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1.22.2019

Sujou: Presos pelo assassinato de Marielle são milicianos homenageados por Flávio Bolsonaro


 

Foram presos na manhã desta terça-feira (22), ao menos cinco suspeitos de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Eles são milicianos e já foram homenageados na ALERJ por Flávio Bolsonaro.
As prisões foram feitas pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), juntamente com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, informou O Globo.
Os presos são integrantes da milícia mais antiga do Rio de Janeiro. A mesma que comanda a favela onde Fabrício Queiros teria se escondido em dezembro, depois que as transações financeiras suspeitas foram denunciadas.
O ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, que estão entre os presos, foram homenageados na Assembleia Legislativa do Rio por indicação de Flávio Bolsonaro.
Será que logo teremos mais surpresas da família Bolsonaro?
Com informações do O Globo. 

Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefe do Escritório do Crime em seu gabinete

Senador eleito fez duas homenagens ao capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega
Adriano é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado sob suspeita de recolher parte dos salários de funcionários do político. Teria sido Queiroz - amigo também do presidente Jair Bolsonaro desde os anos 1980 - o responsável pelas indicações dos familiares de Adriano.
A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ocuparam cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro. Elas tinham o cargo CCDAL-5, com salários de R$ 6.490,35. Segundo o Diário Oficial do Estado, ambas foram exoneradas a pedido no dia 13 de novembro de 2018. O GLOBO revelou a existência do Escritório do Crime em agosto do ano passado.
Ex-integrante do Bope, Adriano se formou no curso de operações especiais da PM em 2000. Ele foi preso na operação “Dedo de Deus”, de 2011, desencadeada para combater o jogo do bicho no Rio. À época, era capitão da PM.
Raimunda é uma das servidoras do gabinete que fizeram repasses para a conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio. A ex-assessora, de 68 anos, repassou R$ 4,6 mil para a conta do policial militar. Ela ocupou cargos na Assembleia ao menos desde 2 de março de 2015, quando foi nomeada como assessora da liderança do PP - então partido de Flávio Bolsonaro. A mãe de Adriano permaneceu no cargo até 31 de março de 2016, pouco depois do senador eleito deixar o PP e se filiar ao PSC. No dia 29 de junho do mesmo ano, voltou a trabalhar na Alerj, dessa vez no gabinete de Flávio. Já Danielle aparece como servidora da Alerj ao menos desde novembro de 2010.
O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano.  Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam  R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO.
Nessa agência foram registradas transações com valores repetidos mensalmente - um indício de lavagem de dinheiro, segundo um integrante do Ministério Público Federal. Em setembro, novembro e dezembro foram feitos depósitos em espécie no valor de R$ 4.246. Já em outros seis meses foram feitas transferências entre R$ 4.200 e R$ 4.600.
Adriano também aparece ligado a outro restaurante na mesma rua. O elo entre os dois estabelecimentos é uma sócia em comum. O GLOBO esteve no restaurante, registrado em nome de Raimunda, em dezembro. A sócia da ex-servidora da Alerj estava no local, mas Raimunda não estava presente. Segundo funcionários, a outra sócia do restaurante "estava viajando". Um deles, ao ser questionado, negou que uma das donas se chamasse Raimunda.

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