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4.11.2019

Assessor de Bolsonaro quer salas separadas para negros e pobres



Arte Agência PT
Aléssio Ribeiro Souto e Jair Bolsonaro

“Que tal se, em vez de cota, propiciarmos ensino adicional, correção dos erros existentes, complementariedade?”, aponta Souto em entrevista ao Estadão, nesta segunda-feira (15). Além desse ‘apartheid sócio-racial’, os militares defendem ainda que a Polícia Militar retire crianças que não se comportarem da sala de aula, no que Souto intitulou de “repressão democrática”.Bolsonaro é inimigo das cotas raciais e sociais. Sempre que teve oportunidade ele deixou isso claro para o Brasil. Por isso, o general Aléssio Ribeiro Souto, assessor do candidato do PSL para a Educação, quer substituir a política de cotas por aulas de reforço para alunos negros e pobres. Em outras palavras, eles querem instituir salas de aulas separadas para esses estudantes.
O pensamento do general sobre as cotas corrobora a visão de Bolsonaro, que nega a herança excludente que a escravidão deixou no país. Em julho, durante o programa Roda Viva, o candidato do PSL questionou a necessidade das cotas, a existência de uma dívida social e histórica com a comunidade negra e ainda foi capaz de criar uma fake news com a história do Brasil.
“Que dívida? Eu nunca escravizei ninguém na minha vida. Se for ver a história realmente, os portugueses nem pisavam na África, eram os próprios negros que entregavam os escravos”, fantasiou Bolsonaro durante a entrevista.

Pobres talentosos e a ‘verdade sobre 64’

Ainda nesta segunda (15), Souto disse que é preciso retirar a ‘ideologia’ dos livros para revelar a ‘verdade sobre 64’. Para o general, a ditadura militar foi um movimento de “liberdade, coragem e ética” para impedir que fosse instituída a uma “ditadura do proletariado”.
Souto admitiu também que o governo Bolsonaro vai privilegiar os mais ricos na Educação. O general, além de propor o fim das cotas, escancarou que o Ensino Superior não terá acesso para todos. “O país nunca vai transformar os pobres em ricos. Não é todo mundo que chegará lá. Mas os mais talentosos entre os pobres precisam ter acesso ao nível superior”, confessou Souto.
Outra política antipovo de Bolsonaro para a Educação é o incentivo à educação à distância desde o ensino fundamental. Em nome de “combater o marxismo”, o candidato do PSL quer que os filhos de trabalhadores e trabalhadoras não tenham cotas, acesso a um ensino de qualidade e presencial e consequentemente não frequentem a faculdade.

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