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8.30.2018

Senadora Francesa proibida de visitar o presidente Lula na prisão

Laurence Cohen se disse chocada e preocupada com retrocessos causados pelo golpe. “Escandaloso uma parlamentar francesa vir até o Brasil e não conseguir vê-lo”

 25/07/2018 15h56 -

Ricardo Stuckert
A senadora francesa Laurence Cohen em apoio à liberdade de Lula

A representante da província de Val Marne se juntou à resistência de 110 dias e participou da roda de conversa “Consequência do
 golpe na vida das mulheres: dos avanços e conquistas ao extermínio dos direitos e cidadania, com mulheres da CUT e do MST.O apoio de parlamentares europeus a Lula ganhou um importante reforço nesta quarta-feira (24) com a visita da senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista francês, à Vigília Lula Livre.
Em entrevista traduzida, ela afirmou que tentou conversar pessoalmente com Lula, mas foi impedida pelo fato de quinta-feira ser o dia estipulado pela PF para visitas. Contrariada, ela ressaltou que acha “extremamente escandaloso uma parlamentar francesa vir até o Brasil e não conseguir visitar o presidente Lula”.
Essa não é a primeira vez que Laurence Cohen manifesta solidariedade ao ex-presidente e à defesa da democracia. Ela faz parte do grupo de parlamentares europeus que divulgou, no último mês de maio, uma nota condenando a prisão arbitrária de Lula e atuação parcial do judiciário para fins políticos.
Em Curitiba, a senadora reiterou seu apoio ao ex-presidente e disse que está chocada com os acontecimentos e o cenário político brasileiro, referindo-se ao encarceramento do ex-presidente, às tentativas de barrar a sua candidatura e ao golpe contra o governo legítimo da presidenta Dilma Rousseff.
“Enquanto uma democrata progressista, estou chocada com o que está acontecendo aqui. O golpe contra Dilma Rousseff foi algo muito negativo, foi um golpe institucional para afastá-la do poder do povo”.
Laurence também demonstrou preocupação com o impacto do golpe na vida das mulheres, grande assunto da roda de conversa da qual ela participou pela manhã. “Estou preocupada, porque pelo que escutei, os direitos das mulheres estão sendo colocados em risco por todos esses que deram o golpe na Dilma e no Lula”.
A parlamentar retorna à França na quinta-feira (26). Ao chegar no país, ela disse que irá “informar o que está se passando no Brasil, para juntar mais pessoas e fazer mais pressão pela liberdade de Lula”.
A senadora francesa ainda deixou uma mensagem de solidariedade e otimismo para o ex-presidente. “Com todo o apoio que está tendo, tenho certeza que ele vai conseguir sair e ser vitorioso”, finalizou.
Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas

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