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6.09.2018

O manifesto de Lula ao povo brasileiro


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Por Luiz Inácio Lula da Silva – Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. Há dois meses estou impedido de percorrer o País que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública.
Fui privado de conviver diariamente com meus filhos e minha filha, meus netos e netas, minha bisneta, meus amigos e companheiros. Mas não tenho dúvida de que me puseram aqui para me impedir de conviver com minha grande família: o povo brasileiro. Isso é o que mais me angustia, pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais famílias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria protegê-las.
De onde me encontro, quero renovar a mensagem de fé no Brasil e em nosso povo. Juntos, soubemos superar momentos difíceis, graves crises econômicas, políticas e sociais. Juntos, no meu governo, vencemos a fome, o desemprego, a recessão, as enormes pressões do capital internacional e de seus representantes no País. Juntos, reduzimos a secular doença da desigualdade social que marcou a formação do Brasil: o genocídio dos indígenas, a escravidão dos negros e a exploração dos trabalhadores da cidade e do campo.
Combatemos sem tréguas as injustiças. De cabeça erguida, chegamos a ser considerados o povo mais otimista do mundo. Aprofundamos nossa democracia e por isso conquistamos protagonismo internacional, com a criação da Unasul, da Celac, dos BRICS e a nossa relação solidária com os países africanos. Nossa voz foi ouvida no G-8 e nos mais importantes fóruns mundiais.
Tenho certeza que podemos reconstruir este País e voltar a sonhar com uma grande nação. Isso é o que me anima a seguir lutando.
Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação.
Os que me acusaram na Lava Jato sabem que mentiram, pois nunca fui dono, nunca tive a posse, nunca passei uma noite no tal apartamento do Guarujá. Os que me condenaram, Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, sabem que armaram uma farsa judicial para me prender, pois demonstrei minha inocência no processo e eles não conseguiram apresentar a prova do crime de que me acusam.
Até hoje me pergunto: onde está a prova?
Não fui tratado pelos procuradores da Lava Jato, por Moro e pelo TRF-4 como um cidadão igual aos demais. Fui tratado sempre como inimigo.
Não cultivo ódio ou rancor, mas duvido que meus algozes possam dormir com a consciência tranquila.
Contra todas as injustiças, tenho o direito constitucional de recorrer em liberdade, mas esse direito me tem sido negado, até agora, pelo único motivo de que me chamo Luiz Inácio Lula da Silva.
Por isso me considero um preso político em meu país.
Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade.
Nas caravanas que fiz recentemente pelo Brasil, vi a esperança nos olhos das pessoas. E também vi a angústia de quem está sofrendo com a volta da fome e do desemprego, a desnutrição, o abandono escolar, os direitos roubados aos trabalhadores, a destruição das políticas de inclusão social constitucionalmente garantidas e agora negadas na prática.
É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República.
Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projeto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projeto de integração latino-americana.
Sou candidato porque acredito, sinceramente, que a Justiça Eleitoral manterá a coerência com seus precedentes de jurisprudência, desde 2002, não se curvando à chantagem da exceção só para ferir meu direito e o direito dos eleitores de votar em quem melhor os representa.
Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida. Quem teve o privilégio de ver o Brasil avançar em benefício dos mais pobres, depois de séculos de exclusão e abandono, não pode se omitir na hora mais difícil para a nossa gente.
Sei que minha candidatura representa a esperança, e vamos levá-la até as últimas consequências, porque temos ao nosso lado a força do povo.
Temos o direito de sonhar novamente, depois do pesadelo que nos foi imposto pelo golpe de 2016.
Mentiram para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita. Mentiram que o país iria melhorar se o PT saísse do governo; que haveria mais empregos e mais desenvolvimento. Mentiram para impor o programa derrotado nas urnas em 2014. Mentiram para destruir o projeto de erradicação da miséria que colocamos em curso a partir do meu governo. Mentiram para entregar as riquezas nacionais e favorecer os detentores do poder econômico e financeiro, numa escandalosa traição à vontade do povo, manifestada em 2002, 2006, 2010 e 2014, de modo claro e inequívoco.
Está chegando a hora da verdade.
Quero ser presidente do Brasil novamente porque já provei que é possível construir um Brasil melhor para o nosso povo. Provamos que o País pode crescer, em benefício de todos, quando o governo coloca os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções, e não se torna escravo dos interesses dos ricos e poderosos. E provamos que somente a inclusão de milhões de pobres pode fazer a economia crescer e se recuperar.
Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossosadversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação e está destruindo programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf, Luz Pra Todos, Prouni e Fies, entre tantas ações voltadas para a justiça social.
Sonho ser presidente do Brasil para acabar com o sofrimento de quem não tem mais dinheiro para comprar o botijão de gás, que voltou a usar a lenha para cozinhar ou, pior ainda, usam álcool e se tornam vítimas de graves acidentes e queimaduras. Este é um dos mais cruéis retrocessos provocados pela política de destruição da Petrobrás e da soberania nacional, conduzida pelos entreguistas do PSDB que apoiaram o golpe de 2016.
A Petrobrás não foi criada para gerar ganhos para os especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, mas para garantir a autossuficiência de petróleo no Brasil, a preços compatíveis com a economia popular. A Petrobrás tem de voltar a ser brasileira. Podem estar certos que nós vamos acabar com essa história de vender seus ativos. Ela não será mais refém das multinacionais do petróleo. Voltará a exercer papel estratégico no desenvolvimento do País, inclusive no direcionamento dos recursos do pré-sal para a educação, nosso passaporte para o futuro.
Podem estar certos também de que impediremos a privatização da Eletrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa, o esvaziamento do BNDES e de todos os instrumentos de que o País dispõe para promover o desenvolvimento e o bem-estar social.
Sonho ser o presidente de um País em que o julgador preste mais atenção à Constituição e menos às manchetes dos jornais.
Em que o estado de direito seja a regra, sem medidas de exceção.
Sonho com um país em que a democracia prevaleça sobre o arbítrio, o monopólio da mídia, o preconceito e a discriminação.
Sonho ser o presidente de um País em que todos tenham direitos e ninguém tenha privilégios.
Um País em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica.
Um país em que as pessoas voltem a ter confiança no presente e esperança no futuro. E que por isso mesmo volte a ser respeitado internacionalmente, volte a promover a integração latino-americana e a cooperação com a África, e que exerça uma posição soberana nos diálogos internacionais sobre o comércio e o meio ambiente, pela paz e a amizade entre os povos.
Nós sabemos qual é o caminho para concretizar esses sonhos. Hoje ele passa pela realização de eleições livres e democráticas, com a participação de todas as forças políticas, sem regras de exceção para impedir apenas determinado candidato.
Só assim teremos um governo com legitimidade para enfrentar os grandes desafios, que poderá dialogar com todos os setores da nação respaldado pelo voto popular. É a esta missão que me proponho ao aceitar a candidatura presidencial pelo Partido dos Trabalhadores.
Já mostramos que é possível fazer um governo de pacificação nacional, em que o Brasil caminhe ao encontro dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e dos trabalhadores.
Fiz um governo em que os pobres foram incluídos no orçamento da União, com mais distribuição de renda e menos fome; com mais saúde e menos mortalidade infantil; com mais respeito e afirmação dos direitos das mulheres, dos negros e à diversidade, e com menos violência; com mais educação em todos os níveis e menos crianças fora da escola; com mais acesso às universidades e ao ensino técnico e menos jovens excluídos do futuro; com mais habitação popular e menos conflitos de ocupações nas cidades; com mais assentamentos e distribuição de terras e menos conflitos de ocupações no campo; com mais respeito às populações indígenas e quilombolas, com mais ganhos salariais e garantia dos direitos dos trabalhadores, com mais diálogo com os sindicatos, movimentos sociais e organizações empresarias e menos conflitos sociais.
Foi um tempo de paz e prosperidade, como nunca antes tivemos na história.
Acredito, do fundo do coração, que o Brasil pode voltar a ser feliz. E pode avançar muito mais do que conquistamos juntos, quando o governo era do povo.
Para alcançar este objetivo, temos de unir as forçasdemocráticas de todo o Brasil, respeitando a autonomia dos partidos e dos movimentos, mas sempre tendo como referência um projeto de País mais solidário e mais justo, que resgate a dignidade e a esperança da nossa gente sofrida. Tenho certeza de que estaremos juntos ao final da caminhada.
Daqui onde estou, com a solidariedade e as energias que vêm de todos os cantos do Brasil e do mundo,posso assegurar que continuarei trabalhando para transformar nossos sonhos em realidade. E assim vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança,para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro.
E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar.
Até breve, minha gente
Viva o Brasil! Viva a Democracia! Viva o Povo Brasileiro!
Luiz Inácio Lula da Silva
Curitiba, 8 de junho de 2018

Gleisi Hoffmann: “Só Lula pode devolver a estabilidade ao país”

 
A senadora Gleisi Hoffmann confirma que o PT trabalha por uma coligação com o PSB, o PCdoB e outros partidos em torno de Lula. “Somente ele pode nos dar uma perspectiva de estabilidade num ambiente democrático”, escreve a presidenta da legenda.
Só Lula pode devolver a estabilidade ao país
Gleisi Hoffmann*
Na última sexta-feira, o PT lançou oficialmente a pré-candidatura do ex-presidente Lula. Como ele afirmou em manifesto ao povo brasileiro, é uma candidatura para acabar com o sofrimento do povo e reconstruir o País, destroçado pelo golpe de 2016. Somente Lula é capaz, hoje, de promover o reencontro do Brasil com os brasileiros. Somente ele pode nos dar uma perspectiva de estabilidade num ambiente democrático.
Pesquisa após pesquisa, o nome do ex-presidente Lula continua disparado na liderança, com mais votos do que todos os adversários somados. E nos cenários em que seu nome é excluído – o que é uma aberração, pois ele mantém seus direitos políticos – o eleitor se recusa a votar em outro candidato. Foi o que se viu, mais uma vez, no Datafolha do fim de semana.
Dois meses depois de sua prisão, injusta e ilegal, Lula mantém intacto seu capital político, porque ele se firma em bases sólidas. O Brasil tem muito viva a lembrança de um governo em que a vida melhorou para todos, principalmente para os trabalhadores e os mais pobres. Exatamente o contrário do que vem acontecendo ao longo do governo golpista, que destrói direitos e conquistas.
A cada dia fica mais claro que o Brasil não cabe no modelo econômico que está sendo implantado pelo golpe: menos emprego, menos renda, menos programas sociais e o fim da soberania, em nome dos interesses do mercado, dos rentistas, das multinacionais.
É esse programa ultraliberal que está na raiz da crise econômica, social e política que o país está vivendo. Qualquer candidato ou partido que se identifique com ele será rejeitado nas urnas. E somente Lula representa a certeza de que o Brasil pode voltar a ser um país para todos.
Em sua sabedoria, o povo está apontando o caminho: Lula Presidente. Por isso, o PT cumpre seu dever de sustentar a candidatura e trabalhar por uma coligação com o PSB, o PCdoB e outros partidos em torno de Lula. Vamos até o fim, porque esta é também nossa responsabilidade para com o País.
*Gleisi Hoffmann é senadora (PT-PR) e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores.

The Guardian: 'O ex-presidente Lula está preso para tirá-lo da eleição'

A insustentável leveza de Gleisi Hoffmann

por Gustavo Conde

Ricardo Stuckert

A direita fascista não se irrita com a senadora Gleisi Hoffmann apenas por sua incansável luta pela redemocratização do país. O que mais dói na direita fascista brasileira é sua insustentável leveza do ser. Eu poderia dizer que a "leveza" de Gleisi tem a ver com o fato de ela ser magra, esbelta e extremamente bonita, mas isso soaria antiquado e diversionista. 
Gleisi é magra. Esbelta. Linda. Sua elegância incomoda. Mas sua luta intransigente pela redemocratização do país e sua garra diante da situação inédita de terra arrasada, liderando o maior partido popular do Brasil e sendo a transmutação da voz do maior líder político da história a elevam a uma nova categoria. 
Gleisi foi eleita presidente do PT com o apoio maciço do partido. A bênção de Lula, no entanto, deixou-a em uma posição de liderança pouco comum para um partido com tantos quadros e correntes. Gleisi é uma quase unanimidade porque ela aceitou o desafio de conduzir o partido nessa travessia dolorosa do golpe. Gleisi exerce talvez o papel mais importante que jamais um líder do PT exerceu.
Hoje, ela traduz e encarna o partido, a luta das mulheres, a luta pela democracia, a luta pela liberdade de Lula. Gleisi inspira, Gleisi encanta, Gleisi grita para todo o país todos os dias que a democracia vai voltar e vai voltar com as cifras da felicidade que habitam todo o espectro da esquerda nesse momento histórico. 

O país, não se enganem, corre um risco absolutamente inédito de perder o que lhe resta de identidade, a identidade de seu povo, não os mitos criados pela elite e que, estes sim, foram sendo perdidos após quatro governos extremamente democráticos. 

O país corre o risco de fragmentar sua soberania de maneira irrecuperável. O tombo institucional foi muito grande. Moro, FHC e poder judiciário como artífices de um ataque estrangeiro sem precedentes não representam o exotismo de um país carnavalesco e avacalhado apenas. É um parasitismo sério e com DNA subscrito: o DNA do mercado e dos EUA, no bojo da política imperialista sem limites e no limite de seu enfraquecimento (sabemos da China e do esfacelamento da sociedade americana diante de sua contradições e da saturação histórica de seu poder). 

De sorte - ou falta de - que estamos diante da mais dramática situação política e social da história do país. As riquezas naturais - depois do povo, o nosso maior patrimônio - estão sendo entregues de maneira torpe e ilegítima. A própria população está sendo jogada contra si através da Rede Globo e os gritos de separatismo ecoam perigosos nos centros financeiros e até acadêmicos.

O Brasil não derrete como sempre derreteu, com suas instituições periodicamente falimentares e sua elite constantemente pusilânime e golpista. O Brasil derrete em sua soberania básica e em sua auto compreensão residual de país. 
É por isso que Gleisi Hoffmann encarna uma das mais emblemáticas líderes políticas da nossa história, já, neste momento em que ela surge como catalisador político e núcleo irradiador de decisões, sendo a voz em liberdade que Lula encontrou para exercer sua crescente e eterna ascendência sobre o povo brasileiro. 

Gleisi não é um "instrumento" de Lula, embora isso fosse também digno de honraria histórica. Até porque Lula, assim como a esquerda legítima, não entende as pessoas como vetores instrumentais, visão dominante no espectro da direita darwinista brasileira. Gleisi é persona, é dicção, é inteligência, é transparência, é coragem, é articulação, é o espírito incansável que não se intimida com o assédio misógino do pode judiciário nem com o jogo baixo da contra informação fake do jornalismo de guerra. 

Gleisi é, neste momento, o norte do país, seu destino e suas circunstâncias. O Brasil do futuro passa por Gleisi Hoffmann. Não foi à toa que Lula a escolheu e nela depositou toda a sua verve e inteligência política. Lula, mais uma vez, sabe com o que está lidando em termos de estatura espiritual e em termos de lealdade visceral. É bonito ver a relação profunda e intensa que Lula e Gleisi construíram juntos. 
Gleisi, portanto, passou a incomodar muito, quase tanto quanto Lula. Senadores tucanos e políticos golpistas em geral a temem, porque sabem da dimensão de sua palavra, investida de legitimidade e investida do discurso e do ethos de Lula. 

Gleisi não nega a origem nem o gênero. Lutou por Dilma como uma guerreira da mesma estatura da presidente legítima. Foram dois ícones na luta contra o impeachment sem crime. É evidente e admirável o quanto Gleisi e a própria Dilma cresceram após o impeachment. Hoje, ambas mal conseguem disfarçar o sorriso pleno da imensa vitória moral que lhes abastece a alma. Sorriso acompanhado de luta. 
Na noite de ontem em Contagem, enquanto sites fascistas espalhavam memes sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, de pautar seu julgamento, Gleisi sorria. Sorria e empunhava sua força política e sua beleza insuportável para o horrendo golpe e seus machos velhos e feios. 
Sorria livre, leve e solta.
Leve.

Juninho Pernambucano abre o seu coração





Paneileros e simpatizantes q viraram manifestoches, não precisam aumentar o ódio ao Lula. Podem recuar um pouco e pedir o direito dele de ir às urnas. Deixe o ódio a imagem, voz, escolha de vida. Só no voto vamos recuperar o rumo. Desfaçam o apoio ao golpe. Pelo VOTO. #LulaLivre  #LulaInocente  #LulaPresidente
Os coxas estão sem rumo. O rumo é Lula, Nação Vascaina. Sigam o Reizinho.

6.07.2018

10 de Agosto de 2017: Dia de Luta

DIA DE LUTA TODAS CENTRAIS SINDICAIS APROVAM GREVE GERAL PARA O DIA 10 DE AGOSTO PELO DIREITO DE LULA CONCORRER A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O governo quer oferecer uma droga cara que reduz a infecção pelo vírus da aids. Por que a sociedade gasta cada vez mais com medicamentos de alto custo


RAFAEL CISCATI


O Ministério da Saúde estuda desde 2014 incorporar o Truvada a sua política pública de distribuição de medicamentos. O objetivo é oferecê-lo a pessoas em grupos vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens, transexuais e profissionais do sexo. Encomendou uma pesquisa com 500 voluntários, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Porto Alegre, para entender se os brasileiros teriam disciplina para usar o medicamento todos os dias e se não abandonariam o preservativo por já se sentirem seguros com o remédio. Esse é o pior dos pesadelos de especialistas que são contra esse tipo de prevenção, chamada profilaxia de pré-exposição. Há a possibilidade de as pessoas apostarem apenas no comprimido como prevenção, em vez de usá-lo como complemento, e se exporem ao vírus, ao não usarem preservativo. Se elas não tomarem o remédio rigorosamente todo dia, aumentarão seu risco de contrair o vírus HIV.

Os resultados preliminares sugerem que tomar o Truvada não afetou a disposição dos participantes para usar preservativos. “Há indícios de um aumento no número de relações protegidas, em que a pessoa usa camisinha”, diz Madruga, que coordenou o trabalho com voluntários do CRT, em São Paulo.

O estudo deveria acabar em 2015, mas foi prolongado para mais um ano. “Quando pensamos que o estudo acabaria, ao final do primeiro ano, alguns voluntários juntaram dinheiro para tentar comprar o Truvada em uma importadora”, diz Madruga. O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, diz não haver dúvidas de que o Truvada será incorporado ao programa de prevenção do Ministério em 2016. “Os resultados preliminares dos diversos estudos são muito animadores”, diz Mesquita. A incorporação, prevista para o início deste ano e adiada sem prazo definido, esbarra em uma questão significativa: o preço do medicamento.

Críticos afirmam que o maior mérito do Truvada é servir como uma mina de ouro para a Gilead Sciences. Nos Estados Unidos, um mês da droga custa US$ 1.000. O paciente, ou seu plano de saúde, deve bancar a compra. O Reino Unido, cujo sistema público de saúde se assemelha ao brasileiro, acaba de decidir que não é sua responsabilidade bancar o acesso da população à droga. Na Austrália, um dos países que cogitam oferecer o método, um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde concluiu que ele é caro demais, nos preços atuais, para ser ofertado a toda a população que poderia ser beneficiada. No Brasil, o ministério procura formas de driblar os preços altos: além da negociação com a Gilead, já procurou fabricantes de genéricos fora do país. Quer chegar a um valor inferior a US$ 320 por ano por pessoa.

O dilema de incorporar ou não drogas caras a políticas de saúde pública não é exclusividade do programa de aids. Acontece em outras áreas e é cada vez mais frequente, à medida que crescem os preços dos novos medicamentos. As opções nos tratamentos de câncer dão uma dimensão do problema: um estudo da Associação Econômica dos Estados Unidos concluiu que, entre 1995 e 2013, os preços de novas drogas oncológicas aumentaram US$ 8.500 em média a cada ano. Um dos motivos é a dificuldade para inovar. “Os medicamentos precisam ficar cada vez mais específicos. É mais difícil desenvolvê-los”, diz Antônio Britto, presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Estima-se que o custo de desenvolvimento de uma nova droga a partir do zero fique próximo de US$ 850 milhões. A OMS alerta sobre o problema em seu site: “Há um conflito de interesses inerente entre o objetivo legítimo das indústrias (de ter lucro) e as necessidades sociais, médicas e econômicas dos prestadores de serviços de saúde e do público de selecionar e usar remédios de maneira racional”. Segundo a OMS, as dez maiores farmacêuticas do mundo trabalham com margem de lucro superior a 30%. Juntas, elas detêm mais de 30% do mercado. Hillegonda Maria Novaes, professora de medicina preventiva da Universidade de São Paulo, considera o setor concentrado demais. “Essas empresas podem impor preços”, afirma a pesquisadora.

O reflexo dos custos altos aparece nas contas do governo. Em 2003, 5,8% do orçamento do Ministério da Saúde era destinado a essas compras. Em 2015, a fatia cresceu para 14,4% do orçamento (leia o quadro acima). “No Brasil, a avaliação de eficiência laboratorial predomina sobre a avaliação de eficiência econômica”, diz Lia Hasenclever, economista especializada em saúde e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como qualquer outro critério, ele tem consequências. “O cobertor é curto. Há sinais de que os medicamentos de alto custo têm prioridade e há problemas de desabastecimento, de falta de outros medicamentos”, diz Lia.
Para reduzir o preço das drogas, é possível negociar com o fabricante ou produzir nacionalmente
O governo tem algumas táticas para tentar reduzir o custo dos novos medicamentos. A primeira é negociar com os fabricantes. O limite de ação é restrito. “As empresas sabem que, se baixarem os preços no Brasil, vão ser pressionadas para baixar no resto do mundo”, diz José Miguel do Nascimento Júnior, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Mesmo negociações bem-sucedidas não garantem medicamento barato. No ano passado, o governo conseguiu incorporar ao Sistema Único de Saúde três novos medicamentos para tratar hepatite C. Juntos, o sofosbuvir, o daclatasvir e o simeprevir dobram as chances de cura da doença em menos tempo de tratamento. O Ministério da Saúde conseguiu descontos de 95% na compra das drogas. Mesmo assim, tratar um paciente custa US$ 9 mil. Hoje, 1,4 milhão de brasileiros sofrem com hepatite C.

A segunda tática é firmar acordos de transferência de tecnologia e produzir o medicamento em laboratórios de propriedade do governo. A terceira tática, mais agressiva, é a emissão de licenças compulsórias, também conhecida como quebra de patente. Quando um medicamento de alto custo é considerado de interesse público, o governo pode requerer sua produção em empresas nacionais, à revelia de quem o desenvolveu (embora a companhia que criou a droga receba royalties).

Prevenir o avanço da aids é urgente. “Cada mês que passa sem o acesso ao medicamento representa uma oportunidade perdida de proteger a população”, afirma Alexandre Grangeiro, especialista em saúde pública e pesquisador da Universidade de São Paulo. O mesmo vale para tratar a hepatite C ou vacinar contra o vírus H1N1. No Brasil, o acesso à saúde é um direito constitucional. Com novos medicamentos cada vez mais caros e recursos limitados, é também um desafio para todos os governos.

Um comprimido para prevenir a aids


Quem são os primeiros brasileiros a usar a droga que evita a infecção – e o que precisamos saber sobre ela

MARCELA BUSCATO


O frasco com comprimidos azuis está sempre no caminho do auxiliar de enfermagem Fábio Paulo Santana, de 40 anos. Ele coloca a embalagem em cima de um aparador, na sala de jantar de sua casa, no Rio de Janeiro. É a garantia de que avistará o remédio quando passar por ali antes de sair. Ou quando se sentar para fazer as refeições. Mesmo que seus artifícios falhem, ele conta com outro tipo de ajuda: sua empregada e a avó, de 95 anos, são sua memória substituta. Como também tomam remédios, ajudam a lembrar quando chegou a hora do medicamento de Santana.

Tamanha preocupação tem bom motivo. Santana é um dos primeiros brasileiros a usar uma droga que impede a contaminação pelo vírus HIV, o causador da aids. Quando ingerida diariamente por pessoas que não estão contaminadas, ela reduz as chances de que o vírus consiga invadir as células de defesa e infectar o organismo. O novo método de prevenção é considerado um dos maiores avanços na luta contra a epidemia. “O remédio me dá segurança adicional”, afirma Santana. Ele namora um homem há um ano e meio e diz que acidentes acontecem: “Preservativos furam. Com o remédio, me sinto confortável”.
Fábio Paulo Santana (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
Ao tomar os comprimidos, ele faz mais que se proteger. É voluntário de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde para saber como as pessoas se adaptam ao novo tipo de prevenção. O objetivo é avaliar se o método deve ser adotado no Brasil como política de saúde pública, ao lado de medidas tradicionais, como a distribuição de preservativo+
O remédio usado é um velho conhecido dos médicos. Chamado Truvada, foi lançado nos Estados Unidos em 2004, pela empresa Gilead Sciences. Trata-se da combinação de duas drogas, o tenofovir e a emtricitabina. Ambas são antirretrovirais, uma classe de medicamentos que revolucionou o tratamento da aids nos anos 1980, ao conter o avanço do HIV no organismo de pacientes já infectados e ao permitir que convivessem por décadas com o vírus. Há quatro anos, a descoberta de uma equipe internacional de pesquisadores – composta também de cientistas brasileiros – mostrou que os antirretrovirais poderiam ser usados não só para tratar, mas também para prevenir a aids. Foi um marco. Todos os 2.500 voluntários eram homens que fazem sexo com homens, o grupo com mais risco de contrair o HIV. Entre os participantes que tomaram diariamente as doses, o risco caiu 92%. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde recomendou a adoção do novo método como prevenção entre homossexuais. A entidade estima que as infecções diminuiriam em 25%.

A preocupação em oferecer uma nova forma de proteção para homens que fazem sexo com homens é baseada em estatísticas. No Brasil, 10,5% das pessoas dentro desse grupo estão infectadas. Na população em geral, são 0,4%. O número de pessoas infectadas entre os homossexuais masculinos é 20 vezes maior. “A epidemia de aids não é homogênea para toda a população”, diz o pesquisador Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O tipo de sexo praticado está diretamente relacionado ao risco. A penetração anal sem preservativo é considerada a prática mais perigosa. Mas essa não é a única razão para a prevalência maior do vírus. “Há questões sociais, como a discriminação”, diz Scheffer. Vítimas de preconceito, muitos homens que fazem sexo com homens temem se expor ao procurar atendimento médico e medidas de prevenção. Alguns, após anos de discriminação, desenvolvem problemas de autoestima e têm dificuldade de exigir que seus parceiros se protejam.

O aparecimento de novos casos é preocupante. Nos últimos dez anos, houve um aumento de 22% nas infecções em homens que fazem sexo com homens, principalmente entre os mais jovens. “Eles são mais sexualmente ativos. Muitos não usam camisinha porque não viram o pior da epidemia”, diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O crescimento nesse grupo ajuda a explicar dados alarmantes divulgados em julho pela Unaids, o programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids. Enquanto, no mundo, os novos casos caíram 27,6% entre 2005 e 2013, no Brasil, cresceram 11%.

O uso de antirretrovirais como prevenção é visto como um reforço para diminuir os casos dentro desse grupo. “Não é um benefício apenas para os indivíduos”, diz a infectologista Beatriz Grinsztejn, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A medida interrompe a cadeia de transmissão do vírus e contribui para o controle da epidemia.” Beatriz coordena o estudo encomendado pelo Ministério da Saúde para avaliar o uso do Truvada como método preventivo. Noventa voluntários já tomam o Truvada no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na capital paulista, o levantamento é conduzido pela Faculdade de Medicina da USP e pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT). Em breve, o estudo chegará a Porto Alegre. A ideia é que, em um ano e meio, 500 voluntários participem. O levantamento responderá a algumas dúvidas: é possível que os voluntários se sintam seguros a ponto de não usar camisinha? Os efeitos colaterais podem fazer com que abandonem a medicação? Eles tomam o remédio todos os dias? “O efeito protetor depende de ingerir os comprimidos diariamente”, diz o infectologista José Valdez Madruga, diretor da unidade de pesquisa do CRT.
Julio Moreira (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
A equipe coordenada por Beatriz analisará os hábitos de pessoas como o gestor de eventos carioca Julio Moreira, de 37 anos. Ele é casado há 12 anos com um homem, trabalha numa organização não governamental que atende homossexuais e decidiu colaborar com o estudo. Esqueceu de tomar o remédio algumas vezes, mas diz que agora virou um costume. “Tomo como se fosse uma vitamina, no café da manhã”, diz Moreira. Ele também foi voluntário da pesquisa internacional que comprovou a eficácia do Truvada como prevenção. Não teve nenhum dos raros efeitos colaterais relatados no primeiro estudo – problemas nos rins e ossos: “Senti apenas dores de cabeça e náuseas. Nada que me fizesse parar com o medicamento”.

Nos EUA, o Truvada já é usado para prevenção desde 2012. A experiência americana dá pistas sobre algumas barreiras que o Brasil poderá enfrentar. O psicólogo Damon L. Jacobs, de 43 anos, foi um dos primeiros a tomar o remédio, em 2011. Enfrentou preconceito. Ele e outros pioneiros foram chamados dentro da comunidade gay de “Truvada whores” (algo como “prostitutas do Truvada”). A ofensa revela o medo de que a nova medida encoraje os usuários a abandonar a camisinha e a se aventurar sexualmente. “As pessoas usarão o remédio no lugar do preservativo”, diz Michael Weinstein, da ONG Aids Healthcare Foundation, um dos opositores mais ferrenhos. “Como é difícil tomar a droga diariamente, acabarão contaminados.” Jacobs, o pioneiro, acredita que esse tipo de oposição será superado. Enquanto isso, ele e os amigos tentam combater o rótulo que receberam. Estamparam “Truvada whore” em camisetas e usam a expressão a seu favor, para divulgar a causa. “Não podemos ser vítimas da ignorância alheia. Se há um novo método para se proteger, por que não usá-lo?”, diz Jacobs.

Os pesquisadores envolvidos nos estudos que avaliam o Truvada dizem que não há motivo para se preocupar com o relaxamento no uso da camisinha. A pesquisa de 2010, que comprovou a eficácia do remédio, sugere que o uso de preservativo não diminuiu. Um dos pilares dos novos estudos, como o brasileiro, é divulgar entre os participantes que o remédio não é um substituto para a camisinha, que reduz em 98% os riscos de contrair o vírus. Mesmo porque o Truvada não protege contra as outras doenças sexualmente transmissíveis. Ele é um complemento para reforçar a segurança entre pessoas que não conseguem usar o preservativo em todas as relações sexuais. “É como se o remédio fosse um air bag”, diz a médica Valdiléa Veloso, da Fiocruz. “Quando eles foram adotados nos carros, falaram que as pessoas parariam de usar o cinto. Isso não aconteceu. O air bag se tornou um complemento de segurança.”

O reforço é bem-vindo. Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que, nos últimos anos, houve redução no uso regular da camisinha. Em 2004, 51,5% usavam o preservativo em todas relações sexuais casuais. Em 2008,  esse número caiu para 45,7%. O mesmo ocorreu entre quem tem parceiro fixo. Em 2004, 24,9% usavam. Em 2008, eram apenas 19,4%.
Haroldo André Garcia (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
O professor carioca Haroldo Andre Garcia, de 40 anos, é voluntário no estudo da Fiocruz e não se descuida. Diz que, desde que começou a tomar o Truvada, há quatro meses, nunca deixou o preservativo de lado. Mesmo assim, amigos já perguntaram se ele tomava o remédio porque era promíscuo. “Não é um convite à promiscuidade, é só mais uma segurança”, diz Garcia. “Tenho muito medo da aids, porque vi todos aqueles artistas morrer nos anos 1980.” Ele está solteiro e diz que é um bom momento para usar a proteção extra. Um dos objetivos do novo  método de prevenção é este: ensinar as pessoas a reconhecer os níveis de risco a que estão expostas, para que escolham as melhores medidas preventivas.
Antes de adotar o Truvada em larga escala, o Brasil terá de responder a outras dúvidas. “De onde sairá o dinheiro? Ele terá de vir de algum outro lugar”, diz Paulo Lotufo, diretor do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP.  “Vamos pegar um monte de dinheiro e dar para um laboratório.” O Truvada não faz parte da lista de medicamentos do Ministério da Saúde, nem como opção de tratamento para a aids. Se for adotado oficialmente, poderá ocorrer uma negociação com o fabricante para baixar seu preço, estimado  nos EUA em US$ 1.000 por mês, por usuário. Outra opção é produzir no Brasil. O infectologista Esper Georges Kallás, pesquisador que conduz o estudo da Fiocruz na USP, diz que os custos podem ser altos, mas os benefícios também são. Haverá menos contaminados, menos gastos com o tratamento e, claro, menos mortes. “Quanto vale poupar uma vida?”,. “Para mim, não tem preço.” 

Ambiente regulatório brasileiro e a importância das agências reguladoras

O Diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, Renato Alencar Porto, participou, nessa terça-feira (29/5), do Fórum de Investimentos Brasil 2018 (Brasil Investment Forum). O painel teve como título “Ambiente Regulatório Brasileiro: ajustes para promover a previsibilidade”. No encontro, foram debatidas as perspectivas para modernização do ambiente regulatório brasileiro, com enfoque em modelos modernos de regulação.
O diretor abordou o Projeto de Lei (PL) 6.621/16, conhecido como Lei Geral das Agências Reguladoras, ressaltando os avanços que o texto traz no sentido de aprimorar a governança dos órgãos regulatórios, provendo efetivamente mais autonomia e independência para sua atuação. Neste tópico, destacou que a lei, por si só, não trará os resultados pretendidos, o que será alcançado pela robustez das práticas ali postas, destacando a importância da Análise de Impacto Regulatório (AIR) e da transparência.
Além disso, trouxe para o debate os limites da atuação regulatória, destacando que o foco do regulador deve ser sempre o bem-estar social e que a intervenção somente se justifica quando necessária para proteger a população, e que hoje já podemos caminhar em modelos com menos regulação, tendo sempre em vista todas as alternativas regulatórias para a solução dos problemas.
Pelo governo, também participaram do painel o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Bezerra, a Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Marcela Carvalho, e a Assessora Especial da Casa Civil da Presidência da República, Kélvia Albuquerque.

Encontro

O Fórum de Investimentos Brasil 2018 ocorre em São Paulo entre os dias 29 e 30 de maio. O evento tem por objetivo destacar as oportunidades de investimento em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia e agronegócios.

Sabia que o tabaco destrói o seu coração?

Dia 31 de maio, foi comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. O tema deste ano, escolhido pela OMS, foi a relação entre o tabagismo e as doenças cardíacas.

Em 31 de maio foi celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um alerta sobre as doenças e mortes relacionadas ao consumo do tabaco. Segundo o órgão, o tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos, sendo a principal causa de morte evitável em todo o mundo.
Todos os anos a Organização escolhe um tema diferente para comemorar essa data. Em 2018, a escolha foi pelo tema “Tabaco e Doenças Cardíacas”, com o slogan “Com o coração não se brinca. Faça a melhor escolha para a sua vida: não fume!". A campanha, divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), alerta a população sobre os danos causados pelo tabaco, que é uma das principais causas de infarto, angina e acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com a OMS, o tabagismo e o fumo passivo contribuem em cerca de 12% das mortes por doenças cardíacas, fazendo com que o consumo de produtos de tabaco seja a segunda causa de doenças cardiovasculares, após a hipertensão arterial (que também pode ser agravada pelo consumo dos produtos de tabaco).
Não importa qual o tipo de produto consumido: o cigarro, a cigarrilha, o charuto, o fumo para cachimbo e o fumo para narguilé fazem mal à saúde. Além destes citados, o uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), como cigarro eletrônico, narguilé eletrônico e vaporizadores também causam mal à saúde. Estudos indicam que o uso de DEF aumenta o risco de contrair doenças cardíacas. Além disso, a alegação de trazer menos risco à saúde transmite a falsa sensação de segurança, o que pode induzir não fumantes a aderirem ao produto.  Os DEFs estão proibidos no Brasil desde 2009 pela Resolução RDC 46/2009.

Advertência Sanitária

Resolução RDC nº 195, de 14 de dezembro de 2017, atualizou as advertências sanitárias que são obrigatórias nas embalagens dos produtos fumígenos derivados do tabaco, como cigarros, cigarrilhas, charutos, fumo para narguilé, dentre outros comercializados no Brasil.
As novas advertências sanitárias apresentam uma comunicação mais direta com os consumidores sobre os riscos que esses produtos causam à saúde e também versam sobre o tema do Dia Mundial Sem Tabaco, já que utilizam as temáticas do infarto e da trombose. Além dessas advertências, as demais comunicam outros riscos associados à exposição ao tabaco, como: câncer de boca, cegueira, envelhecimento, fumante passivo, impotência sexual, gangrena, morte e parto prematuro.
As advertências sanitárias também são obrigatórias nos expositores e mostruários de produtos nos locais de venda, conforme estabelecido pela Resolução RDC 213, de 23 de janeiro de 2018, e estão disponíveis no Portal da Anvisa.

Mais do que nunca, Lula



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Nenhum país do mundo - ainda mais na situação critica em que se encontra o Brasil -, pode se dar o luxo de não contar com o melhor presidente que o pais já teve, para superar a pior crise da sua história.
Dois meses com o Lula preso - sem crime e sem provas – só fortalecem a contraposição entre um pais destruído, um governo desfeito, e uma liderança cada vez mais consolidada pelo apoio popular e pela personificação do projeto que fez o Brasil viver o momento mais virtuoso da sua historia.
Isso só é possível porque o golpe e o conjunto de forcas que o colocou em prática, se dedica a desmontar a estrutura produtiva do pais, os direitos da massa da população e a liderança que pode levar o Brasil a retomar a construção de uma nação justa, democrática e soberana.
Manter Lula preso faz parte do processo que interessa ao capital especulativo, às grandes corporações internacionais e aos EUA – brecar o caminho do Brasil para se construir como grande nação no mundo, como uma sociedade justa e solidaria, como um Estado a serviço do pais e do seu povo.
Fazem parte do mesmo complô contra o Brasil e o seu povo, a mídia corrompida, os juízes que se dedicam a perseguir o Lula, os congressistas eleitos com dinheiro de grandes empresas privadas. Não lhes basta depor sem provas uma presidenta recém reeleita democraticamente pelo povo. Para que a destruição do Brasil não seja revertida, precisam inviabilizar a candidatura do Lula e tira-lo da própria vida política do país, em que ele denuncia cotidianamente as arbitrariedades jurídicas, as injustiças sociais, o entreguismo.
Perseguir o Lula é parte intrínseca do projeto de destruir o Brasil como projeto de nação, como democracia solidaria, como sociedade justa. Se não fizerem isso, pelos meios mais arbitrários, sabem o que vai acontecer. Lula será eleito presidente, convocará um referendo revogatório das monstruosas leis aprovadas pelo golpe, revertera 'o modelo econômico neoliberal, recuperara' a capacidade do Estado de comandar o desenvolvimento econômico e a justiça social.
Por isso fazem parte do mesmo projeto antinacional, antipopular, antidemocrático, o governo Temer, com toda a gangue que assaltou poder; o STF e seu silencio cumplice das arbitrariedades da Lava Jato; os donos dos principais meios de comunicação; os parlamentares e os partidos que apoiaram o golpe e as medidas arbitrarias que foram implementadas desde então.
Eles têm um governo que construíram, uma politica econômica imposta contra a vontade popular, um Congresso ilegítimo, um Judiciário que comanda o arbítrio, um grande empresariado que só quer lucrar na especulação financeira. Eles têm tudo isso, mas não tem o apoio do povo. E, principalmente, tem contra si a única grande liderança politica no Brasil, a do Lula.
Lula é a espinha na garganta da direita, do golpe, da mídia golpista, do governo ilegítimo, do Judiciário arbitrário. Cada vez que sua figura reaparece, como ontem, como testemunha de um processo, sua imagem reaparece aos olhos do povo como quem ele é: o Presidente de todos os brasileiros, com sua fala, com sua energia, com sua capacidade persuasiva, com seu humos e seu espirito brilhantes, exibindo toda sua capacidade de liderança. Sua imagem se projeta ainda mais sobre os outros políticos, com sua grandeza e sua capacidade de liderança. E' um fantasma que tira o sono da direita e dos seus porta vozes.
Tiraram a liberdade do Lula, impede, que eu se dirija, todo dia, ao povo, que circule pelo país, que articule diretamente as forcas de esquerda, que esteja diariamente junto ao povo, mas ele continua a subir nas pesquisas e seus adversários, de toda índole, não tem nenhum tipo de apoio expressivo. A figura do Lula, longe de sair da disputa, como querem tantos pré-candidatos, só se agiganta, mostra como é indispensável, e a única via para derrotar o golpe e reconstruir o Brasil.