelera bruscamente esse processo. “O estrógeno é um grande defensor do esqueleto e na menopausa a mulher perde essa proteção. Isso significa que após a menopausa, algumas podem perder entre 3% e 4% de massa óssea ao ano”, afirma o reumatologista.

Osteoporose

Se a perda de massa óssea em qualquer lugar do corpo atingir 25% esse lugar estará osteoporoso, ou seja, sujeito à fratura. O problema é que a fase inicial da doença é assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce.A úncia forma de avaliar é através da sensitometria óssea, exame que avalia a densidade óssea corporal.
Os primeiros sinais de que há algo errado aparecem somente em estágio mais avançado e os mais comuns são: dores nas costas, ombros caídos, abdômen saliente, entre outros. Portanto, a recomendação é de que haja uma avaliação rápida com a realização de exames e adequação de mudanças de hábitos para melhorar a qualidade de vida, evitando as temidas fraturas.
Embora o desgaste ósseo não possa ser interrompido completamente, algumas medidas contribuem para retardar esse processo e prevenir fraturas. São elas: ingestão adequada de cálcio na dieta (leite e seus derivados são a principal fonte do nutriente), tomar pelo menos 15 minutos de sol diariamente para ativação da vitamina D (responsável pela fixação do cálcio nos ossos), realização atividade física (músculos fortes protegem o osso contra fraturas), e evitar fumar e excesso de bebida alcoólica.
No Brasil, a osteoporose afeta cerca de 10 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a Fundação Internacional contra a Osteoporose (IOF, na sigla em inglês), um terço das mulheres e um quinto dos homens acima dos 50 anos apresentarão fratura relacionada à osteoporose. Dados da entidade também revelam que a fratura de quadril, considerada a mais séria, causa a morte de cerca de um quinto dos pacientes, no primeiro ano após o incidente.

Cheirar cacau em pó: a nova moda nas baladas

Hábito cada vez mais comum em festas para dar 'barato' cresce entre jovens europeus e americanos. Embora liberado, o consumo pode fazer mal ao organismo


No auge da festa, um jovem de seus 20 e poucos anos tira um pacotinho da bolsa e espalha um pó marrom-escuro sobre o balcão do bar lotado. Debruça-se sobre a substância e a inala com força. Volta para a pista pleno de energia e felicidade, efeito que dura meia hora, talvez um pouco mais. A cena se tornou comum nas raves, as festas eletrônicas que varam a madrugada, na Europa e nos Estados Unidos. O que se anda cheirando é o cacau em pó, em busca do “barato”. O efeito é real, atestam os consumidores. No Brasil, o movimento ainda é incipiente.
O fruto moído desencadeia uma onda de substâncias na corrente sanguínea, aumentando a sensação de euforia e bem-estar. Esses efeitos são atribuídos principalmente a dois compostos químicos. O mais abundante deles é a teobromina, que tem ação semelhante à da cafeína, substância com propriedade psicoativa. É ela que confere o estado excitatório. Isso ocorre porque é um vasodilatador, e faz acelerar o fluxo sanguíneo. O segundo composto poderoso é a feniletilamina, que estimula o cérebro a produzir endorfina, também associada à sensação de prazer. Os usuários celebram os resultados do pó de cacau, a principal matéria-prima do chocolate, e glorificam o fato de ser um alimento natural, encontrado em qualquer supermercado e vendido livremente — não seria, portanto, uma droga ilegal. De fato não é, mas os danos podem ser relevantes e merecem olhar cuidadoso.

Asma e DPOC: entenda o que acontece no pulmão e as diferenças entre as duas doenças

A asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), são doenças que diminuem
 consideravelmente a qualidade de vida de quem não sabe que tem a doença e não 
segue o tratamento correto. Para entender as principais diferenças entre as duas
 doenças, é importante entender o que acontece dentro do pulmão.



Ambas acometem o pulmão, são doenças crônicas e diminuem 
consideravelmente a qualidade de vida de quem que não sabe 
que tem a doença e não segue o tratamento correto. A asma 
e a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) possuem 
sintomas parecidos, mas são doenças distintas e com 
particularidades que devem ser identificadas e tratadas de forma
 individual para garantir o melhor tipo de tratamento para cada paciente.

Para entender as principais diferenças entre as duas doenças, 
é importante entender o que acontece dentro do pulmão. Na asma, 
os brônquios, que são tubos que levam o ar para dentro dos pulmões,
 ficam inflamados por conta de diversos fatores, que podem ser genéticos
 – histórico familiar de alergias respiratórias como a própria asma ou rinite,
 e fatores ambientais, como exposição à poeira, ácaros, fungos, pólens, 
pelos de animais e fumaça de cigarro, entre outros fatores. A asma é uma 
das condições respiratórias crônicas mais comuns no Brasil, acometendo 4
cerca de 20 milhões de pessoas segundo dados da SBPT
 (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia)¹.

Já a DPOC (Doença Pulmonar obstrutiva crônica), é uma doença progressiva, 
 que acomete geralmente pessoas acima dos 40 anos de idade e que dificulta
 a respiração provocando tosse, fadiga e piora progressiva da função pulmonar.
 A Dra. Angela Honda, explica que a doença pode se manifestar de duas formas.
 "A DPOC pode se manifestar em forma de bronquite crônica – que envolve 
uma tosse prolongada e muco excessivo – ou enfisema pulmonar, que 
acontece quando os alvéolos (sacos aéreos) do pulmão são afetados, 
resultando no aprisionamento do ar nos pulmões, limitando o espaço para 
a troca de ar" afirma a especialista.

Fatores de risco e tratamento

O tabagismo é responsável por cerca de 85% dos casos de DPOC,
 segundo dados do DATASUS, banco de dados do Sistema 
Único de Saúde. No entanto, a poluição, exposição a determinados
 gases e fumaça de fogão à lenha e o fumo passivo também são fatores de risco
 para a doença. Ainda segundo o DATASUS, estima-se que a doença atinja mais
 de 7 milhões de pessoas no país, e desse montante, apenas 12% são
 diagnosticados corretamente².

A evolução silenciosa é uma das principais características da doença. 
 Apesar de não ter cura, a DPOC pode ser controlada por meio de uma série
 de medidas, que incluem desde mudanças de hábitos até o tratamento com
 broncodilatadores. "O tratamento da DPOC é complexo e contempla
 uma abordagem de longo prazo com o paciente" comenta a Dra.
 Angela Honda. "Reduzir as complicações da doença por meio do
 combate ao tabagismo e diminuir a exposição à poeira e poluentes
 são algumas das medidas. Além disso, os pacientes podem ser
 submetidos à reabilitação pulmonar, que inclui exercícios físicos e
 acompanhamento nutricional, e em casos mais graves, procedimentos
 cirúrgicos como redução do volume pulmonar ou colocação de válvulas 
podem ser indicados" destaca Angela.

Já no caso da asma, um dos pontos mais importantes para o controle da 
doença é a adesão ao tratamento, que proporciona uma melhor qualidade
 de vida ao paciente. Se não tratada corretamente, as complicações
 decorrentes da asma podem ser até mesmo fatais. "Por ser uma doença
 inflamatória e crônica, a chave para o controle das crises de asma está
 em diminuir a inflamação. Além disso, o uso correto das medicações
 e o manejo adequado dos dispositivos inalatórios são fundamentais
 para o controle da doença. É possível ter uma vida normal e melhor.

Referências:
  1. sbpt.org.br/espaco-saude-respiratoria-asma/
  2. Nascimento OA et al . Chronic obstructive pulmonary disease is underdiagnosed and undertreated in São Paulo (Brazil). Results of the PLATINO Study. Braz J Med Biol Res, 2007, Volume 40(7) 887-895
http://www.agenciaideal.com.br/assinatura/2017/imagens/1.png

Aline Dumelle 
Atendimento
+55 11 9 7438 7296

11.24.2017

Tiratricol: Proibição, riscos à saúde, auxiliar de emagrecimento


Pílulas - NIH

O Tiratricol, também conhecido como TRIAC, é um análogo a hormônio da tireóide. Ele é indicado para o controle da síndrome da resistência ao hormônio da tireóide e usado em combinação com levotiroxina para suprimir a produção de hormônio estimulador da tireoide em pacientes com câncer da tireoide
 
 
O tiratricol foi amplamente comercializado como auxiliar de emagrecimento sob vários nomes comerciais, porém em 1999 e 2000 os órgãos que regulam medicamentos dos Estados Unidos e Canadá alertaram o público sobre os perigos dos suplementos e fórmulas para emagrecer contendo tiratricol. Os efeitos perigosos à saúde provocados pelo tiratricol incluem infarto, AVC e morte súbita.  

Atualmente o tiratricol não é aprovado para venda nos Estados Unidos e Canadá. Tiratricol já foi aprovado no Brasil, porém sua comercialização foi suspensa pela Anvisa em 2003 depois de alerta do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
                                                                              
Alerta do FDA em Novembro de 2000 contra suplementos alimentares contendo Tiratricol

21/11/2000. O FDA (órgão americano que regula os medicamentos) alerta os consumidores a respeito de produtos comercializados como suplementos alimentares que contêm tiratricol, também conhecido como TRIAC, um potente hormônio tireóide que pode causar sérias consequências à saúde, incluindo ataque cardíaco e AVC. Apesar de todos os recalls nos últimos sete meses, vários produtos contendo tiratricol ainda assim chegaram aos consumidores. 


Alerta do Idec sobre o  tiratricol

Em 2003 o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) divulgou alerta sobre os perigos do tiratricol, o qual acabou resultando na proibição da sua comercialização pela ANVISA. O Idec alertou que o tiratricol usado em fórmulas para emagrecimento poderia provocar sérios riscos para a saúde, incluindo taquicardia, palpitações, enfarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, insônia, depressão, vômitos, diarréia severa, reações alérgicas e até mesmo morte súbita. O tiratricol só seria adequado para tratamento de pacientes com câncer na tireoide quando a produção dos hormônios T3 e T4 fosse interrompida.
Saiba mais:
Fórmulas para emagrecer

Medicamentos para emagrecer aprovados
Remédios e medicamentos para emagrecer
Sibutramina - Efeitos colaterais, bula e dosagem


Médicos querem proibir a venda de cinco medicamentos para emagrecer



Revista Época
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) quer que a venda dos emagrecedores Triac, Trimag, Redulip, Liporex LP e Bieso, à base da substância tiratricol, seja proibida. Usados principalmente por mulheres jovens e nem sempre acima do peso ideal, esses medicamentos provocam efeitos colaterais sérios, como diarréia severa, hipertireoidismo (funcionamento excessivo da glândula tireóide), problemas cardiovasculares, depressão, insônia e osteoporose.
A medida também é defendida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). As duas entidades representam os maiores especialistas na área sobre o assunto. "Os médicos sabem dos riscos desses produtos há 20 anos", afirma o endocrinologista Márcio Mancini, presidente da Abeso. "A venda só deve ser permitida para casos de disfunções raras da tireóide e não como emagrecedores", completou Valéria Guimarães, presidente da SBEM.
O tiratricol é uma substância sintética que imita a ação dos hormônios tireoidianos no organismo. Esse princípio ativo acelera o metabolismo, provocando uma ação semelhante ao hipertireoidismo. O remédio emagrece até quatro quilos por mês sem necessidade de dieta, mas devido à perda de massa muscular e óssea. A substância também provoca elevação da pressão arterial e pode levar até a um infarto.
A conclusão do Idec é baseada em um levantamento realizado pelos pesquisadores Otávio de Toledo e Margô Karnikowski, do Núcleo de Estudos de Saúde Pública da Universidade Federal de Brasília (UNB). Eles analisaram dados científicos, bula dos medicamentos e informações ao consumidor no Brasil e em outros países.
De acordo com o relatório, embora necessitem de receita médica, os emagrecedores são vendidos livremente nas farmácias e pela internet. O baixo preço do produto — uma caixa com 100 comprimidos custa, em média, R$ 13 — também facilita o consumo irregular. "O tiratricol está na composição de suplementos alimentares vendidos livremente em academias e em farmácias de manipulação", lembrou Sezifredo Paz, do Idec.
Laboratórios discordam do Idec

Os laboratórios fabricantes dos medicamentos à base de tiratricol usaram a legislação para responder à denúncia do Idec envolvendo seus produtos. Em nota oficial, o Laboratório Aché, fabricante do remédio Triac, afirma que seu produto é seguro e obedece às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, afirma o laboratório, o medicamento é de tarja vermelha e depende de prescrição médica para ser consumido. Mesmo assim, segundo Valéria Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os médicos dessa especialidade têm recomendação para não prescrever o produto como emagrecedor.
O Triac é usado como base para o desenvolvimento de similares, como o Trimag e o Redulip. "Não posso garantir a toxicidade do princípio ativo, pois essas informações já constam do medicamento de referência", afirmou Telma Salles, gerente de Desenvolvimento de Mercado do Hexal do Brasil Ltda, fabricante do Redulipe. "Mas obedecemos ao controle de qualidade previsto pela Anvisa", completou.
A União Química Farmacêutica Nacional S.A, responsável pela venda do Trimag, também afirmou desconhecer qualquer efeito colateral relatado em relação ao seu produto no país. O Liporex, também da Aché, entrou no relatório do Idec, mas teve o registro cancelado em 2001 por caducidade. Os pesquisadores não conseguiram identificar o fabricante do Bieso, vendido na internet.

11.23.2017

Petrobras anuncia alta na gasolina e preço sobe 7% em dois dias

Mudança afeta distribuidoras, mas o valor nos postos sobe há quatro semanas e atingiu recorde, segundo a ANP; desde julho, reajustes somam 25,9%

A Petrobras anunciou uma alta de 1,9% nos preços da gasolina em suas refinarias para a partir da sexta-feira, após alta de 5,1% nas cotações autorizada na véspera que entrou em vigor nesta quinta-feira, de acordo com informações no site da companhia.
O preço cobrado nas refinarias é aquele pago pelas distribuidoras, e os postos de combustível têm liberdade para decidir se repassam o reajuste aos consumidores. No entanto, o preço médio da gasolina nos postos atingiu recorde no ano na última semana, atingindo 3,966 reais por litro, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi a quarta alta semanal consecutiva, e o levantamento considerou os preços praticados em 3.160 estabelecimentos no país.
As altas nas refinarias, que somam cerca de 7% em dois dias, vêm em meio a uma nova política de preços da estatal que prevê mudanças até diárias das cotações, em um momento em que a companhia tem prometido praticar preços alinhados ao mercado internacional e ao mesmo tempo se esforça para evitar perda de participação no mercado doméstico de combustíveis.
Desde julho, os reajustes para a gasolina elevaram o preço às distribuidoras em 25,9%, segundo os dados divulgados pela companhia.
Já os preços do diesel serão reduzidos em 0,3% nas refinarias da Petrobras a partir da sexta-feira. Na véspera a companhia havia anunciado um aumento de 0,2% do diesel válido a partir desta quinta-feira. O reajuste do combustível nas refinarias também é de 25,9% desde julho, e o preço médio era de 3,411 reais por litro – recorde no ano e quarta alta consecutiva, segundo a ANP.

STF tem maioria para restringir foro privilegiado

Placar tem seis votos favoráveis à restrição da prerrogativa de deputados e senadores a crimes cometidos durante e em função dos mandatos


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria, ou seja, seis dos onze votos, para restringir o foro privilegiado de deputados federais e senadores a crimes cometidos no exercício de seus mandatos parlamentares e relacionados aos cargos que ocupam. A análise do assunto havia sido iniciada em junho e foi suspensa após um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Até a suspensão, quatro ministros haviam votado, todos favoráveis à restrição do foro: o relator, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e a presidente do STF, Cármen Lúcia.
Conforme uma estimativa de Barroso, o Supremo tem 528 inquéritos e ações penais envolvendo autoridades com foro privilegiado, que podem ser reduzidos em 90% caso a mudança entre em vigor e os processos sejam enviados a outras instâncias.
Na sessão de hoje, Alexandre de Moraes propôs uma restrição menor ao foro, divergindo do relator no sentido de que todos os crimes comuns cometidos após a diplomação no mandato, mesmo que não relacionadas a ele, devam ser abarcadas pelo foro privilegiado, enquanto infrações antes da diplomação no mandato, não. Os ministros Edson Fachin e Luiz Fux seguiram integralmente o voto de Barroso.
Os sete ministros concordaram que o juiz ou o tribunal responsável por julgar um processo não podem ser alterado em função do foro privilegiado após a conclusão da instrução processual, fase em que são ouvidos testemunhas de acusação, de defesa e os réus.
Ainda votarão os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O ministro Ricardo Lewandowski está de licença médica.
O caso concreto julgado pelo STF nesta quinta-feira envolve a restrição de foro privilegiado do atual prefeito de Cabo Frio (RJ), Marcos da Rocha Mendes, o Marquinho Mendes (PMDB). Ele é réu por comprar votos na eleição municipal de 2008, ano em que se reelegeu prefeito da cidade. Quando Mendes concluiu o mandato, em 2012, o caso foi remetido à primeira instância e, em 2016, passou a ser conduzido pelo STF depois que ele assumiu a cadeira do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara. Mendes, entretanto, renunciou ao mandato ao ser eleito novamente prefeito, no ano passado, e o processo voltou à segunda instância, a quem cabe processar e julgar prefeitos.
Em seu voto, dado no início do julgamento, Barroso sustenta que a revisão do alcance do foro é “um interesse do país, é uma demanda da sociedade”. O relator entende que “resguardar com foro um agente público por atos que ele praticou e que não têm nada a ver com a função que o foro quer resguardar é a concessão de um privilégio”.
Ainda para o relator, o modelo de foro privilegiado brasileiro cria situações que constrangem o Supremo. “É tão ruim o modelo, que a eventual nomeação de alguém para um cargo que desfrute de foro é tratada como obstrução de Justiça. É quase uma humilhação ao STF. Eu penso que é preciso dar à cláusula do foro privilegiado uma interpretação restritiva e a interpretação que propus no meu despacho e reitero é de que o foro só prevaleça em fatos praticados pelo agente beneficiário do foro no cargo e em razão do cargo. Portanto, como é o caso concreto, se o fato foi praticado quando o individuo era candidato a prefeito e se o foro beneficia quem é deputado, nesse caso não se aplica o foro”.
Nesta quinta-feira, Alexandre de Moraes argumentou pela restrição do foro a todos os crimes comuns cometidos no exercício do mandato, sejam eles relacionados ou não ao cargo. “Aquele que praticou o crime antes de ser parlamentar não sabia que seria parlamentar. Ele praticou o crime antes da diplomação, antes de se tornar parlamentar, não há relação com a finalidade protetiva do mandato. Se o ato foi praticado quando não era parlamentar, quantas e quantas vezes se busca um determinado mandato para se alterar o foro e depois se busca outro, vai mudando de mandato”, afirmou Moraes.
Para o ministro, a mudança do foro conforme mandatos políticos assumidos favorece os réus em relação à prescrição dos crimes. “Não é porque um é melhor que o outro tribunal, é porque nesse trança-trança, ele vai ganhando tempo em relação à prescrição”, completou.
Edson Fachin, que deu um voto breve, resumido em treze orações, concordou com Luís Roberto Barroso e ponderou que “resta evidente que a cláusula de prerrogativa [de foro privilegiado] deve ser restringida aos casos em que essa função esteja ameaçada. Apenas atos ilícitos praticados no âmbito de sua própria função é que dão margem à prerrogativa”.
Em manifestação ainda mais enxuta, de cerca de três minutos, Luiz Fux também seguiu o relator e declarou que “a competência do Supremo é preservada quando o ato ilícito é praticado no exercício do cargo e em razão do cargo. Isso eu não tenho a menor dúvida”.

Como o corpo reage a cada bebida alcoólica

Sono, energia, tristeza ou confiança? Um estudo britânico revelou quais reações os diferentes tipos de bebida alcoólica causam

Um novo estudo, publicado no periódico científico British Medical Journal, mostrou como cada escolha entre as bebidas alcoólicas pode afetar as emoções e o comportamento das pessoas.
Segundo os cientistas, o vinho e a cerveja são as bebidas que mais causam sensação de relaxamentosono – e até mesmo cansaço, em alguns casos. Já se a intenção é sentir-se mais confiante e enérgico, os destilados são as melhores pedidas. No entanto, eles também podem deixá-lo mais propenso à tristeza e à agressividade.

Reações positivas e negativas

Cerca de 30.000 pessoas, entre 18 e 34 anos, de diversos países responderam a um questionário anônimo, Global Drug Survey, sobre hábitos de consumo de álcool e outras drogas. Depois de analisarem como os participantes reagem a cada bebida, os cientistas descobriram que 53% s sentem relaxados ao beber vinho tinto e 33%, vinho branco. Essa sensação também é notada quando bebem cerveja, com cerca de 50% dos participantes.
Já cerca de 60% dos participantes dizem sentir mais confiança e energia, e 42% sentem-se mais atraentes, com os destilados – como cachaça, vodca, gim, tequila, uísque e rum. Por outro lado, essas bebidas também provocam reações negativas. Cerca de 30% ficam mais agressivos e inquietos, e 22% ficam mais tristes. Mas isso não se restringe aos destilados: os vinhos também foram associados à fadiga e ao cansaço por 60% dos participantes.

Diferentes hábitos

As reações podem se tornar mais ou menos intensas de acordo com o padrão de consumo, idade, sexo, status socioeconômico e escolaridade. Os participantes que apresentaram um consumo mais intenso do álcool reportaram mais reações, tanto positivas quanto negativas. Todas as emoções foram sentidas na mesma proporção por participantes de ambos os sexos – com exceção da agressividade, que foi mais percebida entre os homens.
Além disso, os efeitos de relaxamento e cansaço foram mais percebidos quando as bebidas eram consumidas em casa, enquanto maior confiança e agressividade quando bebiam em um bar, por exemplo.
Ainda não se sabe por que cada bebida promove um efeito diferente, mas os pesquisadores acreditam que isso pode estar relacionado ao fato de que elas têm ingredientes, porcentagens alcoólicas e doses (como e onde são tipicamente consumidas) diferentes. Outra hipótese é a de que as pessoas escolhem a bebida já pensando no efeito que ela vai causar – tendo como base aspectos sociais e culturais de cada tipo de álcool, assim como as propagandas.

Brasil testa novo tratamento contra refluxo

O novo método é uma terapia pouco invasiva que pode substituir a cirurgia e os medicamentos



Um tratamento inédito no Brasil pode tornar-se um aliado para quem quer tratar o refluxo sem cirurgia ou utilizando medicamentos. Presente em mais de 40 países, o Sistema Stretta foi utilizado pela primeira vez em setembro na Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e tem como objetivo fortalecer a musculatura do esôfago, que, quando apresenta frouxidão, permite que o suco gástrico suba do estômago e atinja o órgão, causando incômodo, ardência, dificuldade de deglutição e azia.
Coordenador do serviço de endoscopia da faculdade, o gastrocirurgião Eduardo Grecco explica que os resultados no exterior foram positivos e há um protocolo de estudo para verificar os efeitos do procedimento em pacientes brasileiros. “É um tratamento rápido, feito em uma sessão única de 30 minutos. O paciente acorda bem, recebe orientações para a dieta e vai para casa. Ele vai ser acompanhado por quatro a seis semanas, utilizando a medicação que está habituado e, depois, vai suspender a medicação.”
O método é uma terapia pouco invasiva que consiste em emitir energia de radiofrequência para o músculo entre o estômago e o esôfago, fortalecendo a estrutura. Isso faz com que as paredes funcionem como uma espécie de “barreira” que impede que os fluidos subam e causem o refluxo.
A cirurgia, segundo ele, resolve 70% dos casos e tem eficácia que varia de cinco a sete anos para 30% dos pacientes que enfrentam o procedimento. Mas há os desconfortos ligados ao processo cirúrgico. “Tem corte, anestesia geral e o paciente fica de uma semana a dez dias com dificuldade para se alimentar. Com o Stretta, ele tem dor e desconforto leves, mas já volta à dieta geral a partir do terceiro dia. Quanto menos invasivo, mais rápida a recuperação, menos riscos de infecção e menos efeitos colaterais.”

Pioneiro

O escriturário Renan Rodrigues Cayres, de 25 anos, foi o primeiro paciente a ser submetido ao Stretta. Ele começou a perceber os sintomas do refluxo aos 15 anos. “Não era todos os dias, mas isso foi me acompanhando durante os últimos dez anos.” Ele se interessou pelo procedimento assim que o conheceu. “Além de não ser um processo cirúrgico, tem o efeito de poder suspender a medicação, que tem efeitos agressivos e é muito cara.”
Eduardo Grecco afirma que o tratamento precisa da colaboração dos pacientes. “Não adianta continuar com os erros alimentares. O método vai melhorar a capacidade do esôfago para o refluxo, mas o paciente não vai ficar livre para sempre. A pessoa pode ter quadros agudos, principalmente se extrapolar em uma festa.”
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