A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) decidiu levar a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) em razão da denúncia apresentada na véspera do
Primeiro de Maio em razão de supostos benefícios que teriam concedidos
pelo governo da presidente deposta Dilma Rousseff à Odebrecht; Gleisi
disse que a denúncia contra ela é “absolutamente falsa” e pediu que
Raquel seja responsabilizada pelo que avalia ser “leviandade,
irresponsabilidade e má-fé”; segundo o jurista Afrânio Silva Jardim, a
denúncia é de fato muito frágil e criminaliza decisões rotineiras da
política
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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) decidiu levar a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, ao Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP) em razão da denúncia apresentada na véspera do Primeiro de Maio
em razão de supostos benefícios que teriam concedidos pelo governo da
presidente deposta Dilma Rousseff à Odebrecht, segundo reportagem da jornalista Maria Lima.Segundo a PGR, o PT teria à disposição US$ 40 milhões (o equivalente a R$ 64 milhões na época dos fatos), em uma conta mantida pela Odebrecht, para cobrir uma série de despesas indicadas pelos petistas, como a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014, em troca de decisões políticas que favorecessem a empresa.
Gleisi disse que a denúncia contra ela é “absolutamente falsa” e pediu que Raquel seja responsabilizada pelo que avalia ser “leviandade, irresponsabilidade e má-fé”.
“Essa denúncia é um desvario completo. A PGR, evidentemente, sabe disso. Não posso crer que me acuse, sem sequer examinar as contas. Ignoram deliberadamente, porque, se considerassem a dívida declarada, as contas fechariam, só que as acusações que queriam fazer ficariam sem pé nem cabeça. Então, se os fatos contradizem a nossa versão, que se danem os fatos. O importante é a versão. Forçaram para tirar o caso da Justiça Eleitoral. Estou certa de que, se a avaliação das minhas contas tivesse sido feita pelo procurador que avaliou o caso do Geraldo Alckmin, essa denúncia teria sido remetida ao Tribunal Superior Eleitoral.”
Segundo o jurista Afrânio Silva Jardim, a denúncia é de fato muito frágil e criminaliza decisões rotineiras da política. A mesma análise foi feita pelo jurista Fabio Konder Comparato (leia aqui).
Tanto a Raquel quanto a Carmem Lúcia não tem competência para ocupar os cargos que ocupam. São pau mandadas da Globo.
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