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11.25.2018

Nassif: a república fundamentalista de Bolsonaro


247 - O jornalista Luis Nassif escreve sobre o que denomina a conformação de uma república fundamentalista no governo Bolsonaro: "Fica cada vez mais nítida a tentativa de implantação de uma república fundamentalista. E há condições objetivas de se montar uma estrutura nacional superior a de qualquer outro partido, explorando os baixos instintos que explodiram em todo o país durante a campanha eleitoral e a expansão fulminante das igrejas evangélicas conservadoras. A eclosão da direita radical tornou-se fenômeno nacional e o agente aglutinador simbólico é o próprio Bolsonaro".
Para Nassif, o projeto estará assentado "no Planalto, nas Relações Exteriores, com o alinhamento com a ultradireita mundial; e na Educação, em torno do tema escola sem partido.  A eles se agregarão as secretarias e ministérios comandadas por ruralistas e evangélicos com implicações em questões de terra, meio ambiente e movimentos sociais." O jornalista avalia ainda que este "é um novo modelo, no qual o papel do Estado será se abster de qualquer ação moderadora, e de liberar as tropas na base."
A conformação de tal República terá como protagonistas quatro blocos de poder:
"Núcleo 1 – o grupo religioso - a afirmação de Jair Bolsonaro de que o maior problema do Brasil não é a corrupção, mas os vermelhos; as indicações de Ernesto Araújo para Ministro das Relações Exteriores, e de Ricardo Velez Rodrigues para Ministro da Educação, confirmam a influência do núcleo religioso do governo, centrada nos três primeiros-filhos e em Olavo de Carvalho e seus seguidores. Haverá um fundamentalismo religioso que terá em Bolsonaro o grande animador.
Núcleo 2 – a entrevista do general Hamilton Mourão à Folha de S. Paulo, reforçando a imagem de âncora do núcleo racional do governo.
Núcleo 3 – o controle de Paulo Guedes sobre a área econômica, com algumas posições que entram em conflito com as noções de segurança nacional do general Mourão.
Núcleo 4 – Sérgio Moro montando as bases do estado policial, com uma variante mais sútil da guerra ideológica, o chamado direito penal do inimigo".
Leia a íntegra no site do GGN clicando aqui.

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