Bolsonaro silencia Mourão para tentar salvar campanha
O
general Mourão já entra para a história como o vice que deu o golpe eu
seu cabeça de chapa em plena campanha (diferentemente de Temer, que deu o
golpe depois de eleito); Mourão tem tumultuado uma candidatura que já
acusa sinais severos de fadiga de material; sua declaração sobre
suspender o 13º salário devastou a já frágil plataforma de propostas do
ex-capitão; a campanha de Bolsonaro cancelou todas as agendas públicas
do candidato a vice, o que caracteriza um verdadeiro 'cala-a-boca'
preventivo
28 de Setembro de 2018
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- O general Mourão já entra para a história como o vice que deu o golpe
eu seu cabeça de chapa em plena campanha (diferentemente de Temer, que
deu o golpe depois de eleito). Mourão tem tumultuado uma candidatura que
já acusa sinais severos de fadiga de material. Sua declaração sobre
suspender o 13º salário devastou a já frágil plataforma de propostas do
ex-capitão. A campanha de Bolsonaro cancelou todas as agendas públicas
do candidato a vice, o que caracteriza um verdadeiro 'cala-a-boca'
preventivo.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, "a declaração
do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro, sobre o
13.º salário e o pagamento de adicional de férias no País, causou uma
crise na campanha do candidato do PSL. Em palestra na Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão
criticou os benefícios previstos na lei trabalhista, que foram
classificados por ele como "jabuticabas" – ou seja, só ocorrem no
Brasil". Bolsonaro censurou a fala de Mourão: "após
a divulgação do vídeo, Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de
voto, usou o Twitter para contestar o próprio vice afirmando que
criticar o 13.º salário, 'além de uma ofensa à (sic) quem trabalha', é
de alguém que 'confessa desconhecer a Constituição'." O jornal informa que a campanha de Bolsonaro tomou providências com o verbo solto de Mourão: "além
da resposta dura do candidato, a campanha de Bolsonaro determinou o
cancelamento de todas as agendas públicas de Mourão até o dia da votação
do primeiro turno, 7 de outubro. A declaração serviu de munição para os
adversários".
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