Líderes não descartaram uma intervenção militar na Venezuela
O governo de Nicolás Maduro "rejeitou fortemente" as "perigosas declarações"
do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo brasileiro,
Jair Bolsonaro, e acusou os dois líderes de fazerem "apologia da guerra".
Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores nesta
quarta-feira (20), Caracas criticou a postura de Trump e Bolsonaro após
ambos reafirmarem que "todas as opções continuam na mesa" para resolver
a crise política e institucional no país latino. Para o regime de Maduro,
os dois presidentes representam as ideias mais retrógradas para os povos
dos dois países e são uma ameaça a paz e a segurança internacional.
"É grotesco ver dois chefes de Estado com grandes responsabilidades
internacionais fazendo apologia da guerra sem qualquer cerimônia,
em flagrante violação da Carta das Nações Unidas", diz o governo
venezuelano em nota. Além disso, a "influência bélica dos
Estados Unidos no Brasil e a tese da supremacia de Trump em Bolsonaro
são particularmente preocupantes".
"Nenhuma aliança neofascista vai conseguir derrubar a vontade
independente e soberana do povo venezuelano e nem terá sucesso
ao semear estratégias de ódio e belicistas entre os países do continente",
acrescenta o texto. Ontem (19), durante o primeiro encontro entre
os dois líderes, Bolsonaro não descartou a hipótese de permitir
a entrada no país de tropas dos Estados Unidos para uma eventual
ação militar na Venezuela. Trump, por sua vez, reiterou que
"todas as opções estão abertas" e que ainda pode aplicar sanções mais
duras antes de tentar uma alternativa militar. (ANSA)
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