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6.29.2019

Desembargador Gebran Neto do TRF4 admite que manteve arbitrariamente Lula na prisão

CANALHAS/CANALHAS 

A edição da Veja deste fim de semana retrata em 
matéria que o juiz Gebran Neto, do TRF-4, admitiu 
a amigos que ignorou a lei para mante Lula preso, 
no episódio em que a ordem judicial do desembargador 
Rogério Favretto foi descumprida.O desembargador 
Gebran Neto admitiu que ignorou a ’’letra fria da lei’’ao dar 
decisão contrária à soltura de Lula, desconsiderando a competência do juiz de plantão.
Trata-se de uma confissão do caráter absolutamente
 fraudulento destas eleições, em que a arbitrariedade
 judicial define cada um de seus passos – o próprio 
TRF4 decidiu que Lula não poderia participar do 
debate na Band – a fim de que o próximo presidente
 saído das urnas possa aplicar ataques ainda mais 
duros que os ajustes iniciados pelo PT, especialmente
no segundo mandato de Dilma Rousseff.
É um escândalo que a população seja impedida de
 votar em quem quiser por interferência judicial, 
que tem mil e um laços com instituições 
departamentais dos Estados Unidos, como o 
Departamento de Estado e de Justiça, ’’escolas’’
 de formação para juízes golpistas como Sérgio Moro (marreco).
 A administração Trump enviou emissários diretos de Washington para acompanhar de perto o caminho 
das eleições que – segundo os planos– devem dar
 origem a um governo títere que não apenas aplique duros ajustes, mas que avance em privatizações 
de setores estratégicos da economia, como a 
Petrobras.
Marcello Pablito, trabalhador do restaurante 
universitário da USP, militante da agrupação 
de negras e negros Quilombo Vermelho, 
pré-candidato a deputado estadual pelo MRT 
em São Paulo, disse que"A Lava Jato e o resto
 do poder judiciário está atuando pra escolhera
 dedo um presidente que continue o golpismo 
e seja capaz de descarregar de forma redobrada 
a crise nas costas dos trabalhadores e do povo
 com mais desemprego, mais trabalho precário 
e mais cortes dos direitos sociais. Para tal buscam
 legitimar de forma cada vez mais indiscriminada 
medidas autoritárias que violam os princípios 
democráticos mais elementares como o direito 
de defesa e o direito ao voto. Nós não apoiamos
 o voto em nenhum dos candidatos do PT; queremos
 superar pela esquerda a tragédia da conciliação 
de classes petista, com um programa de 
independência de classe anti-imperialista. 
Mas somos incondicionalmente contra a prisão
arbitrária de Lula e somos intransigentes na 
defesa do direito do povo votar em quem quiser.
 Todos os partidos que se dizem de esquerda 
deveriam ter esse como um dos seus eixos 
políticos na campanha eleitoral, como forma 
de denunciar o caráter proscritivo dessas eleições."

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