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9.29.2018

RICARDO MIRANDA: BOLSONARO USOU A BAND PARA CONVOCAR UM GOLPE MILITAR

Mito?? Herói desonesto.


Por Mauro Lopes, editor do 247 - A campanha de Bolsonaro caminhava sobre a uma montanha sob risco iminente de uma avalanche, sem que o eleitorado disso soubesse e sob um cerco de proteção das elites e da mídia conservadora. Mas a terra ruiu, veio a valanche e o "mito" caiu montanha abaixo. O mito do homem honesto está soterrado sob toneladas de denúncias e debaixo de uma sequência de trapalhadas e barbaridades raramente vistas na cena política nacional. Será o suficiente para abalar sua candidatura? Ele irá muito enfraquecido para o segundo turno ou sequer passará pela peneira do prim
Cedo para dizer, teremos que esperar pelas próximas pesquisas. O eleitorado de Bolsonaro parece em boa medida operar numa bolha, infenso ao mundo exterior, que enxerga como uma ameaça, cercado por inseguranças, medos e ódio contra a esquerda, o comunismo, a liberdade sexual, a cultura. O sociólogo Marcos Coimbra, diretor do instituo Vox Populi, acredita que o mais provável é um enfraquecimento de Bolsonaro, sem que a avalanche consiga tirá-lo do segundo turno.
Foi uma sucessão vertiginosa.
De "homem honesto" e "candidato da família" a acusado pela ex-mulher de furto, violência, indício claro de corrupção (aqui).
De candidato fascista a caminho de uma candidatura de perfil neoliberal a líder de uma trupe de patetas. Seu economista-chefe, o ex-posto Ipiranga Paulo Guedes, causou um desastre de enormes proporções ao propor a recriação da CPMF e uma mudança nas regras do Imposto de Renda mais regressivas que já se tem conhecimento. O general do capitão, seu candidato a vice, tornou-se uma usina de desastres, da defesa de um golpe militar a uma Constituinte sem eleição, de xingamentos a indígenas e quilombolas a ofensas a mães e avós chefes de família, até o último desastre, o ataque frontal ao 13º salário. Uma confusão tamanha que ambos, posto Ipiranga e general, foram recolhidos ao silêncio por ordem expressa de Bolsonaro.
O problema da ordem de Bolsonaro é que ela levanta uma questão. Quem manda na campanha? O jornalista José Roberto de Toledo, apontou com precisão e mordacidade: na hierarquia e mentalidade militar capitão não manda em general. "Estivessem ambos na ativa, Bolsonaro seria preso por quebra de hierarquia", escreveu Toledo (aqui). O fato é que Bolsonaro mandou Mourão ficar quieto há pelos menos duas semanas. E o general ignorou solenemente até agora.
O mito está soterrado. Até a mídia conservadora, que vinha tratando-o com a deferência de Bolsonaro ter se tornado seu "plano B" depois que Alckmin naufragou, perdeu a paciência e começa a produzir manchetes contra o ex-mito. A revista Veja, à beira da falência, deixou de lado por uma semana seu ódio a Lula para dedicar uma rara capa a outro tema: o processo da ex-mulher contra o capitão.
As revelações da reportagem a partir do processo movido por Ana Cristina Siqueira Valle no processo de separação de Bolsonaro em ação a partir de abril de 2008 são contundentes. As acusações de Ana Cristinar relatadas em Veja: 
• Bolsonaro ocultou patrimônio pessoal da Justiça Eleitoral em 2006. Quando foi candidato a deputado federal, declarou que tinha um terreno, uma sala comercial, três carros e duas aplicações financeiras, que somavam, na época, 433 934 reais. Sua ex-mulher, no mesmo processo, anexou uma relação de bens e a declaração do imposto de renda do ex-marido, mostrando que seu patrimônio incluía também três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. Os bens do casal, em valores de hoje, somariam cerca de 7,8 milhões de reais.
• Bolsonaro tinha uma "próspera condição financeira" quando era casado com Ana Cristina, segundo ela própria. A renda mensal do deputado chegava a 100 000 reais — cerca de 183 000 reais, em valores atualizados. Na época, oficialmente, Bolsonaro recebia 26 700 reais como deputado e 8 600 reais como militar da reserva. Para chegar aos 100 000 reais, diz a ex-mulher, Bolsonaro recebia "outros proventos", que ela não identifica.
• Bolsonaro, de acordo com Ana Cristina, furtou seu cofre numa agência do Banco do Brasil, em outubro de 2007, e levou todo o conteúdo: joias avaliadas em 600 000 reais, 30 000 dólares em espécie e mais 200 000 reais em dinheiro vivo — totalizando, em valores de hoje, cerca de 1,6 milhão de reais. O cofre ficava na agência do Banco do Brasil da Rua Senador Dantas, no centro do Rio. Seu conteúdo é incompatível com as rendas conhecidas do então casal.
• Bolsonaro era um marido de "comportamento explosivo" e de "desmedida agressividade". Essa foi a razão que levou Ana Cristina a separar-se, segundo ela mesma informa.
Bolsonaro conseguirá, mesmo assim, ir ao segundo turno? Resposta em uma semana.

9.28.2018

Janaína: Bolsonaro tem que ir no debate mesmo com gases

247 - A advogada e candidata a deputada estadual pelo PSL em São Paulo Janaína Pascoal, que assinou a peça referente ao pedido de impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, usou sua conta no Twitter para enviar uma mensagem ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que continua internado. No texto, ela diz que "gases" não podem impedir o candidato ao Planalto de participar de debates. ""Se estiver em condições de ir ao debate, tem que ir! Gases não podem parar um chefe de Estado!. Que brincadeira é essa?", postou. Os próximos debates na televisão estão marcados para o domingo, dia 30, na TV Record, e na quinta, dia 4, na TV Globo.
Janaína também criticou a equipe de campanha de Boslonaro, que nos últimos dias vem dando declarações contrárias às posições oficiais do candidato. "Bando de criança mimada brigando pela atenção do pai. Não é hora de disputa mesquinha por pequenos poderes", disparou. Para ela, Bolsonaro tem "o dever de enquadrar todo mundo e tomar as rédeas da campanha". 
Jair Bolsonaro está hospitalizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de três semanas. Ele foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O candidato deverá passar por uma nova cirugia para reconstruir o trânsito intestinas no dia 15 de novembro, após o segundo turno das eleições.

STF autoriza primeira entrevista de Lula após prisão


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevista para a Folha de S.Paulo. Ele está preso desde 7 de abril, após ter ordem de prisão emitida sem o esgotamento de todos os recursos judiciais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por seu turno, negou, na quarta-feira (26), um recurso impetrado pela Coligação "O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS)" e manteve o ex-presidente proibido de gravar áudios e vídeos, para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão do presidenciável Fernando Haddad (PT).
Neste mês de setembro, o ministro do TSE Sérgio Banhos também rejeitou um pedido de Lula para gravar áudios e vídeos destinadas à propaganda eleitoral. A mesma decisão havia sido tomada em julho pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena dele na Operação Lava Jato.
A impossibilidade de o ex-presidente gravar vídeos de dentro da prisão em Curitiba (PR) já haviam chamado a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em agosto, pediu ao Estado brasileiro que garantisse os direitos políticos de Lula até a análise de todos os recursos judiciais, o que não foi acatado pelo Judiciário. 
Mesmo preso, Lula já recebeu diversas manifestações de solidariedade no Brasil e no mundo, em países como Portugal, Espanha, Argentina, Estados Unidos e México. Sem poder gravar vídeo e conceder entrevistas, o ex-presidente agora vê a sua transferência de votos dar cada vez mais resultado. Haddad aparece na segunda posição nas pesquisas eleitorais e já ganha do líder Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.

Mercado se adapta a Haddad: bolsa dispara e dólar cai

247 - O favoritismo de Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência, que abriu oito pontos de vantagem no segundo turno em relação ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), segundo a pesquisa Instituto Brasilis e divulgada no portal Infomoney, já foi aceito pelo mercado financeiro.
Às 11h44 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,50%, a 79.833 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em outubro tinha queda de 1,34%, cotado a R$ 3,950, e o dólar comercial recuava 1,17%, para R$ 3,980.sessão desta quinta-feira.
O motivo: embora não assumam, todos os agentes do mercado sabem que Haddad fez uma gestão responsável à frente da prefeitura de São Paulo, tem perfil moderado e conduzirá a economia de forma consistente na presidência da República, caso vença as eleições

"O Ódio Como Política"

‘Mulheres estão na vanguarda da luta contra o fascismo no Brasil’

Esther Solano fala do livro "O Ódio Como Política"

KENNEDY ALENCAR
A socióloga Esther Solano, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), avalia que há risco de fascismo no Brasil. “Sem dúvida”, ela respondeu a uma pergunta feita no contexto de se seria possível falar dessa ameaça, já que o termo “fascista” tem sido muito usado no país.
Nas palavras de Solano, há políticos que fazem um “discurso claramente fascista”. Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, está entre eles. Tem prosperado um tipo de política que mobiliza o ódio, diz a socióloga.
Solano considera que o movimento de mulheres contra Bolsonaro “é extraordinário” e “tem potencial de criar uma certa frente contra o fascismo”. Segundo ela, as mulheres tem sido muito atacadas nesta eleição presidencial, especialmente num país patriarcal como o Brasil.
A socióloga afirma que as mulheres estão “na vanguarda da luta contra o fascismo”. Ela acha simbólico tal movimento diante da dificuldade das mulheres para entrar na política partidária-eleitoral no país.
Ouça abaixo, a partir de 11 minutos e 40 segundos, a entrevista de Esther Solano ao “Jornal da CBN -2ª Edição, concedida hoje para falar a respeito do livro “O Ódio Como Política”, obra da Bomtempo Editorial organizada por ela.


Comentários
11
  1. BRAGA-BH disse:
    Gostaria que este movimento não se limitasse apenas a este período pre eleitoral. Seria muito bom que as mulheres, indiferente de cor, raça, religião ou opção sexual colocassem em mesa aquilo que pensa, aquilo que desejam, aquilo que almejam em toda a vida pública do país!
  2. Jonas disse:
    O futuro é feminino, já que o masculino tem um histórico de 5 milênios de tragédias que se repetem periodicamente.
    • João Grilo disse:
      É verdade…
    • walter disse:
      Exatamente caro Jonas, estão deixando de publicar comentários nesta pagina…o Grande problema, quando a Dna Esther Solano, tende para a esquerda em seus comentários, empoderando demais as possibilidades; agregando viés que as mulheres normais não se preocupam; para começar o fascismo, esta nos extremos, não importa, se a esquerda ou direita, o sectarismo, não agrega valores para ninguém; quando cita o Bolsonaro, esta impingindo uma imagem irreal, tenta enxergar no homem, um monstro que não existe; não cita a tentativa de assassinato, sua esposa e filha…tenta desconstruir, uma imagem forte, que o País almeja, ou aí sim, teremos a volta da ditadura…aliás, que começou o nós contra eles, foi o PT; deveria ser pelo menos lembrado neste livro; tentaram influenciar mulheres a não votar no capitão; hj existem grupos femininos, promovendo a campanha do candidato…seremos um País democrático de fato…
  3. Lucas TB disse:
    Realmente, este movimento é sensacional e me comove muito que homens também participem, como Chay Suede e tantos outros que já se manifestaram. Trata-se de um movimento legítimo. É algo realmente muito bom. Ele não.
  4. mariza disse:
    Concordo com a socióloga. No Brasil tem prosperado um tipo de política que motiva o ódio. A Ministra Carmem Lucia, teve a sua residência depredada por integrantes do MST e apoiadores do PT. O próprio Jair Bolsonaro foi vítima de atentado ocasionado pelo ódio da esquerda.
    O Juiz Sérgio Moro foi proibido de acessar a UFPR em dia que dava aula porque estavam fazendo um manifesto na UFPR em favor do Lula. Todo o autoritarismo dos alunos e professores Petistas fez com que o Juiz Sérgio Moro pedisse exoneração do cargo de Professor da UFPR.
    Ao contrário do que muitos pensam, o autoritarismo e a intolerância também está presente na esquerda.
    • Alberto disse:
      Corretíssimo cara sra/srta Mariza.Cumprimentos;.
    • Jonas disse:
      Só que a esquerda não prega sistematicamente o ódio e a violência como forma de “política”.
      Já a direita é cheia de gente que se auto-entitula “gente de bem” e que prega violência para todos que discordem deles.
      A esquerda não tem fetiche por armas e não fica posando para fotos com pistolas e fuzis.
      Bolsonaro já disse que “pelo menos 30 mil pessoas terão que morrer”, enquanto ninguém da esquerda, mesmo da extrema-esquerda, jamais falou algo semelhante.
  5. Lucas TB disse:
    Mariza, existem extremistas de direita e de esquerda. Os de ambos os lados certamente erram ao serem extremistas e agirem de forma exacerbada, embora eu tenha visto uma reflexão interessante de uma mulher negra recentemente num carro co Lázaro Ramos em que ela dizia que não queria ser livre, pois todos somos prisioneiros e temos que ser. Somos prisioneiros dos nossos corpos, da vida, dos nossos limites (que existem, sim, pois não podemos ir e voltar andando ao Japão ou voltar 10 mil anos no tempo, enfim) e de uma série de outras coisas.
  6. Cláudio Coelho disse:
    Salve Kennedy, sempre abordando os assuntos que estão em voga em nosso país com bastante equilíbrio.

CNMP abre processo disciplinar contra Dallagnol (Dr. power point)

Dirceu: eleger Bolsonaro levaria país a retrocesso de 50 anos


247 - Ex-ministro da Casa Civil no governo Lula e um dos principais quadros do PT, José Dirceu disse que uma eventual eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente levaria o Brasil a um retrocesso democrático.
"Retrocesso não só democrático, mas principalmente um retrocesso gravíssimo que fará o Brasil andar 50 anos para trás nos direitos da mulher, na questão do combate ao racismo, na questão da igualdade, na questão de aceitar a diferença, [na questão] de terminar os preconceitos no país. Inclusive com [risco de] censura, pois vivem querendo censurar exposição de arte", afirmou Dirceu, em entrevista nesta quarta ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”.
Segundo o petista, o candidato do PSL ao Palácio do Planalto tem um programa econômico, proposto por seu assessor Paulo Guedes, que seria "um arrasa-quarteirão de neoliberalismo, de austeridade radical". Para Dirceu, "a Argentina está aí para mostrar para nós o que dá isso".
Ao fazer uma análise sobre o governo do PT, Dirceu disse que "erros, nós cometemos muitos, mas o balanço é que nossos acertos foram maiores. Do contrário, não teríamos a votação que o Lula teria para presidente. Ele ganharia a eleição, tudo indica, no primeiro turno". "O problema nosso é que nós não mobilizamos a sociedade para pressionar o Congresso, como foi feito para tirar a Dilma num golpe parlamentar, sob pressão de milhões de pessoas do país todo. (…) Não acredito que seja por isso que ela foi tirada [erros na política e na economia]. A Dilma propôs um ajuste fiscal que o próprio Tasso Jereissati [senador e ex-presidente do PSDB] reconhece que eles votaram contra. (…) A recessão teria sido passageira", acrescentou.
Leia a íntegra no Blog do Kennedy Alencar

Torcidas organizadas mais importantes do país repudiam Bolsonaro

247 - Em uma avalanche inédita de manifestações políticas, as torcidas organizadas mostram as caras nesse momento conturbado de eleições e de candidatos com pendores fascistas. Praticamente todas as grandes torcidas organizadas brasileiras manifestaram seu repúdio à candidatura de Jair Bolsonaro. A primeira delas, foi a maior do país, a Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians: "É importante deixar claro a incoerência que há em um Gavião apoiar um candidato que não apenas é favorável à ditadura militar, pela qual nascemos nos opondo, mas que ainda elogia e homenageia publicamente torturadores, que facilmente poderiam ter sido os algozes de nossos fundadores".
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca: "seja apoiando candidatos próprios ou fazendo campanha aberta contra outros, as torcidas organizadas dos principais clubes do país entraram com força no debate eleitoral visando ao pleito do dia 7 de outubro. A primeira manifestação mais enfática em relação às eleições partiu da Gaviões da Fiel, principal organizada corintiana, que na quinta-feira (20) divulgou nota em oposição à candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República."
Em pouco tempo, a iniciativa gerou novas manifestações contra o candidato. A Torcida Jovem, principal organizada santista, Os Imbatíveis, do Vitória, e a Jovem, do Sport, também publicaram manifestos contra Bolsonaro. Na próxima semana, a torcida Young Flu, do Fluminense, fará uma manifestação em relação às eleições presidenciais. Segundo Chico Guanabara, conselheiro da organizada, o grupo irá se opor ao candidato "que tem ideologia voltada para o lado fascista".
Segundo a reportagem, algumas torcidas enfrentaram crítica com a manifestação de repúdio. Elas, no entanto, não se intimidaram: "vimos as críticas como normais. Nossa página nas redes sociais é pública e recebemos tanto críticas como elogios. Não temos que agradar todo mundo, já que temos mais de 30 mil associados', disse Richard, diretor de bandeira da Torcida Jovem, do Santos."

Bolsonaro silencia Mourão para tentar salvar campanha

247 - O general Mourão já entra para a história como o vice que deu o golpe eu seu cabeça de chapa em plena campanha (diferentemente de Temer, que deu o golpe depois de eleito). Mourão tem tumultuado uma candidatura que já acusa sinais severos de fadiga de material. Sua declaração sobre suspender o 13º salário devastou a já frágil plataforma de propostas do ex-capitão. A campanha de Bolsonaro cancelou todas as agendas públicas do candidato a vice, o que caracteriza um verdadeiro 'cala-a-boca' preventivo. 

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, "a declaração do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro, sobre o 13.º salário e o pagamento de adicional de férias no País, causou uma crise na campanha do candidato do PSL. Em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão criticou os benefícios previstos na lei trabalhista, que foram classificados por ele como "jabuticabas" – ou seja, só ocorrem no Brasil".
Bolsonaro censurou a fala de Mourão: "após a divulgação do vídeo, Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto, usou o Twitter para contestar o próprio vice afirmando que criticar o 13.º salário, 'além de uma ofensa à (sic) quem trabalha', é de alguém que 'confessa desconhecer a Constituição'."
O jornal informa que a campanha de Bolsonaro tomou providências com o verbo solto de Mourão: "além da resposta dura do candidato, a campanha de Bolsonaro determinou o cancelamento de todas as agendas públicas de Mourão até o dia da votação do primeiro turno, 7 de outubro. A declaração serviu de munição para os adversários".

Haddad: “Lula estará representado nas urnas pelo número 13”

9.27.2018

STF vai julgar prisão após 2ª instância; Lula poderá ser solto ainda no 1º turno




 
O ministro Ricardo Lewandowski cobrou do presidente do STF, Dias Toffoli, o julgamento das ADCs (ações de declaratórias de constitucionalidade) sobre a prisão após condenação em 2ª instância. Tal exame poderá soltar o ex-presidente Lula ainda no 1º turno da eleição presidencial
A cobrança de Lewandowski ocorreu na liberação para julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal os embargos de declaração (recurso) no habeas corpus negado em abril pela Corte e que permitiu a prisão do petista.
Para o ministro Lewandowski, é oportunidade úncia de o Supremo corrigir o rumo [iniciado em 2016] alinhado ao golpe de Estado que derrubou Dilma Rousseff.
“Entendo que, nesta fase do julgamento, depois enunciadas as distintas posições dos integrantes desta Suprema Corte, porém sempre no exame de casos concretos [de execução provisória da pena], naturalmente matizados por inúmeras peculiaridades, mostra-se ainda mais nítida a necessidade de dar-se precedência à análise das referidas ações de controle concentrado a ser realiza in abstracto pelo plenário, pois o reconhecimento da constitucionalidade do artigo 283 do Código de Processo Penal – tema central das referidas ações declaratórias, tornaria estéril o debate aqui proposto sobre questões como a reformatio in pejus, o trânsito em julgado da sentença para a acusação, a falta de motivação para a prisão do condenado em segundo grau, assim como faria desaparecer do cenário jurídico o próprio objeto deste habeas corpus, alcançando-se, por extensão, aproximadamente 150 mil pessoas encarceradas”, defendeu Ricardo Lewandowski.