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4.25.2018

O STF impôs a Moro e os Dallagnois sua 1ª grande derrota, atingindo-os no ego inflado.


 
Chega
É cedo para analisar o impacto da decisão do STF de retirar de Sergio Moro trechos da delação da Odebrecht que citam Lula, incluídos aí os processos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
Não haveria, entenderam os ministros da Segunda Turma num placar de 3 a 2, causa e efeito entre as denúncias e as supostas vantagens recebidas no alegado esquema.
Pela reação da Lava Jato, ou ausência dela, o baque foi sentido.
“O Juiz federal Sergio Fernando Moro não irá se manifestar sobre este assunto”, disse em nota a assessoria da Justiça Federal no Paraná.
A “força-tarefa” ainda está analisando o quadro e a PGR destacou que vai analisar se recorrerá da decisão.
A defesa de Lula, por seu lado, foi rápida.
“A decisão proferida pela Segunda Turma do STF confirma o que sempre foi dito pela defesa do ex-Presidente Lula. Não há qualquer elemento concreto que possa justificar a competência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba nos processos envolvendo o ex-presidente”, declarou Cristiano Zanin Martins.
“Entendemos que essa decisão da Suprema Corte faz cessar de uma vez por todas o juízo de exceção criado para Lula em Curitiba, impondo a remessa das ações que lá tramitam para São Paulo”.
Em 2016, ao DCM, Paulo Sérgio Leite Fernandes, decano dos criminalistas de São Paulo, definiu Lula como o “troféu de caça” de Moro.
SM se fez em cima do adversário político.
Graças à sua nêmesis, virou capa de revista, ganhou prêmio da Globo, dá palestra dia sim, dia sim também nos EUA, é ovacionado em shows de rock, virou heroi de sua gente.
Sem Lula, ele e os Dallagnois perdem a razão de ser e o rico filão que exploram se evapora.
A juíza Carolina Lebbos já aprendeu o jogo e veta todos os visitantes na sede da PF. Está adorando cada minuto de fama de “rigorosa”.
Foi a maior derrota até o momento para a panela curitibana, uma aberração jurídica que resulta, por exemplo, em juízes sugerindo “cusparadas no meio da fuça” de senadoras.
Passou da hora dos cultuadores dessa “rebuscada e caprichosa desumanidade”, nas palavras de Rui Barbosa, saberem que não são intocáveis. 
Que seja apenas o começo.

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