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3.12.2019

LAVA JATO RECUA E PEDE SUSPENSÃO DE FUNDAÇÃO PRIVADA QUE RECEBERIA DINHEIRO DA PETROBRÁS

MP diz que ex-PM matou Marielle por 'repulsa' às causas dela

Investigações permanecem sob sigilo até que informações sobre possível mando do crime sejam verificadas

MP diz que ex-PM matou Marielle por 'repulsa' às causas dela

Apromotoria do Ministério Público afirmou nesta terça-feira (12) que a
 motivação da morte de Marielle Franco é uma "repulsa" do PM reformado
 Ronnie Lessa às causas políticas defendidas pela vereadora. Lessa foi 
apontado como o responsável por disparar o tiro que atingiu Marielle.
O crime contra a Marielle Franco, segundo as investigações, todos os autos
 de investigação nos autorizam hoje a afirmar e a colocar e a imputar aos 
dois denunciados foi a motivação torpe, decorrente de uma abjeta, 
de uma repulsa, de uma reação de Ronnie Lessa a uma atuação política
 de Marielle na defesa de suas causas. Nas causas de Marielle, nas causas
 voltadas para as minorias. Para as mulheres negras, LGBT, entre outras 
causas para a minorias. Isso ficou comprovado, ficou suficientemente 
indiciado a ponto do MP denunciar por essa motivação. Essa é uma
 motivação torpe, abjeta", disse a promotora de justiça e coordenadora 
do Gaeco Simone Sibilio, de acordo com o "G1".
“Essa motivação ela é decorrente da atuação política dela, mas não 
inviabiliza um possível mando. Ela não inviabiliza que o crime tenha
 sido praticado por uma pessoa paga ou promessa de recompensa. 
Essas causas juridicamente e faticamente não se repelem", acrescentou a promotora.
Contudo, as investigações permanecem sob sigilo até que informações
 sobre possível mando do crime sejam verificadas.
 presos por agentes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e 
promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro. Eles são suspeitos
 de participarem dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
 Os crimes completam um ano nesta quinta-feira (14).

Caso Marielle: filha de suspeito teria namorado Carlos Bolsonaro

No entanto, o delegado Giniton Lages afirmou que esta informação 'não é importante para esse momento'

Caso Marielle: filha de suspeito teria namorado Carlos Bolsonaro
Odelegado Giniton Lages, responsável pela investigação do
 assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista
 Anderson Gomes, afirmou que uma
 das filhas de Ronnie Lessa, um dos suspeitos presos nesta
 teria namorado Carlos Bolsonaro, filho do presidente
 Jair Bolsonaro.
“Isso tem (namoro entre os dois), mas, para nós, hoje,
 não importou na motivação
 delitiva. Isso vai ser enfrentado num momento oportuno.
 Não é importante 
para esse momento”, informou Lages, segundo publicado 
pelo "Valor Econômico".
 antes de se mudar para
 Brasília, na Barra da Tijuca, no Rio. Sobre este fato, 
o delegado disse que
 "não diz muita coisa, não, para a investigação da Marielle- (...) 
Nós imaginávamos que esse link fosse feito, mas ele não
 tem uma relação 
direta com a família Bolsonaro".

MP recomenda retirada de 2,5 mil moradores de MG por causa de barragem

Estrutura fica quase dentro do município de Congonhas, a 250 metros de casas

MP recomenda retirada de 2,5 mil moradores de MG por causa de barragem
OMinistério Público de Minas Gerais MPMG) recomendou
 nesta terça-feira (12) que a Companhia Siderúrgica Nacional
 (CSN) evacue cerca de 2,5 mil moradores do município de 
Congonhas. De acordo com o órgão, a barragem Casa de 
Pedra representa uma ameaça para aproximadamente 600 casas.
 O documento pede ainda que a empresa providencie moradias
 provisórias às famílias.Segundo apurado pelo jornal Estado
 de Minas, o secretário de Meio Ambiente da Prefeitura, Neylor
 Aarão, informou ao MPMG que a CSN não fornece 
informações precisas sobre a barragem, prejudicando assim
 o plano de evacuação. A Defesa Civil Municipal estima
 que os imóveis localizados mais próximos à barragem 
poderiam ser atingidos em 30 segundos se ela se romper.
O promotor Vinícius Galvão, que assina a recomendação,
 deu um prazo de 10 dias para a mineradora providenciar 
a retirada dos moradores. No caso da CSN se opor, 
o promotor diz que vai ingressar uma ação civil pública
 contra ela.
A barragem Casa da Pedra está localizada praticamente 
dentro da cidade de Congonhas. De acordo com a publicação,
 a estrutura fica a 250 metros de casas e a 2,5 quilômetros
 do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, patrimônio 
cultural da humanidade. A barragem foi construída com o
 método a jusante, uma técnica mais cara que a montante
 (que rompeu em Mariana e Brumadinho).
A estrutura comporta 21 milhões de metros cúbicos de
 rejeitos, segundo a CSN. Contudo, a prefeitura contesta
 a informação e afirma que o total chega a 50 milhões de
 metros cúbicos de rejeitos.
Procurada pelo jornal, a mineradora afirmou que não vai
 se pronunciar sobre a recomendação neste momento.

Deputado petista pede que Moro investigue relação dos presos pelos assassinatos de Mariellle e Anderson com a família Bolsonaro

O deputado Rogério Correia (PT-MG) encaminhou nesta terça-feira (12) um requerimento ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, cobrando investigações sobre a atuação das milícias no Rio de Janeiro, inclusive com a possível ligação desses grupos criminosos com a família Bolsonaro.
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Segundo o parlamentar, com as prisões nesta terça-feira de acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, sendo que um deles é vizinho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro, é mais do que necessária a abertura de investigação especial no âmbito do Ministério da Justiça, sobretudo para se descobrir os nomes dos mandantes do crime.
“A prisão do sargento reformado da PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos 13 disparos, e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime, traz ainda mais suspeitas sobre a relação da família Bolsonaro com milicianos”, afirma o parlamentar.
No requerimento encaminhado hoje a Moro, Rogério Correia aponta as coincidências que revelam as ligações do PM e do ex-PM presos com a família Bolsonaro.
“Ronnie é vizinho do presidente Bolsonaro na barra da Tijuca e é estranho um policial conseguir se manter em condomínio de luxo como esse”, observou.
De acordo com o deputado, no condomínio de Bolsonaro nenhum imóvel é comercializado por menos de R$ 2 milhões.
Rogério Correia observou também, no documento enviado a Moro, que Élcio Queiroz ostenta em seu perfil de Facebook uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro em que ambos aparecem descontraídos e sorridentes.
“A foto foi publicada alguns meses após o assassinato da vereadora e do seu motorista, demonstrando no mínimo proximidade entre o ex-PM e o presidente”, afirma

Em novembro, Jungmann deu as pistas sobre quem mandou matar Marielle



ABr | Mídia NINJA
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia - "Eu diria que é mais do que uma certeza", respondeu Raul Jungmann, então ministro da Segurança Pública, ao ser perguntado se o envolvimento de poderosos na morte da vereadora, que ele tinha acabado de denunciar, era uma certeza ou uma hipótese.
Em palestra no Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, na FGV-Rio, exatamente um mês após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições, em 23 de novembro de 2018, Jungmann deu todas as pistas, sem citar nomes, sobre quem mandou matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes:
"Existe uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos, em um esquema muito poderoso, que não teria interesse na elucidação do caso Marielle. Até porque, estariam envolvidos nesse processo. Se não tanto na qualidade daqueles que executaram, na qualidade de mandantes".
Nesta terça-feira, o Brasil acordou com as imagens de um repórter da Globo postado na entrada de um condomínio na Barra da Tijuca dando informações sobre o PM reformado Ronnie Lessa, um dos dois suspeitos presos sob a acusação de dar os tiros que mataram Marielle.
O repórter parecia tão assustado quanto os telespectadores, já que aquele era o mesmo condomínio onde morava o presidente eleito, cenário de longas horas de televisão após as eleições do ano passado.
Por coincidência, Ronnie Lessa era vizinho de Jair Bolsonaro, antes dele se mudar para o Palácio do Planalto.
Também por coincidência, um dos autores da magnífica reportagem publicada logo em seguida no portal do jornal O Globo é o repórter Chico Otávio, citado por Bolsonaro esta semana num tuíte em que o presidente acusa jornalistas de quererem derrubar o governo.
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A reportagem, assinada também pelos repórteres Vera Araújo e Arthur Leal, conta em detalhes como a polícia chegou aos assassinos de Marielle e Anderson, mostrando as conexões entre os milicianos e aqueles agentes públicos interessados em abafar o caso de que falou Jungmann na sua palestra.
O que mais o ex-ministro da Segurança sabia e não podia dizer na época para não prejudicar as investigações da Polícia Federal, apesar de revelar que tinha "informações importantes sobre o assassinato da vereadora"?
"Começamos há pouco mais de três semanas, mas eu acredito que a Polícia Federal, que é uma das melhores do mundo, vai sim avançar, esclarecendo o complô dos poderosos", previu o ex-ministro, após a palestra na FGV-Rio, segundo reportagem de Vladimir Platonow publicada na Agência Brasil.
Como sabemos, a Polícia Federal está agora sob o comando do ministro da Justiça e da Segurança, o ex-juiz Sergio Moro, que até o momento em que escrevo ainda não se pronunciou sobre a prisão dos dois suspeitos.
Não seria o caso de ouvir novamente Jungmann, agora que se fecha o cerco contra os assassinos, faltando "apenas" encontrar os mandantes?
Na denúncia contra Ronni Lessa e o também o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que posa ao lado de políticos na internet, a Promotoria confirma as suspeitas do ex-ministro:
"É inconteste que Marielle foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. O assassinato foi um golpe ao Estado Democrático de Direito".
Os promotores afirmam também que a "empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado".
Agora faltam apenas dois dias para este brutal atentado completar um ano, com manifestações marcadas por todo o Brasil e pelo mundo afora, para exigir a prisão também dos mandantes.
Juntando todas as pontas do que foi revelado nas últimas semanas sobre o esquema de proteção dos milicianos cariocas e suas ligações políticas, não deverá ser tão difícil assim chegar a eles.
Antes de desligar o computador na noite de segunda-feira, publiquei um post no meu Face com duas perguntas, sem esperanças de ouvir respostas:
"Quem mandou matar a Marielle? Que fim levou o motorista Queiroz?"
Não poderia imaginar que acordaria hoje com aquela imagem da Globo na Barra da Tijuca, o célebre QG da nova ordem.
Coincidências à parte, o atual momento é gravíssimo e não vai mais poder ser resolvido no Twitter.
Vida que segue.
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Bolsonaro tem que ‘demitir geral’ por incompetência, diz Pimenta



O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, sugeriu nesta terça (12) ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) ‘demissão geral’ em sua entourage por incompetência.
Segundo o petista, todo o aparato dos militares, do ministro Sérgio Moro e de hackers do Carluxxo [Carlos Bolsonaro] não foram capazes de alertar que o suposto assassino “morava ao lado” de Bolsonaro.
Pimenta ainda levantou suspeita sobre a origem do dinheiro do policial que mora no mesmo condomínio do presidente da República, de alto padrão na Barra da Tijuca, no Rio.
“Quantos policiais reformados do Rio de Janeiro têm condições financeiras de morar num condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, um dos bairros mais caros da cidade?”, questionou o parlamentar.
“Parece que tem mais gente fazendo negócios como o Queiroz…”, concluiu o líder do PT na Câmara.

Todo o aparato de inteligência dos militares, do GSI, de Sérgio Moro e dos hackers do Carlucho foi incapaz de identificar que o presidente morava ao lado de um assassino frio?

Ninguém detectou o risco gravíssimo que o presidente e sua família passaram?

Tem que demitir geral!

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Após sofrer ameaças de morte, Márcia Tiburi deixa o Brasil


Ela conta que a sua vida virou um inferno desde o episódio da rádio Guaíba (Na ocasião, Marcia se recusou a participar de uma entrevista com Kim Kataguari, o vídeo da entrevista viralizou). “Você não tem ideia da quantidade de ameaça de morte que eu recebi pela internet”, diz.
“Eu não podia ir mais na farmácia, no supermercado. Um dia eu caí na besteira de entrar no metrô em São Paulo. Fui atacada por um cara que gritava comigo: ‘eu tenho orgulho de ser fascista! Eu tenho orgulho de ser fascista’. Foi muito assustador porque o sujeito caía no estereótipo mesmo de um fascista, fisicamente até.”
Ela está vivendo em algum lugar do nordeste dos EUA desde dezembro, onde foi convidada para uma residência literária (ela prefere não revelar o local por razões de segurança)
11 de março de 2019 15h15
Após se candidatar ao Governo do Rio pelo PT, intimidada com ameaças, necessidade de andar com seguranças em eventos, uma enorme força-tarefa para contra-atacar mentiras na internet e ter a vida pessoal virada do avesso, a filósofa e escritora Marcia Tiburi mudou-se do Brasil. Está vivendo em algum lugar do nordeste dos EUA desde dezembro, onde foi convidada para uma residência literária (ela prefere não revelar o local por razões de segurança). Ela conta que está morando em uma Universidade que abriga escritores em risco.
“Eu não podia ir a uma padaria, recebia ameaças de morte, não dava para viver assim”, diz a escritora, em entrevista exclusiva para o blog de Pittsburgh, onde faz uma residência literária. Na semana seguinte, mudaria com o marido para Paris.
Márcia conta, com lágrimas nos olhos, que teve que sair por não se sentir segura, sofrer ameaças de morte e não poder mais ir na esquina.
“Eu amo o meu país, nunca pensei em sair do Brasil na minha vida, é muito triste e difícil ter que sair do meu país por não me sentir segura e não poder fazer mais o meu trabalho.”
Ela conta que a sua vida virou um inferno desde o episódio da rádio Guaíba (Na ocasião, Marcia se recusou a participar de uma entrevista com Kim Kataguari, o vídeo da entrevista viralizou). “Você não tem ideia da quantidade de ameaça de morte que eu recebi pela internet”, diz.
“Eu não podia ir mais na farmácia, no supermercado. Um dia eu caí na besteira de entrar no metrô em São Paulo. Fui atacada por um cara que gritava comigo: ‘eu tenho orgulho de ser fascista! Eu tenho orgulho de ser fascista’. Foi muito assustador porque o sujeito caía no estereótipo mesmo de um fascista, fisicamente até.”
Ela conta que seus eventos literários começaram a ser inviabilizados. “Eu vivia indo a festivais, feiras de livros. Eu amava fazer isso. Desde aquela época, todos os meus eventos passaram a ter segurança. Teve coisas muito absurdas, brigas. Recebia uma mensagem: ‘quando você estiver lá, assinando o livro, eu vou estar lá e vou te matar’. E na rua, durante a campanha, andei sempre de carro blindado”, conta.
O momento em que Márcia decidiu sair do Brasil foi quando o Movimento Brasil Livre (MBL) fez uma página sobre um evento que iria fazer em Maringá, chamando pra uma manifestação. “Queriam até proibir o evento. E foi muita gente lá para me apoiar em reação. Nesse dia estava todo mundo tão assustado que os organizadores providenciaram uma segurança armada, que revistou todas as mochilas e bolsas de todas as pessoas. Como que eu como escritora, vou viver em um lugar onde tem milícias midiáticas, milícias armadas, milícias da maledicência me atacando, e também atacando o conforto e a segurança dos meus leitores?”, pergunta.
Para ela, Bolsonaro e seus filhos naturalizam esse tipo de atitude: “Tem uma fala da Meryl Streep interessante, num momento desses em que o Trump debocha de um jornalista que tem uma deficiência física, ela disse: ‘acho um absurdo o presidente fazer isso porque autoriza esse tipo de postura’. O Bolsonaro e seus filhos fazem coisas parecidas. Eles autorizam todos a fazerem coisas horríveis”, alerta.
“Delírio do poder”
Márcia, que é autora de mais de vinte livros de filosofia e ficção, acaba de lançar “Delírio do poder”. Na nova obra, ela trata justamente da loucura coletiva na era da (des)informação e da necessidade de se valorizar a reflexão em meio aos descaminhos de um governo que ameaça a democracia e induz ao narcisismo adquirido.
O livro é dedicado a Lula e Marielle Franco e inspirado parcialmente por “Memórias do cárcere”, de Graciliano Ramos, e “Totem e tabu”, de Freud, entre outros.
“O Delírio do Poder”. Editado pela Record, é um ensaio sobre o Brasil político de 2018 e as eleições. Ao mesmo tempo, traz uma narrativa interna sobre a participação de Tiburi na campanha do Rio. É um livro de testemunho e filosofia.
Na semana passada, ela recebeu uma carta de Luiz Inácio Lula da Silva que irá para a orelha do livro. Aqui está, na íntegra:
À Márcia Tiburi não falta coragem. Nas suas opiniões, ideias atitudes, ela não tem medo de arriscar, de dizer o que pensa e sente, de correr o risco de desagradar. Ela não vai se calar diante de uma injustiça ou para manter um espaço em um canal de TV. Ela não vai nunca abdicar da sua voz e das suas reflexões. Ela vai dizer e escrever o que ela pensa. O seu leitor pode ter certeza disso.
Conheci a Márcia pela sua coragem nas suas análises, opiniões, livros e na sua vida.
E ano passado ela teve a coragem de ir além de analisar e escrever sobre o cenário político para participar das disputas eleitorais, algo que pouca gente tem coragem de fazer.
A política é ao mesmo tempo a atividade mais exigida pela sociedade e a mais criticada. As pessoas exigem mais de um político do que muitas vezes exigem de si mesmas. E não importa quem seja o político, a satisfação a quem depositou sua confiança nele.
Claro que a política é cheia de falhas, porque é humana. Mas quando se nega a política, o que vem depois, e estamos vendo isso hoje no Brasil, é sempre pior.
Márcia, em um momento muito difícil do país, e em especial do Rio de Janeiro, teve a coragem de assumir o desafio de ser candidata, de se propor a cuidar da população, a conversar e entender seus problemas e aflições.
Eu sei que uma experiência dessas é transformadora e teve fortes efeitos nas suas reflexões sobre o momento atual, tornado esse livro ainda mais interessante ao unir a cultura e teoria que a Márcia conhece com a sua experiência prática no desafio nas ruas, na imprensa, nas mídias sociais, em debater política no mundo de hoje.
Esse livro é mais uma coragem dela de pensar e agir livremente. Liberdade tão essencial ao ser humano. Porque podem prender a democracia, mas a cada quatro anos ele tem que sair na rua para pedir voto, no sol, na chuva, dando suor nos nossos corpos, mas é a coragem e o pensamento que nos fazem livres e não prisioneiros (Lula).
Com informações da Revista Cult, do blog Universal e do Globo
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Ela está vivendo em algum lugar do nordeste dos EUA desde dezembro, onde foi convidada para uma residência literária (ela prefere não revelar o local por razões de segurança)